26 de abril de 2011

Da Redação paraiba 1


Os presos da Paraíba que fazem parte do Fundo de Recuperação dos Presidiários (FRP) estão enfrentando problemas desde janeiro. Parentes reclamaram ao Paraíba1 que a bolsa-auxílio dos condenados que trabalham nos presídios está atrasada desde janeiro.
O FRP é um projeto previsto na lei estadual nº 3.456, de 1966, que busca a ressocialização do apenado através do trabalho. Normalmente, os presos prestam serviços com trabalhos como jardinagem, serviços gerais, cozinha e até enfermagem.
Os mais de 400 presidiários inscritos no projeto recebem a redução de um dia da pena a cada três dias trabalhados e uma bolsa-auxílio entre R$ 100 e R$ 150, porém o pagamento está atrasado desde janeiro. Informações dão conta até que alguns apenados no interior têm abandonado os postos de trabalho por não terem o incentivo da remuneração e, outros, continuam apenas devido à redução da pena.
O atraso no pagamento causa insatisfação dos presos, que, além de não aproveitarem a oportunidade de ressocialização e recuperação, podem iniciar rebeliões nos presídios.
O coordenador do projeto, Armistron Gomes de Sousa, explicou que o atraso aconteceu devido a problemas burocráticos na mudança da gestão e, ainda, a uma mudança recente na Secretaria da Administração Penitenciária. “Não é uma questão de vontade, é um problema operacional, é normal que isso aconteça”, afirmou. O pagamento está previsto para o início de maio e foi garantido que os meses atrasados serão pagos. “Se trabalharam, vão receber. É um direito”, disse.
Armistron informou, ainda, que o FRP recebia verba de convênios com o Governo Federal, o Tribunal de Justiça da Paraíba e empresas privadas, porém, desde 2006, essas parcerias foram canceladas e o Estado banca sozinho os cerca de R$ 85 mil investidos no projeto. Ele garantiu que a nova gestão está buscando firmar parcerias para ajudar a arcar com as despesas do Fundo.
Outro problema encontrado pela coordenação do FRP é que cerca de 15 diretores de unidades prisionais ainda não repassaram a lista de frequência dos presos para que o número de trabalhadores seja contabilizado. Por isso, ainda não se sabe o número exato de inscritos no projeto na Paraíba.
Para fazer parte do projeto, o preso tem que estar em regime fechado e ser avaliado por uma equipe que irá julgar se ele apresenta risco de fuga, já que terá que sair frequentemente de sua cela. Outro critério de participação é estar perto do cumprimento total da pena.
Fazem parte do projeto todos presídios da Capital e de Campina Grande, além de Sapé, Guarabira, Santa Rita, Cajazeiras, Sousa, Catolé do Rocha, Patos e mais 31 cadeias do Estado.

25 de abril de 2011

Pascoa

A pascoa, que hoje perdeu totalmente o seu significado em nossa sociedade por causa de sua dimensão de consumo, significa passagem na historia do povo hebreu. Ela lembra a passagem de Deus para libertar o seu povo da escravidão do Egito.
Deus, na experiência do povo é aquele vê, ouve o sofrimento e desce para libertar o povo das garras do faraó. Nesta passagem encontramos a cena famosa da passagem do mar vermelho. Conta o relato, que após a saída do povo hebreu, o farão que ia em perseguição com seu exercito afogou-se no mar e o povo seguiu, com a orientação de Moisés para a terra prometida.
Não nos cabe aqui buscar a historicidade dos fatos, até porque a bíblia não foi escrita para fazer uma cronologia histórica, mas para suscitar a fé no poder e na ação de Deus presente na historia do seu povo.
Assim, a páscoa passou para a história como passagem da morte para a vida; da escravidão para a liberdade; do sofrimento para a tranquilidade. Na promessa de Deus, se tratou de sair da terra da escravidão para uma terra que corre leite e mel. É uma linguagem figurativa para significar a mudança contrastante de ambiente.
Depois do tempo quaresmal a igreja celebra pelo mundo a fora a noite da vigília pascal. Trata-se da vigília mais importante de todos os tempos. Santo Agostinho, bispo de Hipona, dizia que a vigília da páscoa é mãe de todas as vigílias.
A pascoa, só ela tem o privilegio de ter 40 dias como tempo de preparação. Nenhuma festa tem esta oportunidade. A pascoa tem um lugar tão especial que os 50 dias de sua duração devem ser celebrados como se fosse um só dia.
Para as sociedades que não são mais realmente cristãs, a semana santa passou a ser um feriadão para o lazer, as viagens, descanso e consumo de chocolates. Por isso, a semana acaba sendo marcada pela violência no transito. Para a vida cristã não se trata de feriadão, mas de tempo de celebração e recolhimento. Na pascoa a igreja celebra a ressurreição, o acontecimento mais marcante, porque fundante da vida cristã.
Sem polemizar, mas esclarecendo, ressurreição e reencarnação são dois conceitos que se opõem de forma muito radical, de modo que não é possível ser cristão e ser espirita. Os espiritas primam muito pela caridade, o que é fundamental e louvável, por isso, pode - se trabalhar com eles e com todos os que lutam pelo bem, mas mantendo o respeito pelas diversas opções de fé e de opção religiosa.
O que difere cristianismo e espiritismo? O primeiro mantém a unicidade de cada ser humano como Imago Dei, desde o seu nascimento até a sua morte. Deus é criador de cada ser com sua total originalidade e personalidade.
Na doutrina espirita admite-se a possibilidade de se retornar a terra para uma segunda vida e para se redimir e aperfeiçoar a qualidade de vida o que para o cristianismo não é sustentável. Na vida cristã cada pessoa tem o seu tempo. Na liberdade, perdemos ou não o tempo que o senhor nos oferece. No fim da vida, vamos para a presença de Deus ou ficamos na sua ausência, dependendo assim das escolhas feitas em nossos caminhos.
Retomando: no tempo da pascoa, contamos, portanto com a presença do ressuscitado se manifestando aos discípulos para dizer Sou eu, não tenhais medo, eu estarei com vocês ate o fim dos tempos.
Ressurreição é tempo de vida transformada e renovada; é tempo de tomada de decisões a favor da vida.

