13 de agosto de 2020

SANTA DULCE



13/08/2020
PE BOSCO
Hoje dia 13 de agosto, celebramos o dia de santa Dulce dos pobres. Era o anjo bom da Bahia, e agora, o anjo bom do Brasil. Uma Irmã muito frágil fisicamente com uma grande força. Ninguém podia imaginar a sua força; na verdade, a força da santidade que é própria de Deus.
Não é por acaso Jesus compara o reino como uma semente de mostarda. Quem não entende, não é capaz de imaginar o que pode acontecer. O mesmo acontecer com o agir de Deus na vida das pessoas que se abrem para a graça de Deus com total confiança.
A Irmã Dulce foi essa pessoa capaz de compreender que não se pode viver a vida consagrada, sem o compromisso com os que sofrem e morrem por falta de acolhida. Essa experiência precisa questionar a igreja e as congregações com suas estruturas fechadas para o próximo.
Nem suas irmãs conseguiram compreendê-la quando a mesma acabou com o galinheiro do convento para acolher pobres ali. É assim mesmo! Não se consegue compreender o agir de Deus no ser humano quando segue uma vida santa. Não será o dinheiro nem grandes iniciativas que transformará o mundo sem corações convertidos e dedicados ao próximo a exemplo de Santa Dulce.
Até mesmo em casa, na família religiosa, ela enfrentou dificuldades e, certamente, na sociedade, mas ao mesmo tempo contou com a generosidade e pode construir um império, não para si mesma, mas tudo para os outros, os mais abandonados, doentes e pobres.
Na santidade cristã mais autêntica encontramos estas características fundamentais de um grande amor apaixonado a Deus que se confunde também com o amor ao próximo sofrido “objeto” do amor de Deus, como o pobre, o órfão e a viúva.
Os grandes santos e santas puderam se destacar exatamente na linha da caridade, de modo particular para com os doentes como santa Dulce, do mesmo modo como Jesus cuidou dos doentes de forma dedicada.
Sempre nos lembramos do nosso anjo da guarda e a ele rezamos, por isso, não podemos nos esquecer de que devemos ser anjo também para o socorro e proteção dos desfavorecidos como tantos homens e mulheres na história e também de forma anônima, foram no seu tempo.
Santa Dulce dos pobres interceda a Deus, para não nos esquecermos dos mais necessitados. Cada pobre é a imagem e a semelhança de Deus para nós.

PANDEMIA EM ALTA




13/08/2020
PE BOSCO
Por quase um semestre estamos mergulhados na pandemia. Recordamos quando foi anunciado o primeiro caso. O anúncio foi no dia 2 de abril conforme o G1. Não se tinha ideia do que poderia acontecer. Daqui a pouco completaremos um semestre e só tem crescido o número de mortos e de infectados.
 O Brasil já passou dos 100 mil mortos e no Brasil não aconteceu isolamento social, apenas ensaios. Nenhum estado do Brasil atingiu a meta recomendada.
Quanto maior tem sido a prática de aglomerações e maior a possibilidade de contágio. Nos estados são raros os municípios que estão isentos. Isso reflete o grau de contágio da doença. É como se o vírus fosse levado pelo vento.
A Paraíba já foi atingida. No dia 15 de julho se noticiava que apenas os municípios de Ouro Velho e São Domingos não registraram casos da doença. Os demais, 221 estavam comprometidos.
O município de Guarabira, cidade pólo da região chamada do brejo, ocupa o terceiro lugar no estado em número de pessoas infectadas. O comércio nunca fechou. As aglomerações na feira e nos bancos são rotineiras.  Não existe preocupação das autoridades locais como também da população. As únicas medidas viáveis deixam de ser observadas aqui e alhures.
O Brasil, com mais de 100 mil pessoas mortas a partir dos dados oficiais continua com secretário interino no ministério da saúde. Sem uma atuação clara, visível, diante da realidade.
Os dados repassados pela rede globo diariamente, parece não refletirem a realidade. De um dia para o outro mudam os dados nos estados. Oscilam os números diariamente.
A esperança sobre o uso de vacina continua. São muitas pesquisas, mas isso levará ainda um tempo para chegar a algo científico. Até lá a situação vai se prolongando com muitas vidas perdidas entre todas as idades.
De fato, o mundo se deparou diante de uma situação inesperada e inusitada. Em um mundo que se considera pós moderno está dominado por essa pandemia, contando também com a indiferença dos que governam e dão prioridade às questões econômicas em detrimento da vida humana.
As leis do capitalismo estão acima da Lei da vida e da dignidade, destruindo vidas a cada segundo. No reino de Deus anunciado por Jesus prevalece a vida acima do capital. Hoje a acusação feita a Jesus seria de comunista e vermelho. 


