25 de janeiro de 2010

CIDADANIA

Câmara Municipal de Guarabira

Excelentíssimo Senhor Presidente desta casa;
Excelentíssimos Senhores Vereadores;
Excelentíssimo Senhor Francisco Fernandes, autor da resolução que me outorga este titulo de cidadão.

Para não me alongar, pelo hábito de falar, profiro algumas palavras escritas.
Minha convivência com Guarabira já completou 20 anos. Fui o primeiro seminarista que conviveu por aqui durante quatro anos antes do Seminário Maior.
Tenho como padre nativo, a experiência das origens desta Diocese. Acompanhei todos os esforços do Primeiro Bispo, Dom Marcelo Pinto Carvalheira, hoje Arcebispo Metropolitano da Paraíba, para ajudar as pessoas menos favorecidas.
Sou testemunha de muitas iniciativas praticas de solidariedade oriundas do seio desta igreja. Por isso, para mim, a pratica mais importante é a da caridade e da solidariedade, independente de qualquer credo religioso.
Hoje, sou admitido como cidadão guarabirense, por esta casa e por todos os presentes, representantes dos diversos segmentos da sociedade.
Sou muito grato a todos e todas: ao Senhor Francisco Fernandes, a todos os que fazem parte desta casa, desde o seu Presidente ao mais humilde funcionário.
Muitos homens e mulheres, rapazes e moças, jovens e crianças, que nunca receberão títulos nesta casa, porque já são guarabirenses, não exercem o direito de cidadãos e cidadãs. São pessoas excluídas dos Direitos Fundamentais: à vida digna, à liberdade, à igualdade, etc.
Como cidadão, reafirmo o meu compromisso e a minha solidariedade, na medida do possível, com todos os carentes em diferentes situações, particularmente, a minha presença na vida dos encarcerados, mergulhados no submundo da miséria humana. Como dirigente espiritual da AMECC, minha presença e humilde colaboração aos que dedicam parte do seu tempo às crianças e adolescentes agrupados no sítio Padre Ibiapina.
Conclamo a todas as pessoas presentes:
Exercitemos a nossa cidadania para que os outros se sintam cidadãos e cidadãs nos mesmos Direitos e com a mesma Dignidade.

Concluindo:
Tudo não depende de Deus. Mesmo assim, em tudo louvemos a Ele, pois, em tudo o que acontece, fica uma lição para a vida.

Padre Bosco

Por ocasião do Título de Cidadão Guarabirense na Câmara Municipal, aos 27 de maio de 1999
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