24 de abril de 2011

PAULO

A MISTICA DO DISCÍPULO-MISSIONÁRIO

1. VOCAÇÃO DE PAULO
São três elementos que caracterizam a vocação no Novo Testamento:
- Encontro

- Chamado

- Reação
Jesus caminha à beira do Mar da Galiléia e vê Simão e o irmão deste, André, e, em seguida, os filhos de Zebedeu, Tiago e João. (Mc 1,16-20). Há um encontro, um chamado e uma reação ao chamado. O encontro se dá no contexto corriqueiro do dia-a-dia, em meio aos árduos trabalhos da pesca. Ao responder ao chamado de Jesus, deixaram tudo e o seguiram. O ENCONTRO COM JESUS foi tão profundo que deixaram a família, a segurança por um futuro incerto. Onde e quando terminará este caminho? Não o sabem. Estão apenas no começo, mas já sentem no fundo da alma que não haverá mais volta.
Na vocação de Saulo há os mesmos três elementos: o encontro, o chamado e a reação ao chamado, embora em circunstâncias bem diferentes. Em Atos 9,1-22, encontramos a vocação de Paulo. Jesus entra na vida de Saulo e o derruba, faz com que caísse por terra. Jesus o agarrou, o cativou, dominou, conquistou (Fl. 3,12). Não foi uma idéia, uma visão atualizada da conjuntura, uma nova compreensão da história, um estudo bíblico, que o levaram a abandonar o velho caminho e mudar de rumo na direção oposta. "Alguém" entrou em sua vida e causou um verdadeiro terremoto na sua existência. É uma pessoa que o chamou. O Documento de Aparecida n° 12 diz o seguinte: "A todos nos toca recomeçar a partir de Cristo, reconhecendo que não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva".
A luz que envolveu Paulo naquele meio-dia diante dos muros de Damasco, impregnou de modo indelével o sinal da presença do Cristo glorioso. Doravante dará testemunho do Senhor "Como se visse o Invisível" (Hebreus 11,27). Jamais esquecerá a hora de Damasco como João nunca esqueceu a hora em que pela primeira vez encontrou o Mestre. (Jo 1,39
Santo Agostinho descreve a profundidade desse ENCONTRO: "Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que habitavas dentro de mim e eu, fora. E aí te procurava e lançava-me, nada belo, ante a beleza que tu criaste. Estavas comigo e eu não contigo. Seguravam-me longe de ti as coisas que não existiriam, se não existissem em ti. Chamaste, clamaste e rompeste a minha surdez, brilhaste, resplandeceste e afugentaste minha cegueira. Exalaste perfume e respirei. Agora anelo por ti. Provei-te e tenho fome e sede. Tocaste-me e ardi por tua paz".
A chave para compreendermos com que força o chamado do Senhor transformou a vida de Saulo está em 1Cor 9,16 "Evangelizar não é título de glória para mim, é, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não evangelizar".
Paulo fala de sua missão de apóstolo como uma experiência de conversão, entrega total ao Senhor. Nada no mundo poderá separá-lo do Senhor. (Rm 8,35). Quem bebeu desta fonte, mergulhou neste amor jamais será o mesmo. "Tudo que para mi era lucro, tive-o como perda, por amor de Cristo" (Fl. 3,7). Esta é a mística da VOCAÇÃO de Paulo e não existe outra MÍSTICA a não ser esta que é capaz de motivar e sustentar a vocação do discípulo, do missionário, da missionária. "Por Ele, perdi tudo" (Fl. 3,8). Esta é a verdadeira e única base de toda vocação: "Por Ele", esta é sua mística e motivação existencial. Não tem como deixar este caminho, deixar de anunciar o evangelho, como diz a canção: "Tenho que gritar, tenho que arriscar, ai de mim se não o faço. Como calar se tua voz arde em meu peito". Paulo não consegue mais viver sem fazer de sua vida um ardoroso anúncio do Evangelho, um testemunho de sua fé, esperança e caridade. É impossível deixar de bradar pelo mundo afora, nas praças e nas ruas, nos lares e nas igrejas, de dia e de noite, que "Jesus Cristo é o SENHOR, para a glória de Deus Pai .” (Fl. 2,11).
E, exatamente esta é a reação de Paulo ao chamado de Jesus, "imediatamente", sem mais delongas. "Mãos à obra", sem hesitação, receio, sem meias-palavras, sem tibieza ou moleza. A V Conferência em Aparecida "deseja despertar a Igreja na América Latina e no Caribe para um grande impulso missionário. Não podemos deixar de aproveitar esta hora de graça. Necessitamos de um novo Pentecostes! Necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vidas de sentido, de verdade e de amor, de alegria e esperança”.
Somos testemunhos e missionários: nas grandes cidades e nos campos, nas montanhas e florestas de nossa América, em todos os ambientes da convivência social, nos mais diversos "areópagos" da vida pública, das nações, nas situações estremas de existência, assumindo ad gentes nossa solicitude pela missão universal da Igreja". (DAp 548)
