30 de dezembro de 2011

O nosso Natal com Jesus

O natal é o maior acontecimento que a humanidade já pode presenciar em toda sua historia, (juntamente com a ressurreição), exatamente porque se trata da presença de Deus da forma mais surpreendente possível. A palavra que estava com Deus na criação, agora passa a ser presença entre nós. O verbo se fez carne.

Desde os tempos mais antigos da revelação de Deus, a humanidade aguardava um salvador, jamais da maneira como ele apareceu. Ninguém se dispôs a acolhê-lo, por isso, o seu nascimento aconteceu em uma cocheira, na total escuridão da noite. Ele assim chegou de mansinho sem que percebessem a sua presença. Alguém poderia nascer mais pobre do que ele? Ele vai dizer depois que os animais possuem as tocas, mas não tinha onde reclinar a cabeça. Não tinha onde nascer e não teve onde morrer: passou entre a cocheira e a cruz.

O natal tem uma finalidade muito especifica. Jesus que falara desde os povos antigos de muitos modos, nos falou recentemente como diz o apostolo Paulo, através de seu filho. O natal é o grande momento através do qual Deus vai se revelando para toda humanidade. Ele ao longo dos evangelhos vai tornando conhecida a realidade de Deus para nós.

Ao nascer Jesus, a salvação de Deus se torna visível. A humanidade se for capaz de aderir à sua pessoa e ao seu ensinamento poderá ser salva. Nunca a salvação se tornou tão visível e tão próxima. A salvação compreendida em duas direções ou forças que devem ir uma ao encontro da outra. Deus se aproxima de toda humanidade para que a humanidade também se decida e vá ao seu encontro.

No natal Deus se confraterniza conosco para que também nós nos confraternizemos com Ele através do encontro que devemos realizar com todos dos quais devemos nos aproximar. Assim, celebrar o Natal é superar as distancias e barreiras, assumindo a mesma atitude de Deus ao se aproximar de cada um e cada uma de nós.

O nascimento de Jesus tem dimensão universal. Ninguém pode e nem consegue detê-lo. É como se Deus derramasse para a terra inteira uma chuva imensa de bênçãos.

Não podemos nos esquecer, no entanto, que Deus tem as imensas características de mãe que jamais se afasta do filho ou filha mais fragilizado (a). Assim Deus tem uma grande afeição pelos pobres. Desde o Antigo Testamento, Deus manifesta o cuidado e zelo pelo órfão, pela viúva e pela pessoa estrangeira. Assim, o mesmo se vislumbra no Natal de Jesus.

Como as portas foram fechadas para Ele, Deus manda o anjo dar a noticia aos pobres e discriminados pastores que passavam a noite no campo acompanhando a pastagem do rebanho. A alegria foi imensa quando os mesmos puderam verificar, in loco, aquilo que o anjo lhes anunciara.  Ficaram maravilhados quando encontraram a criança com José e sua mãe.

Para muitas pessoas o Natal já passou. Na verdade ele continua até nove de janeiro em nossa liturgia e deverá ser eterno em nosso coração e em nossas atitudes. Devemos renascer a cada momento de nossas vidas para o serviço de Deus no serviço do todo e qualquer ser humano.

Natal é poder se aproximar, conhecer, amar, seguir e servir a Jesus, assumindo as suas atitudes no hoje de nossas vidas.