12 de agosto de 2020

PROFECIA SEMPRE




PE BOSCO
01/08/2020
Em torno de 37 bispos espalhados pelo Brasil começaram um diálogo a respeito da situação no nosso país, a partir das preocupações sobre a saúde do povo brasileiro, esquecer que em situações de crise, os mais pobres são que são mais penalizados.
Esse diálogo muito justo e muito necessário, levou às necessidade de escrever uma carta dirigida ao povo de Deus. O diálogo foi se ampliando de tal modo que a carta chegou a ser apoiada por mais bispos e arcebispos e um cardeal, chegando a 152 signatários, certamente chegando a mais adesões.
É bom recordar que cada bispo tem o direito de escrever cartas pastorais dirigidas ao povo de sua diocese, como o papa escreve suas cartas e encíclicas, dirigidas ao mundo, abordando as situações do mundo que põem em risco a vida das pessoas.
Quando foi publicado no Nordeste o documento “Eu ouvi os clamores do meu povo”, de fundamental importância para denunciar as questões do Nordeste, um pequeno grupo assumiu a autoria: treze bispos e cinco religiosos.
Os bispos que hoje assinaram a carta ao povo de Deus, apenas nos apresentaram a realidade em que vivemos no Brasil, tão visível e tão real que não tem como ser escondida.  
A missão da igreja, como a missão de Jesus, terá que partir sempre da realidade da vida de mulheres e homens. Será impossível evangelizar sem tocar a situação da pessoa a ser evangelizada.
Basta olhar as falas de Jesus e como ele falou da situação vivida por ele e por seus contemporâneos. Falou de semente, de mar, de rede, de fermento, de fome, de pão, flores, aves do céu, de riqueza, de pobreza, das leis que desprezavam a vida, viúva, juiz, estrangeiro, etc.
Os pastores do povo de Deus não poderão cuidar do rebanho, sem olhar e acompanhar a quantas anda a vida do rebanho. Os pais não falam apenas de Deus para os filhos mas com eles devem falar com Deus e com tudo o que tem a ver com suas necessidades: da mesma forma a nossa igreja, nossa mas através dos nossos pastores mas através de todas as pessoas batizadas.
Pastoreio e evangelização não podem andar sem a profecia, (anúncio do reino e denúncia do anti reino). De fato, o que está posto em pauta na carta dos bispos, deve ser uma prática constante.
Depois da carta dos bispos, padres de todo Brasil, já passando de 1.500 adesões, também publicaram um carta de apoio aos bispos. Sim, isso é preocupação pela vida do povo de Deus. Não ter esse olhar atento é negar o pastoreio, é ser ladrão e assaltante como disse Jesus em João capítulo 10.
Muitas notas de apoio estão sendo feitas por pastorais, serviços, leigos e leigas, religiosas, diáconos, etc. o povo de Deus traz consigo a missão profética.  Somos a mesma igreja e, por isso, devemos nos sentir juntos não só no culto, mas na defesa intransigente da vida da humanidade.
As reações contrárias não vão deixar de existir. Isso faz parte da missão, como aconteceu com o próprio Jesus. A verdadeira religião não comunga com ódio, mas os religiosos do tempo de Jesus foram tomados pelo ódio e o mataram, a vida, no entanto venceu a morte e mais derrotadas ainda ficaram as autoridades do seu tempo.
As críticas vão fazer crescer a profecia. Na crise e na injustiça surge a profecia. O sangue dos mártires era como semente na igreja primitiva como sabemos. Vamos adiante, sempre, avançando para águas mais profundas, como nos disse o nosso mestre. 

22 de julho de 2020

RELIGAR



22/07/2020
PE BOSCO

Religião vem de uma palavra latina ligada ao verbo religare, no sentido de religar o ser humano ao seu Deus. Se olharmos hoje para as inúmeras expressões ligadas à religião, fica a dúvida da sua finalidade.
Já no tempo de Jesus o grande conflito se dava por causa da forma como a vida religiosa acontecia para o judaísmo. É do nosso conhecimento o apego presente na prática dos escribas, sacerdotes, fariseus e saduceus, com a dimensão exterior e de apego à exterioridade da lei.
Não resta dúvida de que Jesus caminhava na direção religiosa, se assim podemos falar, de religar-se com Deus, enquanto o sistema religioso do momento seguia outra direção. Por isso aconteceram tantos conflitos em tão pouco tempo e, por eles, Jesus foi condenado à morte.
Um fato muito visível é o culto no templo, tomado pelos cambistas e todos os tipos de animais para serem vendidos para os sacrifícios. Nos evangelhos com todas as narrativas a respeito de Jesus, esse é o único momento que podemos dizer que Jesus usou da força e derrubou mesas e expulsou os vendilhões do templo. Imagino que o texto pretenda ressaltar a insatisfação de Jesus. Não resta dúvidas de que se trata de uma lição para todos os tempos sobre o sentido do culto, do templo e do papel da religião.
A casa do Pai, que deve ser o lugar de religar-se com Deus se tornou apenas um ambiente de troca de coisas que rendessem moeda financeira. Essa preocupação precisa estar presente na nossa missão. Precisamos hoje de recursos para a manutenção da missão, mas podemos enfatizar a todo o momento essa necessidade. Também não se aproveitar do culto como oportunidade para arrecadar fundos.
Hoje ouvi um convite para empreendedores. Uma missa exclusiva para eles. Longe de julgar as intenções, mas não deveríamos reduzir a celebração que deve sempre ser comunitária e, portanto aberta a todos, a grupos fechados, o que parece contrário à comunhão.
Os momentos de cultos devem ser momentos de profunda oração, de silêncio, de ação de graças, de celebração da vida vivida e também ponto de partida para a missão. Rezar e pedir a Deus pela humanidade e pelas nossas reais necessidades e nunca buscar benefício próprio, numa negociata com Deus, ou rezar por causa do padre como se houvesse diferença do mistério celebrado por um ou por outro. Isso acontece com freqüência e distorce o sentido profundo da graça de Deus em nossa vida.