2. PAULO - SEPARADO PARA O EVANGELHO DE DEUS
Paulo escreve aos Gálatas; "Quando, porém, aquele que me separou desde o seio materno e me chamou por sua graça, houve por bem revelar em mim seu Filho, para que eu o evangelizasse entre os gentios, não consultei carne nem sangue", (Gl. 1,15-16) Paulo usa a mesma linguagem das vocações profética do AT. Com isso, mais uma vez, põe em evidência, que tornar-se apóstolo não é iniciativa particular, pessoal, mas desígnio, obra, graça de Deus. Deus toma a iniciativa. É Ele quem chama e envia. "Desde o seio materno o Senhor me chamou, desde o ventre de minha mãe pronunciou o meu nome" (Is 49,1b).
A história da vocação de Jeremias (Jr 1,4-19) se repete na vida de Paulo, Deus conhece, consagra e constitui profeta. O verbo consagrar significa "Separar" do mundo, tirar das circunstâncias normais para uma pessoa e destinar para o ministério profético.
A reação de Jeremias é muito humana: "Eu não sei falar, porque sou ainda uma criança". O Senhor, porém, responde solenemente como o mandato "A quem eu te enviar, irás e o que te ordenar, falarás" Deus sabe do futuro de seu profeta, antevê as angústias e perseguições que sofrerá por causa deste mandato. É por isso que acrescenta: "Não temas diante deles, pois eu estou contigo para te salvar". Deus jamais abandona seu profeta.
A história de Paulo será semelhante a do profeta Jeremias. Sofrerá muito na missão para a qual Deus o separou e quase recebe do Senhor a promessa: "Certa noite, numa visão o Senhor, disse a Paulo: Não tenhas medo: continua a falar e não te cales, porque eu estou contigo..." (At. 18, 9-10).
"Eu estou contigo!". O apóstolo não é separado do mundo para ficar só. Não se trata em primeiro lugar de uma renúncia a tudo que o mundo oferece. É sempre o amor maior que vence! Deus nunca promete tirar todos os obstáculos, resolver todos os problemas, aplainar todos os caminhos. Deus simplesmente fala "Eu estarei contigo" e essa promessa do Senhor atravessa toda a Bíblia Sagrada.
Sempre quando o Senhor escolhe alguém para uma missão especial, a pessoa chamada ouve a promessa. Mas em todas as circunstâncias, ele sempre contará com a proximidade do Senhor. Moisés reclama: "quem sou eu para ir ao Faraó? Deus simplesmente responde: Eu estarei contigo".
Paulo, "separado para o Evangelho de Deus", nos fornece um relato de sua vida de Servo de Cristo Jesus, chamado a ser apóstolo". São Servos de Cristo" muito mais pelos trabalhos, pelas prisões, por excessivos açoites (2Cor 11,23-28).
O cristão suporta tudo, sem perder o entusiasmo, sem esfriar a paixão, não pode ser por outra coisa, a não ser a promessa do Senhor "Não tenhas medo; continua a falar e não te cales, porque eu estou contigo.." (At. 18,9-10).
(Adaptação do Texto de Dom Erwin Krautler refletido na 46ª Assembléia Geral dos Bispos do Brasil).
3. VOCAÇÃO DO/DA CATEQUISTA:
Profeta (aquele/la que fala em nome de Deus), porta-voz, arauto do Evangelho, a iniciativa sempre parte de Deus, portanto, o chamado a ser catequista, não é algo pessoal, mas obra divina, graça. A missão do catequista está na raiz da palavra CATEQUESE, vem do grego e quer dizer (fazer eco), logo, catequista é aquele/la que se coloca a serviço da Palavra, torna-se instrumento para que a Palavra ecoe. O Senhor lhe chama para que através da sua comunicação, da sua voz, a Palavra seja proclamada, Jesus Cristo seja anunciado e testemunhado.
"Fazer Ecoar a Palavra ", se dá num processo permanente da educação da fé, portanto a catequese é concebida como educação da fé, e o catequista é o educador da fé, o mistagogo, aquele/la que conduz para dentro do Mistério, que possibilita a experiência do encontro com Jesus, respeitando a individualidade, a realidade em que a pessoa se encontra.
Não é transmissor de idéias, conhecimentos, doutrina, pois sua experiência fundante está no ENCONTRO PESSOAL com a pessoa de Jesus Cristo. Essa experiência é comunicada pelo SER, SABER e SABER FAZER em comunidade (DNC 261). O ser e o saber do catequista, sustentam-se numa espiritualidade, da gratuidade, da confiança, da entrega, da certeza de que o SENHOR está presente, é fiel.
3.1) IDENTIDADE O DISCÍPULO MISSIONÁRIO SEGUNDO Mc 3, 14-15
