25 de janeiro de 2010

AVALIAÇAO

AVALIAÇÃO PARA A CONVERSÃO


1. Todos nós temos o senso critico, isto é, aquela capacidade de enxergar o que está ao nosso redor e de que maneira nós julgamos aquilo que podemos observar. Sem esta capacidade ou interesse não podemos melhorar o mundo. Deixamos de dar a nossa colaboração; a critica ao que podemos observar. É uma necessidade numa avaliação.
2. A outra necessidade é avaliar a nossa conduta no processo que analisamos. Como foi a nossa colaboração? Poder enxergar a nós mesmos. Trata-se de um exercício muito difícil encontrar e aceitar a própria limitação. Vejam a cena da adultera; todos estavam com um motivo, com uma certeza para apedrejar aquela mulher pecadora. Todos conseguiam enxergar a desobediência da mesma.
3. A situação muda quando Jesus provoca cada um a olhar para si; no pecado do outro, cada um é chamado para avaliar a sua conduta. Só vai ser matar, atirar a primeira pedra, aquele que não tiver pecado. Quando se faz parte do processo não se pode culpar o outro e ficar totalmente isento de qualquer responsabilidade.
4. Tenho que corrigir aquilo que está falho no mundo, na família,na paróquia, na pastoral, no estudo, mas, também, tenho que identificar, aceitar e corrigir aquilo que em mim colaborou para que a falha que eu estou querendo corrigir ela existisse; eu sou parte integrante da falha que eu critico e devo criticar pois ela me prejudica;
5. Tudo o que acontece de bom como tudo o que acontece de mal não é fruto do acaso, mas resultado da ação de alguém. Alguns se posicionam para que determinada ação possa não dá certo: outros fazem o contrário.
6. Numa avaliação de dimensão penitencial, não pode faltar o elemento da humildade, do arrependimento, do reconhecimento, da conversão, da decisão, da verdade, da sinceridade. A nossa hipocrisia é um dos piores problemas que carregamos e nos impede de assumir a nós mesmos.
7. Tomemos apenas como referência o exemplo de Zaqueu quando reconheceu a sua situação e tomou consciência que não mais podia continuar assim: logo tornou concreta a sua proposta: metade dos bens para os pobres. Em relação à outra metade devolver 4 vezes mais a quem defraudou.(Lc 19) colocando-se, assim, na condição de discípulo. Normalmente em nossas situações de vida, ficamos prometendo que vamos mudar sem dar os passos necessários e, mais grave ainda, quando ficamos adiando: depois vejo isso...
8. Avaliar, portanto, é dispor-se para situações novas por pequenas que sejam. Esta é a proposta deste dia que deve ser vivido sem pré- julgamentos e pré-conceitos.
9. Espiritualidade é deixar-se conduzir pelo Espírito que vai indicando para nós a vontade de um Deus cheio de bondade e paciência diante da nossa lentidão e fraqueza. É fazer a experiência do barro, que por não resistir diante da vontade do oleiro, pode ser transformado, torna-se até quase que desconhecido pelas formas que pode adquirir. Assim devemos entender a nossa vida. Só Deus, pela sua palavra, pode nos transformar se a Ele confiarmos essa tarefa.

Pe Bosco
19/11/2003