Religião não é estereótipo, ritualismo bonito, teatro ou algo parecido. Isso se pode encontrar com muito mais qualidade em outros ambientes. Isso não significa tirar o zelo e a beleza da liturgia, no entanto, religar-se a Deus pela cruz de Jesus e pela sua ressurreição é o essencial da vida cristã. Se isso conseguirmos já estamos no mais essencial da prática cristã.  


O VERBO SE FEZ CARNE



21/07/2020
PE BOSCO
Os evangelhos de Mateus e Lucas relatam o nascimento de Jesus, no entanto, antes desse importante relato, encontros aqueles acontecimentos que prepararam o acontecimento mais importante. Encontramos a anunciação do anjo, Isabel e Zacarias, a visita de Maria a Isabel e o nascimento de João Batista.
O messias esperado por todo Israel chega a nascer de forma inesperada e misteriosa. Chega a Belém e não encontra lugar numa hospedaria e passa a ocupar uma estrebaria. As palavras até são parecidas, mas muito diferenciadas.
Costumo dizer que por mais pobre que seja não se notícia de que uma criança tenha nascido numa cocheira. Numa noite escura, sem presença, além de José e sua mãe, Jesus se faz presente na terra, nascendo como um retirante. Jose cumpre com Maria a obrigação de participar do recenseamento.
Os pastores, pobres que passavam a noite cuidando do rebanho, talvez os únicos que naquele momento estavam acordados vigiando o rebanho, foram avisados do que havia sido anunciado pelo anjo.  A notícia é boa. Tem a ver com a salvação. Eles vão checar a notícia e ficam muito alegres por encontrarem Maria e a criança conforme a notícia do anjo.
Depois dos pastores, odiados pelos donos das plantações porque seguiam o rebanho durante a noite, é vez dos magos que chegam do Oriente, guiados por uma estrela, perguntando onde havia nascido o rei dos judeus. Eles viram a sua estrela e estavam à sua procura para adorar o menino. Aqui encontramos Herodes que fica assombrado com a notícia e os magos que prostrados oferecem seus presentes: ouro, incenso e mirra. Os presentes já simbolizam divindade, reinado e humanidade.
Herodes que participou da conversa dos magos espera um retorno dos magos, mas depois do encontro com Jesus seguiram por outro caminho. Quem se encontra com Jesus não permanece no mesmo caminho, sobretudo para reencontrar o tirano que queria matar o menino Jesus.
Sentindo-se traído pelos magos, Herodes ordena a matança dos inocentes, os meninos de dois anos para baixo, na tentativa de matar o próprio Jesus. Deus, através do anjo, fala com José em sonhos. Jose, o justo que pensou abandonar Maria em segredo por ocasião da gravidez e foi convencido pelo anjo a não desprezar Maria, agora, mais uma vez é advertido para pegar Maria e a  criança e fugir para o Egito. Na prontidão de José e na sua obediência, o menino Jesus tem a salvar a sua vida.
Vale a pena meditar esse mistério da vida de Jesus mergulhado num drama profundamente humano e conflitivo.