Para ajudar a compreender e viver essa nova proposta para a formação de catequista há importantes referências inspiradoras no chamado ou convite de Jesus para o discipulado missionário, conforme o relato de Marcos 3,14-15 “Subiu à montanha, foi chamando os que quis, e foram com ele. Nomeou doze para que convivessem com ele e para enviá-los a pregar com poder para expulsar demônios”. Destacam-se cinco dimensões que, bem compreendidas e assumidas, podem revolucionar o modo de formar catequista no Brasil
1) ENCONTRO: ser cristão não é simplesmente aceitar uma doutrina e ser fiel a determinadas normas, mas é seguir uma pessoa que nos atrai a si e conquista o nosso coração: JESUS DE NAZARÉ. É responder ao chamado de Jesus e colocar-se a caminho, seguindo seus passos, movido pela força de seu Espírito. É entrar na dinâmica processual do discipulado. Importância de uma catequese querigmática, que suscita o ENCANTAMENTO e faz arder o coração.
O seguidor deve reproduzir a estrutura fundamental da vida de Jesus: encarnação, missão, cruz e ressurreição e, ao mesmo tempo, atualizá-la, inspirado e animado pelo Espírito de Jesus e de acordo com as exigências do contexto em que vive. O itinerário de Iniciação à Vida Cristã vai configurando e moldando a identidade cristã, conforme o mantra: “Até que Cristo se forme em vós, em mim, em ti, em nós” – Gl 4,19
2) CONVERSÃO: É a resposta inicial de quem escutou o Senhor com admiração, crê nele pela ação do Espírito, decide ser seu amigo e ir após ele, mudando sua forma de pensar e viver, aceitando a cruz de Cristo, consciente de que morrer para o pecado é alcançar a vida. No batismo e no sacramento da reconciliação se atualiza para nós a redenção de Cristo.
3) DISCIPULADO: “nomeou doze para que convivessem com Ele”, é a relação entre Mestre e discípulo. Catequese é lugar privilegiado para levar o catequizando a colocar-se na escola do Mestre Jesus e assimilar seus ensinamentos, mais do que isso assumir uma postura de vida um MODO DE SER E VIVER. Dinâmica processual e transformadora que abarca todas as dimensões da realidade humana, com o objetivo de assimilar os ensinamentos de JESUS e tornar-se semelhante a ele, dando continuidade a sua missão.
4) COMUNHÃO: esse aspecto marca o desejo de partilhar com outras pessoas essa graça extraordinária da experiência de estar e viver com o Senhor e, também de experimentá-lo comunitariamente com outros discípulos missionários, na fraternidade, na alegria, na oração, no compromisso.
5) MISSÃO: os 12 escolhidos por Jesus poderiam se acomodar na felicidade de terem sido eleitos e de estarem usufruindo da convivência com o Mestre. A dimensão missionária é constitutiva do seguimento de Jesus. Cada discípulo atrai outros, para anunciar juntos a boa nova e depois fazer discípulos em todos os povos
3.2) UM NOVO PERFIL DE CATEQUISTA PARA INICIAÇÃO CRISTÃ:
É necessário o acompanhamento na formação do catequista para a catequese iniciática. Não queremos mais pensar em uma formação como simples repasse de conceitos, alguém que repete o que ouviu nos cursos e congressos. Mas nosso horizonte maior será formar catequistas competentes, capazes de responder aos inúmeros desafios da nossa realidade atual. (DAp,n.12).
O catequista é um anunciador da Palavra de Deus. “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo”. (DAp, n.247). Será capaz de narrar com competência as obras do Deus Salvador nas Escrituras, das ações de Jesus Cristo nos Evangelhos e na nossa história de vida pessoal e da comunidade iluminados pelo Espírito Santo. É importante acentuar a centralidade do mistério pascal em nossa narração.
Formar para perceber e ler os sinais dos tempos. Criar a sensibilidade para perceber Deus atuando em nossa história de vida pessoal e também na comunidade de fé. O catequista terá a missão de olhar a realidade na perspectiva propositiva, com olhar crítico e ao mesmo tempo esperançoso. Não é um especialista em determinadas áreas, mas alguém que foi introduzido no Mistério Cristão, fez a experiência do encontro com o ressuscitado e que hoje, como discípulo, se coloca a serviço do Reino com uma grande abertura para se deixar guiar e iluminar pelo Espírito Santo com a missão de educar as futuras gerações à maturidade na fé.
O novo catequista procurará desenvolver um projeto de formação continuada e global, suscitando a conversão e o crescimento na fé. Itinerário sistemático e orgânico com a finalidade de educar à maturidade na fé e a transmissão da mensagem cristã.
Essa mensagem deverá ser gradual, focalizada sempre no essencial, a pessoa e os ensinamentos de Jesus Cristo, favorecendo a dinâmica do encontro e do discipulado. É importante acentuar também a capacidade do catequista de transmitir aos outros suas experiências de vida cristã.

