PÁSCOA: O FATO E O DESAFIO.
Depois de todas as celebrações da semana santa, as comunidades, como também, cada pessoa cristã, se encontram diante do mistério da páscoa. Jesus está vivo, se manifestando aos seus discípulos. As referências são muitas, por estarem contidas em todos os evangelhos. As aparições, por quarenta dias, acontecem no dia-a-dia dos discípulos em meio às suas atividades.
Todas as tradições que são recolhidas, pelos textos sagrados, não deixam dúvidas de que Jesus esteja vivo, sendo Ele, o mesmo que fora crucificado. Já a respeito da pregação dos apóstolos, se repete com insistência a mesma idéia: aquele que foi matado, ressuscitou, e disso, nós somos testemunhas.(Atos dos Apóstolos).
As cenas são as mais belas. Entre muitas, Emaús, em Lucas 24. Os dois peregrinos estavam tomados pelo desânimo e resolvem partir para o desconhecido, o desencanto, o desencontro, a decepção... Jamais imaginariam que seriam acompanhados por alguém tão especial. Pensavam, eles, que estavam sendo seguidos por outro desesperançado. Por isso, um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “És tu o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?” v 18. Tinham sido indagados sobre o que conversavam.
O companheiro – Jesus - começa o seu diálogo. A realidade que os mesmos estavam vivendo, vai sendo iluminada pelas escrituras. Constatam depois: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”v 32. Antes, porem, eles foram incapazes de perceber a presença do Mestre.
No término do caminho, estava, em ambos, o desejo de continuarem com o peregrino, por isso, insistiram: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Ele entrou para ficar com eles. V 29. A noite que estava chegando, era aquela que ainda estava dentro deles, assim, seria difícil ficarem sem Ele - com Ele - acontece para Eles, a experiência da ressurreição, no exato momento em que o pão é partilhado. Agora, que a noite da duvida passou, retornam a Jerusalém, com o intuito de revelarem o Revelado. O que gostariam de trazer em primeira mão, como furo de reportagem, já era para os demais, também, uma experiência.
O Ressuscitado é o mesmo e a experiência é a mesma, com pessoas diferentes, culturas e realidades diferentes. Como os peregrinos de Emaús, quantas vezes caminhamos, desanimados, sem nenhuma luz no caminho, esquecendo-nos que Ele é O caminho. Isso significa que se queremos caminhar com Ele é porque Nele já caminhamos.
Temos, pois, um grande desafio. Não somos mais a seita perseguida das catacumbas, que muito incomodava, mas estamos diante do mundo descrente, indiferente, insensível, idolatra e defensor de todas as formas de morte, quando, a ressurreição, é o convite para a defesa de todas as formas de vida. Ontem, como hoje e sempre, a missão é o anúncio da vitória da vida, numa batalha travada com a morte. É tempo de testemunho.
Pe Bosco
Páscoa, 09
Depois de todas as celebrações da semana santa, as comunidades, como também, cada pessoa cristã, se encontram diante do mistério da páscoa. Jesus está vivo, se manifestando aos seus discípulos. As referências são muitas, por estarem contidas em todos os evangelhos. As aparições, por quarenta dias, acontecem no dia-a-dia dos discípulos em meio às suas atividades.
Todas as tradições que são recolhidas, pelos textos sagrados, não deixam dúvidas de que Jesus esteja vivo, sendo Ele, o mesmo que fora crucificado. Já a respeito da pregação dos apóstolos, se repete com insistência a mesma idéia: aquele que foi matado, ressuscitou, e disso, nós somos testemunhas.(Atos dos Apóstolos).
As cenas são as mais belas. Entre muitas, Emaús, em Lucas 24. Os dois peregrinos estavam tomados pelo desânimo e resolvem partir para o desconhecido, o desencanto, o desencontro, a decepção... Jamais imaginariam que seriam acompanhados por alguém tão especial. Pensavam, eles, que estavam sendo seguidos por outro desesperançado. Por isso, um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “És tu o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?” v 18. Tinham sido indagados sobre o que conversavam.
O companheiro – Jesus - começa o seu diálogo. A realidade que os mesmos estavam vivendo, vai sendo iluminada pelas escrituras. Constatam depois: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”v 32. Antes, porem, eles foram incapazes de perceber a presença do Mestre.
No término do caminho, estava, em ambos, o desejo de continuarem com o peregrino, por isso, insistiram: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Ele entrou para ficar com eles. V 29. A noite que estava chegando, era aquela que ainda estava dentro deles, assim, seria difícil ficarem sem Ele - com Ele - acontece para Eles, a experiência da ressurreição, no exato momento em que o pão é partilhado. Agora, que a noite da duvida passou, retornam a Jerusalém, com o intuito de revelarem o Revelado. O que gostariam de trazer em primeira mão, como furo de reportagem, já era para os demais, também, uma experiência.
O Ressuscitado é o mesmo e a experiência é a mesma, com pessoas diferentes, culturas e realidades diferentes. Como os peregrinos de Emaús, quantas vezes caminhamos, desanimados, sem nenhuma luz no caminho, esquecendo-nos que Ele é O caminho. Isso significa que se queremos caminhar com Ele é porque Nele já caminhamos.
Temos, pois, um grande desafio. Não somos mais a seita perseguida das catacumbas, que muito incomodava, mas estamos diante do mundo descrente, indiferente, insensível, idolatra e defensor de todas as formas de morte, quando, a ressurreição, é o convite para a defesa de todas as formas de vida. Ontem, como hoje e sempre, a missão é o anúncio da vitória da vida, numa batalha travada com a morte. É tempo de testemunho.
Pe Bosco
Páscoa, 09