21 de julho de 2020

NA ESPERANÇA



PE BOSCO
21/07/2020
Na Paraíba estamos por um período de quatro meses convivendo com a pandemia – COVID 19. Pelo Brasil afora os estados estão sendo apresentados em estágios diferentes. Número de mortes em alta, estabilidade no número de mortes e em queda.
A nossa Paraíba oscila entre estabilidade e em alta. Isso significa que estamos tendo muitas mortes ainda. Em quatro meses tem se elevado o número de infectados também. O Brasil não conseguiu fazer isolamento social. Pelo que se pode acompanhar nenhuma cidade realmente chegou a manter um grande número da população em casa. Da mesma forma não se conseguiu o distanciamento e o uso de máscaras que são medidas de contenção do vírus.
Hoje se fala no novo normal. Na verdade se trata de nova realidade e por isso não normal. Por mais que se queira imaginar que o comércio está abrindo não há normalidade nessa etapa da vida social.
Novas etapas do vírus estão chegando a lugares que se pretendeu retomar a vida até mesmo em países de estrutura social de primeiro mundo. O nosso Brasil tem alcançado os altos índices de mortes em todos os estados.
A vida já é incerta por natureza. Por esse motivo Jesus recomenda a vigiar; nesse momento, mais incerta ainda vai ficando a vida e a convivência e presença neste mundo, até que se chegue a uma vacina e a alternativas outras  trabalhadas pela  ciência e pela medicina.
É tempo de refletir adequadamente sobre o mundo e como nele estamos nos conduzindo; quais estão sendo nossas prioridades e ocupações; qual o lugar que estamos dando a Deus e ao nosso próximo; qual o tempo que estamos dedicando a nós mesmos como momentos de oração pessoal e em família ou pequenos grupos da comunidade.
Não haverá um novo normal, mas poderá haver uma nova forma de viver e conviver nesse mundo marcado por uma situação que não passa em pouco tempo.   Aquele ritmo de vida que parecia insubstituível que quase que obrigava a todas as pessoas a correrem a todo custo, talvez não nos retorne com os mesmos moldes.
Por isso se faz necessário organizar um novo modo de ser para uma nova forma de convivência.
O Brasil já ultrapassou 80 mil pessoas mortas. É algo que não podíamos imaginar e por isso nos assusta em pouquíssimo tempo. É claro que além da gravidade da situação existe a gravidade da política de saúde do nosso país.

PARÁBOLAS DA ESPERANÇA


PE BOSCO
21/07/2020 

A semente exige apenas que seja semeada. Muitas sementes brotam até mesmo sem serem semeadas.
Como se trata da Palavra de Deus, devemos semeá-la. Não se esquecer da condição do terreno.
Quem deseja produzir frutos que é o destino da semente, deve ter atenção ao terreno do coração. Pedras, espinhos, terreno duro, não produzirão. A terra boa garante a reprodução da semente.
Não esquecer que o semeador precisa cumprir seu papel sem desistir enquanto o mesmo deve ser também terreno. Só tem semente para semear quem produz e guarda a semente.
O reino dos céus é comparado por Jesus com o movimento das sementes mesmo sendo pequenas caídas na terra, devem produzir bons frutos, na bondade da terra e na calmaria do tempo e da chuva.
A nossa dificuldade reside no nosso coração intranqüilo e preocupado com muita exterioridade, sem da a devida atenção à semente da palavra que Deus tem semeado em nosso coração.
 As parábolas nos remetem a um ambiente de esperança. Em tantos grãos semeados e perdidos, um deles poderá fazer a diferença e produzir frutos para a manutenção da semente.
Jesus conta essas parábolas em um momento de crise na sua própria missão. Seus ouvintes representavam essa realidade de terrenos diversos. Ao contar as parábolas Jesus nos assegura que mesmo diante da crise, é possível a semente fazer o seu caminho.
Semear, cuidar, colher, guardar, para repetir a semeadura. Nesse movimento que se repete, a semente morre para nascer e fazer crescer o reino dos céus no coração do mundo.
Bendito seja Deus que nos torna semeadores / semeadoras e terreno para que o reino dos céus aconteça.
Feliz daquelas pessoas que permanecem fiéis semeando, mesmo que não colham os frutos; os mesmos são para Deus.





18 de julho de 2020

ALIMENTAR A MÍSTICA


15/07/2020
PE BOSCO 


O nosso Plano Diocesano de Pastoral 2020 a 2023 traz como tema: “Alimentar-se da Palavra e do Pão para viver a Caridade na Missão.”
O povo de Deus espera sempre da Igreja e seus ministros uma ação missionária, tanto em tempos serenidade como em tempos adversos.
A Igreja sempre se reinventou, mantendo-se fiel à mesma missão.
Nestes tempos atípicos de pandemia, não podemos perder a mística e o ardor da nossa identidade.
Temos a missão de rezar pelo nosso povo, motivar a oração em família, com orientação clara, viável, objetiva, incentivando a oração e a meditação da Palavra em pequenos grupos, como também nas famílias.
Neste tempo, muitas pessoas precisam ser escutadas, com seus dramas pessoais e familiares. Para isso, devemos usar as mídias para o serviço da escuta. Temos que manter a presença na vida daqueles que colaboram conosco, para que não se sintam esquecidos. 
O serviço da partilha do pão por causa da fome tem sido uma constante em muitos lugares e deve, ainda mais, ser motivado.
A Igreja nunca deixou de ser instrumento da caridade.
Nosso Plano Diocesano de Pastoral para este ano prevê seis ações pastorais.
  • Instituir Ministros da Palavra;
  • Organizar o Setor Diocesano de Liturgia;
  • Assumir de forma mais intensa o Hinário Litúrgico; 
  • Resgatar a centralidade da Eucaristia nas comunidades; 
  • Estudar o diretório diocesano de liturgia; 
  • Entronizar o Santíssimo com sacrário nas comunidades das paróquias.  
É claro que fomos tomados de surpresa com a pandemia e fomos forçados a sair da normalidade, e estamos nos adaptando a outro ritmo; no entanto, temos condições de nos manter focados no nosso Plano Diocesano de Pastoral, através das nossas celebrações, programas de rádio, lives, mensagens, serviço das pascons, pequenos textos divulgados, etc.
Lembrar da criatividade de Jesus, que sempre tinha compaixão ativa pelo seu povo.
Hoje, essa mesma compaixão de Jesus deve estar sempre presente em todos nós.

