31 de janeiro de 2010

SEMANA SANTA

Neste tempo, os cristãos celebram a Semana Santa. Trata-se de um tempo especial, onde se concentra o mistério da paixão, da morte e ressurreição de Jesus. É uma semana maior. Cria-se, neste tempo, um desejo grande de participar com muito entusiasmo.

Tudo começa com a celebração dos Ramos. Jesus sabia que ia enfrentar a Morte em Jerusalém. Mesmo assim, não hesita e entra na cidade montado num jumento. Isso significa muito. Aquele tido como Rei e aclamado como tal, entrar num jumento é uma grande contradição. Os reis andavam nos cavalos. O jumento era como ainda hoje, o transporte dos pobres. Os Ramos lembram que só a Jesus nós queremos servir e entregar como Ele a nossa vida a serviço dos irmãos.

A Quinta-feira santa nos convida a pensar sobre o amor e o serviço contidos na cena do lava pés e da ceia. É profundamente significativo o gesto de Jesus. Ele era chamado de Mestre e Senhor. O escravo era aquele que servia ao Mestre. Jesus assume o trabalho do escravo para dar o exemplo. O que deve fazer o seguidor de Jesus ? exatamente o que ele fez, lavando os pés uns dos outros. Quem não aprende com a Ceia que precisa lavar o pé do Irmão, não entendeu o sentido da celebração.
A Sexta-feira nos envolve com o clima da dor e da morte. Contempla-se Jesus na cruz. Ele é o centro. Os cristãos são chamados ao silêncio e a oração. O dia deveria ser de um profundo silêncio. Neste dia devemos pensar em todos os crucificados da História, pela fome, pela doença, pela injustiça, pela maldade. Lembrar que em todos os que sofrem, Jesus está sofrendo e crucificado com eles. Menores de rua, meninas prostituídas, os descartáveis de nossa sociedade, etc. Ir à procissão do cristo morto é comprometer-se com Ele para ressuscitá-lo em todos os que estão com a sua vida negada.
O Sábado é o dia da espera. Nesta noite a Igreja celebra a sua mais bonita Vigília. Os símbolos todos nos falam da vida: bênção da água, do fogo, rito do Círio Pascal, Proclamação da Páscoa com o Exultat, etc. Pela noite a igreja se reúne para a grande Vigília, contemplando a Palavra de Deus que apresenta o plano da Salvação. A criação é colocada diante da nova criação que Deus realiza através da ressurreição. A passagem do Mar vermelho que lembra a saída da Escravidão do Egito é colocada diante da libertação definitiva pela Morte e ressurreição de Jesus. A leitura do Sacrifício de Isaac é colocada diante do sacrifício definitivo da Novo e Eterna Aliança realizada em Jesus Cristo. Por último, como sendo o ponto alto da noite, na proclamação do Aleluia, a Igreja anuncia o texto da ressurreição. Após a celebração da Palavra, temos, ainda a liturgia batismal com a aspersão sobre o povo e quando preparados, a celebração do batismo de adultos. Por fim, o grande momento da eucaristia, sinal maior do Ressuscitado em nosso meio.
Domingo de Páscoa. Segue-se, por cinqüenta dias as celebrações da Páscoa. A proposta da Igreja é que até Pentecostes, a alegria seja constante como se fosse um único dia.
Prossegue-se com a páscoa. Páscoa é passagem. Somos chamados a uma vida nova. Caminharemos com muita certeza, pois Jesus está conosco, vivo para sempre. “Quem serre contra nós?” (R.M. 8,31). 50 dias até pentecostes devem ser celebrados como se fossem um único dia.