3.3) CATEQUISTA MISTAGOGO:

MISTAGOGIA NO PROCESSO PEDAGÓGICO DA FÉ

 
A catequese mistagógica tem a função de anunciar com fervor o Kerigma (AT 8,30-31.334.35).
Anunciar Jesus Cristo vivo é uma tarefa que o batismo nos impõe. Descobrir os “novos areópagos” hoje se constitui num grande desafio para a catequese. É necessário voltar a anunciar JC em nossos ambientes. Trata-se de uma urgência pastoral: ou anunciamos Jesus Cristo novamente ou o mundo já não será mais cristão.

 
ANÚNCIO COMO MENSAGEM EVANGÉLICA/CRISTÃ: (DNC 97)
“Na catequese, quando se fala em conteúdo, pensa-se em geral na doutrina e na moral”. Mensagem é comunicação de algo importante. João Paulo II afirmou: “Quem diz mensagem diz algo mais que doutrina”. Quantas doutrinas de fato jamais chegaram a ser mensagem. A mensagem não se limita a propor idéias: ela exige uma resposta, pois é interpelação entre pessoas, entre aquele que propõe e aquele que responde. A mensagem é VIDA.
O termo mistagogia vem entrelaçado com o termo iniciação cristã. A mistagogia é vista como processo que conduz ao Mistério, logo INICIAÇÃO CRISTÃ é INICIAÇÃO AO MISTÉRIO.
Mistério: palavra grega (mystérion) usada no Novo Testamento para designar o plano de salvação que o Pai realizou em Cristo Jesus (Ef. 1,3-14), principalmente por sua Morte e Ressurreição, por conseqüência, mistério é tudo o que a Igreja realiza para manifestar e realizar essa salvação divina ao longo da história, sobretudo os sacramentos (a palavra latina sacramento é tradução da palavra grega mystérion). A iniciação cristã é sempre iniciação aos mistérios de Cristo Jesus e de sua Igreja, através, sobretudo, do exercício da vida cristã e da celebração dos sacramentos.
À semelhança da palavra pedagogo, o catequista mistagogo é aquele que introduz o catecúmeno ou catequizando nos mistérios da fé; todos os que trabalham no processo catecumenal são mistagogos: bispo, ministros ordenados, religiosas, catequistas, introdutores, família, pais, padrinhos....
A presença do mistagogo é um elemento essencial para a catequese de iniciação à vida cristã. Ele numa ação dialógica vai conduzindo o catequizando à mistagogia. A ação mediadora entre o mistério e o iniciante é que orienta o processo mistagógico.
O catequista-mistagogo apropria-se da cultura pedagógica da iniciação, pois não entramos no MISTÉRIO através do saber, do conhecimento, o mistério resiste à representatividade, às explicações, se apaga no segredo. No entanto, a gente se deixa penetrar por ele e nele. Não se entra, portanto no mistério. È se INICIADO nele. Que condições a iniciação poderia ser um caminho pedagógico possível e fecundo numa sociedade que não é mais iniciadora, em que se banaliza o sagrado, e a sacramentalização ainda é imperante.