4 de julho de 2020

ORAÇÃO DE LOUVOR



 04/07/2020
PE BOSCO


Eu te louvo Ó Pai. Estas palavras fazem parte de uma oração de Jesus.  Os evangelhos registram muitos momentos nos quais Jesus rezou, mesmo que não apresente o seu conteúdo. O evangelho, sobretudo de Lucas tem uma atenção especial para a atitude Orante de Jesus.

Esta oração de louvor tem uma finalidade muito clara, por se tratar da gratidão a Deus por ter concedido aos pobres a compreensão da mensagem divina, enquanto esconde isso aos sábios e entendidos.   É por isso que Jesus louva ao Pai. Jesus reconhece que isso foi do agrado do Pai. Ainda em nossos dias são ao mais humildes que mais colocam em Deus suas esperanças.

Na verdade, os pobres estavam sempre afastados da religião, como também, da vida social, econômica e política. Só em Jesus os mesmos puderam compreender que o mesmo veio para trazer-lhes uma boa notícia; os pobres puderam entender que Deus também os amava. Os pobres aqui são os despossuídos, por causa da injustiça e que depositam em Deus a sua total confiança.

Depois dessa oração de gratidão, Jesus nos faz dois grandes apelos que não podemos esquecer e nem recusar. Na verdade, um grande convite: Vinde a mim! Como nós precisamos atender a esse apelo por causa de nossas necessidades. O convite é feito a todos, mas, sobretudo, para os que estão cansados e sobrecarregados com seus pesados fardos.

Quem de nós não se sentiria ou se sentirá cansado diante dos desafios que a vida impõe?  Por muitas vezes deixamos de ir a ele, ou não? Quantas pessoas cansadas por causa das doenças, da fome, do medo, da insegurança, do desemprego?

Outro convite irrecusável é para que aprendamos com ele que é manso e humilde de coração. De fato, só com ele podemos aprender. Ele é o verdadeiro exemplo.

 Diante da realidade do mundo em que vivemos, é urgente esse aprendizado. Estamos guiados por um mundo de total indiferença e tantos egoísmos que nos enche o coração de indiferenças que nos afastam da real vida cristã. 


2 de julho de 2020

ORAÇÃO DE JULHO



02/07/2020
PE BOSCO.

Para este mês de julho o papa Francisco, como fez para o mês de maio, incentiva o povo de Deus a continuar rezando em casa pela família. Além das orações a Nossa Senhora em tempos de pandemia, recomenda a oração à Sagrada Família. Trata-se de uma oração que encerra o Documento AMORIS LAETITIA sobre o amor na família.
Oração à Sagrada Família.

Jesus, Maria e José,
em Vós contemplamos
o esplendor do verdadeiro amor,
confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré,
tornai também as nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
autênticas escolas do Evangelho
e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré,
que nunca mais haja nas famílias
episódios de violência, de fechamento e divisão;
e quem tiver sido ferido ou escandalizado
seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré,
fazei que todos nos tornemos conscientes
do caráter sagrado e inviolável da família,
da sua beleza no projeto de Deus.
Jesus, Maria e José,
ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.
Além.
O papa Francisco também acrescentou três invocações a Nossa Senhora na recitação da Ladainha que são as seguintes: “Mãe da Misericórdia; Mãe da Esperança e Conforto dos migrantes”.
Como tem recomendado a CNBB em suas Diretrizes, é tempo de viver a fé em pequenos grupos chamados de comunidades; agora em tempos de pandemia, esses grupos são mais definidos como famílias que vivem mais tempo em isolamento e que podem dedicar mais tempo para a oração.