26 de dezembro de 2011

Jesus e as Crianças



Em tempos de Natal é bom pensarmos em nossas crianças e adolescentes. Como estão?  Como são acolhidas, educadas e valorizadas? Lamentavelmente a realidade de crianças e adolescentes é degradante. A nossa sociedade tem uma dívida grande com essa categoria.
 Alguns desafios são evidentes: A prostituição infantil é sem controle, o trabalho escravo ainda persiste, o analfabetismo, crianças na rua e da rua, o uso e o trafico de drogas utilizando crianças e adolescentes, entre outros.
Independente da complexidade que envolve a realidade de nossos adolescentes, não se pode esquecer a mentalidade exterminadora que existe em setores e segmentos da sociedade contra os adolescentes que não pediram para nascer nem pediram para serem marginalizados.
Outra grave realidade que não aparece tanto é a violência domestica. Não aparece por não ser denunciada. Ainda persiste de forma ampla a ideia de educar através da violência, por isso, muitas crianças são maltratadas e tratadas de forma violenta.
A situação é tão grave que agora está votada a lei contra a palmada como condição para evitar a fúria dos adultos contra os frascos e pequenos. A questão é que quando se bate na hora da raiva, se bate muito por causa do desequilíbrio emocional.
Bater para educar é o que existe de mais arcaico e agora criminoso. Quando se bate, a única coisa que se ensina é a bater.
Neste tempo de Natal, todos estão encantados com os presépios com o menino Jesus. É bom perceber como ele se colocou diante das crianças.
 Certa vez, os discípulos de Jesus queriam afastá-las Dele, como também nós adultos fazemos hoje. A resposta do mestre é clara: “Deixem que venham a mim porque delas é o Reino dos céus”. Ter o coração e a atitude das crianças é condição sine qua non para ser fiel seguidor de Jesus. O mestre, na realidade, tinha a consciência da importância dos pequeninos.
O papa Joao Paulo II dizia de forma muito inspiradora que o Futuro da humanidade passa pela família. Nossa sociedade e, em particular as nossas famílias precisam ter essa perspectiva. Não basta a critica ao tipo de sociedade que hoje temos sem a consciência e a responsabilidade que todos nós somos coparticipantes da sociedade. Se ela está em estado desgastado e desagradável é também por nossa culpa.
As crianças e adolescentes são hoje o que aprenderam de nós ou o que deixamos de ensinar pelo nosso exemplo de vida.
Reclamamos da violência e temos medo dela, mas não podemos nos esquecer de que se não somos sempre pessoas violentas, temos muitas atitudes violentas e agimos de forma violenta para com o nosso próximo.
Uma sociedade diferente para as nossas crianças e adolescentes vai depender da formação das mesmas, que por sua vez dependerão de nós, formadores de opinião.
Atirar pedras e fazer julgamentos não é difícil, pelo contrario, é o que fazemos sem dificuldade alguma.
Compreender a situação, na perspectiva de ajudar e corrigir não tem sido fácil nem se tem encontrado pessoas sensíveis e voluntarias para colaborar.
É bom pensar que não se celebra o verdadeiro Natal desprezando, julgando e condenando os outros.

O nosso Natal com Jesus

O nosso Natal com Jesus


O natal é o maior acontecimento que a humanidade já pode presenciar em toda sua historia, (juntamente com a ressurreição), exatamente porque se trata da presença de Deus da forma mais surpreendente possível. A palavra que estava com Deus na criação, agora passa a ser presença entre nós. O verbo se fez carne.
Desde os tempos mais antigos da revelação de Deus, a humanidade aguardava um salvador, jamais da maneira como ele apareceu. Ninguém se dispôs a acolhê-lo, por isso, o seu nascimento aconteceu em uma cocheira, na total escuridão da noite. Ele assim chegou de mansinho sem que percebessem a sua presença. Alguém poderia nascer mais pobre do que ele? Ele vai dizer depois que os animais possuem as tocas, mas não tinha onde reclinar a cabeça. Não tinha onde nascer e não teve onde morrer: passou entre a cocheira e a cruz.
O natal tem uma finalidade muito especifica. Jesus que falara desde os povos antigos de muitos modos, nos falou recentemente como diz o apostolo Paulo, através de seu filho. O natal é o grande momento através do qual Deus vai se revelando para toda humanidade. Ele ao longo dos evangelhos vai tornando conhecida a realidade de Deus para nós.
Ao nascer Jesus, a salvação de Deus se torna visível. A humanidade se for capaz de aderir à sua pessoa e ao seu ensinamento poderá ser salva. Nunca a salvação se tornou tão visível e tão próxima. A salvação compreendida em duas direções ou forças que devem ir uma ao encontro da outra. Deus se aproxima de toda humanidade para que a humanidade também se decida e vá ao seu encontro.
No natal Deus se confraterniza conosco para que também nós nos confraternizemos com Ele através do encontro que devemos realizar com todos dos quais devemos nos aproximar. Assim, celebrar o Natal é superar as distancias e barreiras, assumindo a mesma atitude de Deus ao se aproximar de cada um e cada uma de nós.
O nascimento de Jesus tem dimensão universal. Ninguém pode e nem consegue detê-lo. É como se Deus derramasse para a terra inteira uma chuva imensa de bênçãos.
Não podemos nos esquecer, no entanto, que Deus tem as imensas características de mãe que jamais se afasta do filho ou filha mais fragilizado (a). Assim Deus tem uma grande afeição pelos pobres. Desde o Antigo Testamento, Deus manifesta o cuidado e zelo pelo órfão, pela viúva e pela pessoa estrangeira. Assim, o mesmo se vislumbra no Natal de Jesus.
Como as portas foram fechadas para Ele, Deus manda o anjo dar a noticia aos pobres e discriminados pastores que passavam a noite no campo acompanhando a pastagem do rebanho. A alegria foi imensa quando os mesmos puderam verificar, in loco, aquilo que o anjo lhes anunciara.  Ficaram maravilhados quando encontraram a criança com José e sua mãe.
Para muitas pessoas o Natal já passou. Na verdade ele continua até nove de janeiro em nossa liturgia e deverá ser eterno em nosso coração e em nossas atitudes. Devemos renascer a cada momento de nossas vidas para o serviço de Deus no serviço do todo e qualquer ser humano.
Natal é poder se aproximar, conhecer, amar, seguir e servir a Jesus, assumindo as suas atitudes no hoje de nossas vidas.