 
Pela Comissão: Ir. Zélia M.Batista, CF

PAIXAO DE JESUS

A paixão do Senhor nos apaixona por Deus e nos enche de compaixão pelos irmãos. Os evangelhos da paixão são carregados de amor e por si mesmos comovem e convertem. Meditemos o drama da paixão de Jesus.
1. O Pai silencia. Jesus faz a experiência da noite escura, ou seja, do silêncio de Deus. O Pai parece esconder-se e a solidão se abate sobre o Filho de Deus. O silêncio do Pai é uma experiência da espiritualidade cristã, cuja pedagogia consiste em que O procuremos mais intensamente. Após a escuridão vem a luminosidade mais intensa.
2. O diabo tenta. Jesus é tentado pelo diabo também na sua paixão. A traição, as zombarias, as humilhações que Jesus suportou, são tentações, sofrimentos morais e interiores. Jesus resiste, vence, o maligno é derrotado.
3. Os discípulos dormem. Na hora mais intensa do sofrimento de Jesus, na hora suprema da salvação, na oblação total do amor de Jesus, os discípulos dormem. São sentinelas dorminhocos, guardas sonolentos. Esta realidade ainda se perpetua. A Igreja ou é missionária ou dorminhoca.
4. Os amigos fogem. Os Doze se dispersam. João permanece ao pé da Cruz. Na hora do sofrimento a fuga dos amigos é uma dor e uma decepção muito profunda. ''Ferirei o pastor, dispersar-se-ão as ovelhas''. Como é dolorida a fuga dos amigos na hora em que mais precisamos deles. É preciso amar até o fim.
5. As autoridades condenam. Jesus inocente, justo e santo, agora é réu condenado como blasfemo e como agitador do povo. Barrabás, bandido, salteador, homicida é absolvido e Jesus condenado porque passou fazendo o bem. Os tribunais que condenaram Jesus tinham interesses políticos e religiosos. A corrupção do poder condena inocentes, justos e absolve culpados.
6. Os soldados torturam, zombam, cospem, flagelam, humilham a Jesus. Tecem uma coroa de espinhos e revestem-no com um manto vermelho. Jesus os perdoa e pergunta a um deles: ''Por que me bates?''. Jesus o catequiza. Zombaria e agressão são armas dos fracos e fracassados.
7. A multidão grita: Crucifica-o. A manipulação do povo pelos detentores do poder é sempre um trunfo para seus objetivos. O povo é manipulado e condicionado a fazer o que eles querem. Estas manobras e espertezas se repetem na história da humanidade. O que querem é usar o povo para interesses pessoais.
8. Cirineu ajuda Jesus. É um homem do campo. Obrigaram-no a ajudar Jesus, e assim crucificá-lo vivo. Se Jesus morresse no caminho a frustração dos perseguidores seria grande. Cirineu é um estranho, alguém que veio de fora, um camponês cheio de bondade e sensibilidade que ajudou Jesus. Cirineus existem, mas são rejeitados pelos que não aceitam ajuda. Jesus aceitou ser ajudado.
9. Verônica enxuga o rosto de Jesus. Mulher sensível, humana, corajosa, Verônica tem a iniciativa de ir ao encontro de quem sofre e oferecer o que ela possui, uma toalha. Os pequenos gestos tornam-se grandes quando feitos por amor. Deus a recompensou. Imagem de Deus é toda pessoa humana que espera por Verônicas solidárias.
10. O bom ladrão se arrepende. Ele reconheceu sua própria culpa e a inocência de Jesus. Ele declarou Jesus como aquele que não fez o mal, pronunciou a sentença da inocência do Senhor. Fez o que Pilatos devia ter feito. Já os sumos sacerdotes, escribas, anciãos zombam, escarnecem e insultam o Filho de Deus.
11 Maria, mãe de Jesus, está ao pé da cruz. As mães padecem com seus filhos e não arredam os pés de onde eles se encontram. Maria sofre, mas não se desequilibra. Sua fé a deixa de pé. Antes de ser senhora nossa, ela é senhora de si mesma, mãe fiel, companheira e consoladora de seu Filho. Que as mães permaneçam de pé e sejam solidárias com seus filhos sofredores.
12. José de Arimatéia desce Jesus da Cruz. Era rico, honrado, bom, justo, membro do sinédrio. Oferece a Jesus o seu túmulo. Eis o rico solidário.