JUNHO PASSOU



02/07/2020
PE BOSCO
O mês de junho é muito especial para a igreja e para as comemorações juninas. Talvez nem conseguimos perceber a grandeza desse tempo por conta da pandemia mas tivemos grandes momentos celebrados.
Celebramos a Festa da Santíssima Trindade quando mais uma vez podemos olhar para um Deus diferente daquele que na sociedade e até nas igrejas não podemos perceber. A nossa visão de Deus não é aquela do próprio Deus que se revela cheio de amor e compaixão. Deus que é uno e trino, mas um Deus comunhão.
Celebramos também a Festa do Corpo e Sangue de Cristo, o tema central da vida da igreja. Desde crianças, sem a consciência  suficiente que convivemos com a Eucaristia, o único pão que nos alimenta para a vida definitiva.
Celebramos também a festa dos dois corações: de Jesus e de Maria. O coração que é o centro da vida e das decisões da pessoa humana. O coração de Jesus perfurado pela lança, do qual jorraram sangue e água, para nos salvar, sacramentos do batismo e da eucaristia. A partir desse coração inteiramente doado Jesus nos convida a imitá-lo, a prendermos do seu coração que é manso e humilde. Como é bom sentir em Jesus essa possibilidade de um coração aberto. Entre nós também se costuma conhecer as pessoas ou tê-las como boas ou más a partir do coração. “Homem de bom coração”.
Do coração de Maria quanta lição também se pode guardar. Ela que meditava e guardava no coração tudo aquilo que via e ouvia. Também como aconteceu a Jesus, uma espada atravessou a sua alma, quando viu o seu filho Jesus crucificado.  
Também celebramos Pentecostes, a festa da Igreja. O tema da semana de Oração pela Unidade dos Cristãos passou sem muito destaque. “Gentileza gera gentileza”, Atos 28,2. Um tema que deve ser aprofundado em nossa igreja, comunidades e grupos. A vida cristã precisa ser diferenciada e, quantas vezes, a gentileza passa muito distantes de nós. Ao invés de gentis, adotamos a indelicadeza, descortesia, aspereza, etc.
Celebramos também os grandes santos: Antônio, João, Pedro e Paulo. As festas mais populares do nosso nordeste que neste ano foram realizadas dentro de casa, com as famílias por causa da pandemia. Uma grande riqueza de fé e de cultura neste mês.
Não poderia deixar passar esse momento sem fazer esse registro.



23 de junho de 2020

CARLOS BELARMINO


22/06/2020
PE BOSCO.

Acompanhei através da família, o calvário de Carlos Belarmino no hospital da Unimed em João Pessoa. Lutou vários dias mas não conseguiu vencer a doença.
Quando pároco em Guarabira, na igreja Santo Antônio, acompanhei muitos encontros de casais antes da existência do ECC em nossa diocese. Os encontros eram compreendidos como Pastoral Familiar. Carlos chegou a participar juntamente com Auricelia.
Tive a alegria de, em um dia desses encontros, poder assistir á celebração do matrimônio do casal na igreja Santo Antônio. Foram muitos casais como Carlos e Auricelia que fizeram aquela experiência.
Como estou ausente de Guarabira já por muitos anos não tinha tido mais a oportunidade de reencontrá-lo. Recentemente nas atividades da Escola de Formação Teológica tive a oportunidade de reencontrar Carlos. Ele com a mesma alegria de sempre de quando eu o conheci.
Neste dia 22 de junho recebi com tristeza a notícia de sua Páscoa.
É lamentável que Guarabira esteja entre as cidades do Estado com maior número de pessoas infectadas depois de João Pessoa e Campina Grande, ou seja, ocupando o terceiro lugar, com 1.177 diagnosticados e com 27 óbitos. 
Carlos é mais um colaborar na cidade de Guarabira que nos deixa.
Deixo aqui a solidariedade e as orações para a sua família que está nesse momento extremamente sofrida como todas as famílias que perdem pessoas queridas, sobretudo em situação de PANDEMIA; Ao mesmo tempo sei que a família está também guiada pela fé e pela esperança no Deus da vida.
Desejo a todos os membros da família de Carlos muita fé e confiança.
Agora para Carlos como diz o livro do Apocalipse:
"Deus enxugará dos olhos deles todas as lágrimas. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. As coisas velhas já passaram". 21,4. 




IMPASSE NA PANDEMIA


21/06/2020
PE BOSCO

Estamos caminhando para o término de junho sem uma clareza em torno da pandemia, passando três meses de quarentena.
Cresce nos Estados do país o número de pessoas infectadas e também o número de mortos que já passa de 50 mil pessoas.
Essa realidade tem sido encarada pelo estado como natural. O Ministério de Saúde m sequer faz um pronunciamento sobre medidas adequadas para monitoramento e ou soluções.
O isolamento social necessário nos Estados do Brasil que deveriam chegar a 70 por cento nunca passaram de 50 por cento, ou seja, população realmente não colaborou para evitar ou retardar a proliferação da doença. As opiniões são muito divergentes entre a população. Em tempos de redes sociais empoderamento das pessoas cada um se torna de certo modo dono da verdade.
Enquanto isso fica difícil lidar com situações delicadas dessa natureza.
Em nenhum país do mundo onde a crise já amenizou existe   uma clareza dos caminhos a serem seguidos.
É verdade que a vida deve seguir adiante, no entanto, isso não será possível sem que sejam adotadas novas formas de convivência com essa exótica situação. 

