31 de janeiro de 2010

A Questão do Menor

Em todas as cidades do nosso país, convivemos com uma dificuldade de dimensão social que é a problemática do menor. Muitos dentre eles, meninos e meninas estão vivendo na rua e da rua ou nas Febens da vida. Sobre essa situação, o que poderíamos refletir?
De um lado, encontramos a reação da sociedade que age pelo emocional e sempre prescindindo da possibilidade de não Ter menor delinqüente na própria família. De outro lado, encontramos o Estatuto da Criança, no seu décimo adversário em 13 de julho do corrente ano, que trata das medidas sócio educativas para o menor. Com esse Estatuto, uma mentalidade preconceituosa se estabeleceu na nossa sociedade de que não existe punição para o menor. Não podemos nos esquecer que o menor ao cometer infrações graves, será afastado do convívio social e será recolhido até por 3 anos ou mais para, através de medidas reeducativas, ser devolvido à sociedade. Por isso, não se pode condenar o ECA, como omisso, pois omissa e a nossa sociedade e todos nós. O que você acha, de um adolescente ser preso até por 3 anos em nome de ser reeducado quando esse recolhimento não passa de uma simples prisão? Que tal se uma dessas medidas fosse aplicada a um dos seus filhos. Não podemos e não temos o direito de condenar e atirar as pedras nos outros. Temos que pensar de forma racional. Grande parte dos menores que estão nas ruas das cidades são vítimas do desemprego. Alguém pode ficar muito aborrecido com um menor que incomoda. No entanto, esse menor pode ser filho de alguém que foi demitido do trabalho de forma até injusta. Você demitindo um pai de família, ou não lhe concedendo a possibilidade do emprego, estará contribuindo para que o menor esteja faminto na rua. Vejam que o problema não é da justiça ou da polícia, mas social, econômico e político.
Os problemas são muitos e sobre eles todos falam, no entanto, poucos investem nas soluções. Em Guarabira, a experiência da AMECC é única no Estado, com a estrutura que ela contém, não apenas em termos de espaço e de acolhimento, mas de formação, com seu quadro de escola, lazer, vida comunitária, orações, etc. Esta experiência que cumpre papel do Estado, que deveria ser muito mais assumida pelo Estado e pelo Município, deixa ainda, e muito, a desejar. O mesmo podemos dizer ao nível da sociedade e das comunidades especialmente de Guarabira. Infelizmente a omissão ainda é muito grande. Todos nós, infelizmente, somos assim: sabemos cobrar demais e reclamar bastante, no entanto, pouco fazemos ou percebemos ser necessário fazer.
Considerando que a AMECC acolhe menores de outras cidades, ela deveria ser também ajudada pelas referidas cidades. Uma ajuda muito necessária, do dia-a-dia, é a alimentação.
Nós todos, portanto, somos convidados a não apenas criticar, mas dá a devida colaboração como gesto e sinal da caridade evangélica.