DOM ORLANDO BRANDES

Arcebispo de Londrina

23 de abril de 2011

Mamãe,
Hoje, na páscoa,
São três anos de sua passagem.
Somos gratos:
Pela sua fé,
Por sua oração
E confiança em Deus.
Nos tempos
Em que se vive sem tempo,
O tempo nunca lhe faltou.
Uma hora antes dos horários,
Tudo estava pronto:
As refeições, as tarefas da casa,
A presença na igreja.
Quando refaço o caminho
Que tantas vezes fiz,
Indo ao seu encontro,
Para a nossa casa,
Fica uma imensa saudade
Faltando sua presença física,
Mas a certeza
Da sua comunhão com Deus,
No céu,
Porque experimentada da terra.
23 de abril
2008 - 2011.

17 de abril de 2011

Secretaria de Administração Penitenciaria.




Dia 11 de abril de 2011 na Secretaria de Administração Penitenciaria da Paraíba, aconteceu a solenidade de transmissão de cargo para um novo secretario.
O Dr. José Alves Formiga fez um balanço da sua curta passagem pela SAP: três meses. Disse de suas iniciativas: uma auditoria em toda secretaria e o contato com a sociedade. Enfatizou o aprendizado e que continuará lutando como ser humano professor e advogado. Lembrou uma situação que o surpreendeu. Para ele, a corrupção encontrada, pela sua fala é gravíssima. Quem ouviu a sua fala percebeu a sua preocupação, entendida como desabafo e como denuncia.
O Dr. Carlos Beltrão, juiz da execução penal também fez uso da palavra e apresentou as muitas dificuldades do sistema. Lembrou a condição desumana em que vivem os presos, tanto os provisórios como os condenados sem chance de fazerem o caminho da recuperação, que é a finalidade da pena. Certamente uma grande dificuldade é a falta de estrutura na vara de execução penal que é de responsabilidade do tribunal de justiça. O que tem acontecido: quem sai da prisão, sai muitas vezes pior do que entrou. A prisão não é solução, mas um problema a mais na vida da pessoa reclusa e na vida da sociedade.
Dr. Carlos ainda lembrou uma frase que tem sido muito repetida, dita por um preso: “Hoje estou contido; amanhã estarei contigo”. A sociedade que não colabora e quer distancias da cadeia, depois é obrigada a conviver com a pessoa em condições piores porque ela não ajudou a recuperar.
Dr. Carlos ainda tratou da saúde e da falta de assistência medica dizendo que a pessoa doente não pode esperar. De fato, o estado não presta este serviço nas horas necessárias porque depende de viatura, de agentes, escolta etc.
Por fim, o Dr. Harrison Targino, assumindo a pasta, destacou que não estava ali para brincar e que trabalharia manha, tarde e noite para cumprir uma missão, extensiva a todos os demais funcionários. Relembrou a respeito e a dignidade que a pessoa humana não perde ao perder a liberdade. Vale ressaltar que o estado normalmente tem toda uma pratica contraria ao que disse o secretario. O estado tem tratado a pessoa reclusa como alguém que está numa situação na qual ela perdeu o direito de ser gente, não sendo tratada como gente, mas simplesmente criminosa. A prisão não é lugar para que a pessoa possa repensar a sua vida, sendo ajudada a dar passos na sua recuperação. A prisão hoje é o lugar da violência institucional, do castigo, dos maus tratos e do desrespeito. Maldita é a pessoa presa que não tem prestigio e dinheiro. A prisão hoje é tudo o que se imagina no universo popular sobre o inferno.
Pois bem, o Dr. Harrison, contou a conhecida historia do Juquinha na sala de aula com o pássaro na mão para fazer a pegadinha com a professora. Se ela disser que o pássaro está morto eu o solto; se disser que está vivo eu o mato. A professora percebeu a jogada e respondeu: o pássaro está em suas mãos. Assim, o secretario concluiu que o sistema prisional da Paraíba está nas mãos de todos aqueles (as), que no dia a dia lidam com toda a complexidade do sistema. O trabalho pode ser o mesmo, pode agravar mais a situação como também pode fazer a diferença.
 