Na liturgia deste dia o apelo de Jesus é não temer. Ele se refere ao tempo de perseguição enfrentado pelos apóstolos. Não ter medos dos homens. Agora, além da perseguição aos seguidores do Mestre convivemos com o medo desta PANDEMIA que tem ceifado a vida de tantos seres humanos no planeta.


LAZARO



19/06/2020
PE BOSCO

Conheci Lázaro Guedes a partir de 1979 quando cheguei em Guarabira como animador da comunidade do Cordeiro. Lembro das folgas do casal muito pequenas, ainda crianças.
Depois desse tempo fui para o seminário e, já ordenado, voltei para a paróquia de Santo Antônio. Com Lázaro e Zulmira fomos muitas vezes pelos sítios de Pilõezinhos em tempos de muita lama. Muitas cenas engraçadas. Antes da minha saída da Paróquia deixei Lázaro ordenado e cuidando do Paulo VI Miranda na casa que foi organizada para uma primeira experiência de vida vocacional de Guarabira e depois residência de Ir Neves.
Acompanhei muito a vida da família, alegrias e momentos difíceis.
Muita saída de Guarabira depois de muitos anos acabou nós mantendo mais distantes mas sempre de uma amizade. Sei do bem que ele e a sua família tem por mim.
Ontem de forma inesperada na festa do sagrado coração de Jesus Lázaro tem a sua Páscoa.
Numa das últimas conversas ele me disse não ter medo da morte e de forma muito rápida partiu.
A família de Lázaro é um exemplo de união, de alegria e fé.
Na missa de corpo presente, neste dia 19 na Matriz de Santo Antônio em Guarabira, Elisângela, em nome da família deu um testemunho bonito. O coração sofrido mas cheio de confiança e também gratidão a Deus.
Deus seja louvado! 



18 de junho de 2020

NÃO TER MEDO



18/062020
PE BOSCO
O medo é um sentimento humano, talvez, mais que isso, uma reação diante de situações da vida. Cada pessoa carrega consigo os seus medos, pequenos ou grandes. Muitas vezes o medo atrofia a vida das pessoas. Muita gente paralisa por causa do medo.
Em Mateus 10, por três vezes, Jesus recomenda não ter medo. Aqui não se trata de qualquer medo por se tratar das perseguições na vida cristã. Seus seguidores, como ele, se forem fiéis ao seu mestre, passarão por todo tipo de perseguição: injúria, difamação, ofensa de todo tipo e até a morte.
 A morte inclusive é anunciada por causa da missão. Não temer a quem mata o corpo mas não pode matar a alma. As palavras de Jesus foram escritas em tempos de muita perseguição e, como sempre, nos ajudam a fortalecer a confiança, sempre necessária, como o próprio Jesus manteve a confiança no Pai e a Ele sempre rezou.
O medo pode fazer com que muitas pessoas voltem atrás e desistam do seguimento cristão. Aliás, a perseguição nos tempos primitivos além de realmente matar, tinha uma função pedagógica, ou seja, fazer com que os já batizados e os catecúmenos desistissem do caminho cristão. Executar as pessoas, jogá-las às feras de forma pública tinha essa finalidade.
Todos os discípulos, depois de Jesus, também foram martirizados, tomaram o cálice do sofrimento. Depois deles, até hoje, continuam as perseguições a quem se propõe defender o mesmo que Jesus defendeu. Colocar-se do lado da vida ameaçada é ser também ameaçado e perder a vida deste mundo para realmente poder ganhá-la.
Jesus traz sempre muita esperança para os seus, para não desistirem, mesmo na perseguição. “Até mesmo o cabelo de vossas cabeças estão todos contados”, para nos assegurar de que a vida em Deus já está garantida mesmo em meio a todas as adversidades.
Em todos os tempos, como hoje também, Deus suscita homens e mulheres para manter a profecia através do anúncio e da denúncia, dimensões que não podem faltar na igreja.  Mesmo que a realidade possa causar medo, Deus vai suscitar em nosso coração a confiança Nele, como fez em todos os profetas em todos os tempos.
Não é por acaso que rezamos assim: o Senhor é o meu pastor e nada me faltará. Sl 23. Ouvi Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; Vós sois meu protetor, não me deixeis; não me abandoneis, Ó Deus meu salvador. Sl 26. 