4 de dezembro de 2011

Estamos no término do ano. O tempo deve ser oportunidade para a nossa reflexão sobre a vida e sobre os outros. Deus quis se confraternizar conosco, tornando-se um de nós para que irmanados possamos permanecer unidos a Ele.
No  Brasil e no mundo são milhares de pessoas sobre as quis poderemos pensar. Elas que precisam da nossa oração, do nosso apoio e da nossa possível solidariedade. Entre tanta gente necessitada, podemos pensar em quem passa fome, em que está doente e quem se encontra nas prisões.
No mundo inteiro encontram-se pessoas reclusas, culpadas ou não, submetidas a uma vida para a qual não foram criadas. Até hoje a humanidade não foi criativa pra encontrar caminhos para que a prática do crime fosse combatida de forma diferente.
A prisão que tem uma finalidade suscita resultados completamente opostos aos seus princípios.
No Brasil estamos com meio milhão de pessoas recolhidas em prisões. Elas podem ser diferentes umas das outras, mas a realidade é sempre a mesma. A pessoa reclusa, sem nenhuma ocupação, esperando um dia ser condenada ou absolvida, quando se refere a prisões provisórias. São as prisões provisórias que superlotam o sistema carcerário. No caso de prisões de pessoas sentenciadas, estão aguardando o cumprimento da pena. A justiça as condena e o estado as recolhe para uma vida que causa tédio a qualquer criatura: o ócio.
A sociedade reclama dos gastos com o sistema, mas não é capaz de cobrar a quem de direito. Se eu estou na rua, tenho obrigação de me manter. Deve lutar para a minha sobrevivência. Se me recolhem a uma prisão e não me deixam trabalhar, são obrigados a cuidarem da minha manutenção. Afinal de contas na prisão o que se perde é a liberdade e nunca o direito de ser tratado como gente e ser atendido em suas necessidades fundamentais.
Quem reclama das regalias no sistema penal e o classifica como um hotel Cinco Estrelas, pode fazer um estagio por lá. Diante de um flagrante delito, sem pagar aos advogados, você poderá fazer um estagio e ser tratado como preso. Assim conhecerá a rede hoteleira da prisão.
Nas nossas prisões estão os nossos jovens pobres, desempregados, dependentes das drogas e, por isso, também alguns dentre eles envolvidos com o trafico. Muitos são presos apenas como suspeitos e ficam esquecidos nas prisões aguardando por mais de ano uma sentença ou absolvição. As medidas cautelares estão distantes deles. Por isso o caos, que não pode ser atribuído somente a pessoas presas, mas a toda estrutura da qual depende a vida prisional.
Prisão não é lugar para reflexão e retomada da vida, mas lugar de sofrimento e de morte: morte física e morte interior. É lá que as pessoas perdem de vez o ânimo para continuar a sua sobrevivência.
Natal é tempo de nos lembrarmos dos outros, no mundo que sofre; é tempo de pensar em Jesus que continua nascendo e esquecido totalmente. Ele tem sido lembrado nas compras realizadas no comercio, desprezado como sempre em cada pessoa que sofre das mais variadas formas. “Onde está o teu irmão eu estou presente nele”.