16 de abril de 2011

CIDADES DA PARAIBA

Agua Branca











Aguiar










Alagoa Grande










Alagoa Nova






Alagoinha






Alcantil






Algodao de Jandaira






Alhandra






Amparo






Aparecida










Aracagi






Arara






Araruna






Areia de Baraunas






Areia






Areial






Aroeiras










Assuncao










Baia da Traicao Bananeiras










Barauna










Barra de Santa Rosa










Barra de Santana






Barra de Sao Miguel










Bayeux










Belem do Brejo do Cruz










Belem










Bernardino Batista










Boa Ventura






Boa Vista










Bom Jesus






Bom Sucesso






Bonito de Santa Fe










Boqueirao






Borborema






Brejo do Cruz










Brejo dos Santos






Caapor










Cabaceiras










Cabedelo






Cachoeira dos ?ndios






Cacimba de Areia






Cacimba de Dentro






Cacimbas






Caicara






Cajazeiras










Cajazeirinha Caldas Brandao






Camalau






Campina Grande






Capim










Caraubas










Carrapateira










Casserengue










Catingueira






Catole do Rocha










Caturite










Conceicao










Condado










Conde










Congo










Coremas






Coxixola






Cruz do Espirito Santo






Cubati






Cuite de Mamanguape






Cuite






Cuitegi






Curral Velho






Curral de Cima






Damiao






Desterro






Diamante






Dona Ines






Duas Estradas






Emas






Esperanca






Fagundes






Frei Martinho






Gado Bravo






Guarabira






Gurinhem






Gurjao






Ibiara






Igaracy






Imaculada






Inga






Itabaiana






Itaporanga






Itapororoca






ItatubaJacarauJerico










Joao Pessoa






Juarez Tavora Juazeirinho






Junco do Serido






Juripiranga










Juru






Lagoa Seca










Lagoa de Dentro






Lagoa






Lastro






Livramento










Logradouro






Lucena










Mae d'Agua










Malta










Mamanguape Manaira






Marcacao










Mari










Marizopolis






Massaranduba










MataracaMatinhas






Mato Grosso






Matureia






Mogeiro






Montadas






Monte Horebe






Monteiro






Mulungu






Natuba






Nazarezinho






Nova Floresta






Nova Olinda






Nova Palmeira






Olho d'Agua






Olivedos






Ouro Velho










Parari










Passagem










Patos










Paulista










Pedra Branca










Pedra Lavrada










Pedras de Fogo










Pedro Regio










Pianco










Picui






Pilar






Piloes






Piloezinhos






Pirpirituba






Pitimbu






Pocinhos






Poco Dantas










Poco de Jose de Moura






Pombal






Prata






Princesa Isabel






Puxinana










Riachao do Bacamarte










Riachao do Poco










Riachao










Riacho de Santo Antonio










Riacho dos Cavalos






Rio Tinto






Salgadinho






Salgado de Sao Felix






Santa Cecilia






Santa Cruz






Santa Helena






Santa Ines










Santa Luzia






Santa Rita






Santa Teresinha










Santana de Mangueira










Santana dos Garrotes










Santarem










Santo Andre Sao Bento de Pombal






Sao Bento






Sao Domingos de Pombal






Sao Domingos do Cariri






Sao Francisco










Sao Joao do Cariri










Sao Joao do Rio do Peixe






Sao Joao do Tigre






Sao Jose da Lagoa Tapada






Sao Jose de Caiana






Sao Jose de Espinharas






Sao Jose de Piranhas






Sao Jose de Princesa










Sao Jose do Bonfim










Sao Jose do Brejo do Cruz










Sao Jose do Sabugi










Sao Jose dos Cordeiros










Sao Jose dos Ramos










Sao Mamede










Sao Miguel de Taipu






Sao Sebastiao de Lagoa de Roca






Sao Sebastiao do Umbuzeiro










Sape










Serido










Serra Branca










Serra Grande










Serra Redonda Serra da Raiz






Serraria






Sertaozinho






Sobrado






Solanea






Soledade






Sossego






Sousa






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