17 de junho de 2020

CONHECER CRISTO



17/06/2020
PE BOSCO
Conhecer a pessoa de Jesus é condição fundamental para que se tenha uma verdadeira vida cristã.  Conhecer não passa simplesmente pela visão, mas é só pela convivência que podemos a chegar a conhecer a outra pessoa.
Quando Jesus foi perguntado onde moras? Ele disse aos seus discípulos, vinde e vede. Eles foram e viram, não apenas ouviram dizer. João 1, 38. De fato, não existe vida autenticamente cristã sem essa experiência. Para esse nível de conhecimento precisamos dedicar tempo. Num primeiro encontro não foi possível aos discípulos conhecerem Jesus verdadeiramente; foi necessário um longo processo. Depois da ressurreição os mesmos ainda ficaram cheios de dúvidas e nem sempre conseguiam reconhecê-lo.
Esse dado apresentados pelos evangelhos nos revelam que o nosso processo de vida cristã, como pessoas seguidoras e enviadas não acontece de uma hora para outra.  Da mesma maneira que o nosso crescimento tanto humano quanto intelectual é longo e lento, o crescimento da fé também passa por etapas e processos. A graça supõe e aperfeiçoa a natureza, como já dissera Agostinho, o bispo de Hipona.
Em Cristo Jesus está a manifestação do próprio Deus revelado Nele, por isso, o conhecimento de Jesus lida com o Homem Jesus e com o Filho de Deus enviado do Pai. Conhecê-lo supõe uma profunda meditação dos evangelhos, a Palavra que se fez carne. Pela leitura orante, mais do que fazer leitura, vamos nos encontrando com o próprio Deus.
Na verdade, os evangelhos mostram como Jesus dedicou todo seu tempo de missão para ser também momento de formação da comunidade apostólica. A formação se dava pelas pregações de Jesus ao povo, os aprofundamentos a SÓS com eles, nas ações realizadas por Jesus, isto é, milagres e sinais, como também pelos ensaios missionários, quando os enviava a sós para anunciar a boa notícia.
Certamente para os seguidores de Jesus de hoje que são todos os batizados/as, existe a necessidade permanece de conhecer aquele que anunciamos, por não se tratar de anunciar uma simples mensagem ou transmitir determinado conteúdo, mas comunicar ou tornar conhecida uma pessoa para outras, com quem elas devem se apaixonar.
 Isso só será possível quando o nosso nível de conhecimento nos leva a uma identificação tão profunda que se pode falar de uma identificação com o anunciado.  Paulo teve o privilégio de dizer que não vivia mais porque nele vivia o próprio Cristo.  Assim, conhecer não significa ter informações sobre o outro, mas uma profunda intimidade e uma profunda empatia com o próprio Jesus.

16 de junho de 2020

IGREJA



16/06/2020
PE BOSCO
O nosso povo identifica a igreja com o templo. “Você vai para onde”? “Vou ali à igreja”. Assim nós crescemos, conhecendo a igreja pela torre, vendo-a de longe.
Essa mentalidade ainda permanece para muitas pessoas. Não é ainda cultural a ideia de que cada pessoa é igreja. É necessário lembrar a musiquinha: Pedro é igreja, Paulo é igreja, eu sou igreja, você é igreja. Isso é verdade! Por isso quando falo da igreja não posso falar de forma generalizada, mas falando de pessoas, de si mesmo. Essa questão é fundamental e conseqüente. Não se pode condenar a pessoa como instituição sem desvinculá-la das ações de grupos e ou de determinada pessoa.
A igreja compreendida como o Povo de Deus é uma das definições mais bonitas feitas no Concílio Vaticano II, para chamar a atenção para o nosso papel missionário. Muitas pessoas já compreenderam e se assumem como igreja, mas a indiferença ainda é muito grande em relação com a identidade cristã pastoral e missionária.
A igreja, Povo de Deus, tem uma grandiosa e nobre missão: ser presença do próprio Jesus no mundo, pelas palavras Dele e pelo testemunho de vida. Além de uma igreja em saída, propagada pelo papa, também se fala de uma igreja Samaritana, mas também de uma igreja lameada, (o templo não tem como se enlamear), uma igreja profética, uma igreja servidora.
Essas dimensões da igreja devem estar presentes no coração das pessoas para que se torne realidade nos chamados grupos de igreja. Nossos grupos  precisam sempre  repensar papéis, para afinar seus carismas com as reais necessidades do nosso mundo exatamente onde somos chamados ao cumprir um papel evangelizador.
Anunciar a boa nova do evangelho (Ide e anunciai o evangelho) é a palavra de Jesus, o envio para a missão. A forma de fazer é mutável em cada situação, mas o conteúdo será sempre o mesmo em todos os tempos.
Articular o anúncio, com a denúncia e o testemunho é o nosso desafio. Há momentos na história em que tanto que essas três atividades ficam tímidas e até meio esquecidas, mas o Espírito que é a alma da igreja faz suscitar sempre uma nova etapa, novo ardor para que a Boa Nova seja propagada.  A ausência do testemunho que às vezes nos invade empobrece o anúncio, por isso, a necessidade de refazer o anúncio, denúncia, testemunho.