9 de outubro de 2013

RESUMO DO RICA

1.Contextualização.
•No mundo todo, até nos países de tradição católica, existe uma preocupação, um questionamento e uma busca em torno da iniciação cristã. A cultura religiosa, ainda existente no Brasil, já não mais prevalece em outros países.
•A catequese mais ampla que fazemos, através do radio, das pregações, círculos bíblicos, etc, já não atendem mais as necessidades do tempo presente, mesmo sendo validas para muitas pessoas.
•Caminhamos cada vez mais para o pluralismo religioso e, o que é mais preocupante, para uma relativização do fenômeno da religião. Por causa dessa realidade, a igreja é chamada a passar de uma iniciação sacramental, ainda muito presente, para uma iniciação à VIDA CRISTÃ.
•A evasão, pós-sacramentos, que nos preocupa, é um fenômeno da transitoriedade e da instabilidade de nossos adolescentes. Isso não significa que a catequese foi totalmente ineficaz. Se todos ficassem, não teríamos o que oferecer. Ainda não temos uma estrutura capaz de acolher, como também não temos as condições de ir ao encontro. O importante é que possam levar elementos sólidos adquiridos na catequese e que possam levar para a vida. Temos que rever e cuidar de nossos métodos e do nosso conteúdo. A evasão é também produto do tipo de cristianismo que construímos ao longo do nosso processo de evangelização, dos tempos em que batizar era suficiente.
•A igreja conviverá sempre com duas realidades: os grupos efetivos: CEbs, pastorais, serviços e movimentos, como também a massa católica, que se fez presente com muito fervor, em momentos significativos da igreja mas depois se recolhe na vida do dia a dia, alimentando a sua fé sem uma pertença comprometida. Haverá na igreja sempre um cristianismo Maior, isto é, para além de uma vivencia eclesial.
•Todas essas pessoas, pelo batismo, fazem parte do corpo de Cristo mas em uma vivencia cristã incompleta. Esse fato atrapalha a formação cristã na catequese, uma vez que não se pode contar com a colaboração da família que já é vitima da deficiência familiar onde foi formada. A igreja tem a sua parcela de responsabilidade e ainda deve suprir a lacuna da família, não por imposição, mastornando as pessoas convictas da necessidade de um caminho a ser percorrido.

2.O que é iniciação?
É a primeira participação sacramental na morte e ressurreição de Jesus.
É um encontro com Jesus e uma adesão ao seu caminho. A iniciação não pode ser imposta a ninguém. É necessário que haja a procura e a aceitação. Sem isso, fica a sensação de que ensinamos e até as pessoas aprendem algo, mas não se encontram com Jesus, talvez porque faltou a iniciativa.
Na historia, a iniciação está ligada aos três sacramentos que só se separaram com o surgimento das paroquias. Batismo, crisma e eucaristia.
O batismo da criança vem pela certeza da gratuidade de Deus. A partir do Concilio Vaticano II, batizar na infância quando os pais são convictos e assumem a educação na fé. Quando não, adiar para a catequese. A partir dos 7 anos, trabalhar o RICA. Não mais batizar com os demais no rito comum.



2.1.E quem não foi batizado (a)?
•Uma situação é a de quem não teve oportunidade: não tem a consciência sobre a necessidade ou não.
•Outra situação é a de quem teve oportunidade e não se converteu a Jesus.
•NA CONSTITUIÇÃO PASTORAL GAUDIUM ET SPES SOBRE A IGREJA NO MUNDO ATUAL, no numero 22 se diz: “E o que fica dito, vale não só dos cristãos, mas de todos os homens de boa vontade, em cujos corações a graça opera ocultamente (31). Com efeito, já que por todos morreu Cristo (32) e a vocação última de todos os homens é realmente uma só, a saber, a divina, devemos, manter, que o Espírito Santo a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal por um modo só de Deus conhecido.”
•Catecismo da Igreja.
A NECESSIDADE DO BATISMO 1257 O Senhor mesmo afirma que o Batismo é necessário para a salvação. Também ordenou a seus discípulos que anunciassem o Evangelho e batizassem todas anações. O Batismo é necessário, para a salvação, para aqueles aos quais o Evangelho foi anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sacramento. A Igreja não conhece outro meio senão o Batismo para garantir a entrada na bem-aventurança eterna; é por isso que cuida de não negligenciar a missão que recebeu do Senhor, de fazer “renascer da água e do Espírito” todos aqueles que podeis ser batizados. Deus vinculou a salvação ao sacramento do Batismo, mas ele mesmo não está vinculado a seus sacramentos. 1258 Desde sempre, a Igreja mantém a firme convicção de que as pessoas que morrem em razão da fé, sem terem recebido o Batismo, são batizadas por sua morte por e com Cristo. Este Batismo de sangue, como o desejo do Batismo, acarreta os frutos do Batismo, sem ser sacramento. 1259 Para os catecúmenos que morrem antes de seu Batismo, seu desejo explícito de recebê-lo, juntamente com o arrependimento de seus pecados e a caridade, garante-lhes a salvação que não puderam receber pelo sacramento. 1260 “Sendo que Cristo morreu por todos e que a vocação última do homem é realmente uma só, a saber, divina, devemos sustentar que o Espírito Santo oferece a todos, sob forma que só Deus conhece, a possibilidade de se associarem ao Mistério Pascal.” Todo homem que, desconhecendo o Evangelho de Cristo e sua Igreja, procura a verdade e pratica a vontade de Deus segundo seu conhecimento dela pode ser salvo. Pode-se supor que tais pessoas teriam desejado explicitamente o Batismo se tivessem tido conhecimento da necessidade dele. 1261 Quanto às crianças mortas sem Batismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito das exéquias por elas. Com efeito, a grande misericórdia de Deus, “que quer que todos os homens se salvem” (1Tm 2,4), e a ternura de Jesus para com as crianças, que o levou a dizer: “Deixai as crianças virem a mim, não as impeçais” (Mc 10,14), nos permitem esperar que haja um caminho de salvação para as crianças mortas sem Batismo. Eis por que é tão premente o apelo da Igreja de não impedir as crianças de virem a Cristo pelo dom do santo Batismo.

O RICA
O Rica é composto de ritos, mas também de orientações. Ele é próprio para o uso da razão. Tem que haver o desejo e a vontade.

Capitulo I: Aplica-se a jovens e adultos.

Capitulo II: É o rito simplificado para batizar um adulto.
Capitulo III: É o rito abreviado em risco de morte.
Capitulo IV: Refere-se a adultos já batizados sem a devida catequese, que é o desafio atual.
Capitulo V: Refere-se às crianças.
Por fim, o rito de admissão na igreja católica para quem vem batizado em outra igreja.

3.A vida ou iniciação cristã é um processo, COM um itinerário QUE são as  etapas a serem seguidas e vencidas.
3.1.O ANUNCIO DA PALAVRA;
3.2.O ACOLHIMENTO DO EVANGELHO COM SINAIS DE CONVERSAO;
3.3.A PROFISSAO DE FÉ;
3.4.A CELEBRAÇAO DO BATISMO;
3.5.A EFUSAO DO ESPIRITO SANTO (SACRAMENTO DA CONFIRMAÇAO);
3.6.A EUCARISTIA.
4.Crianças batizadas e não batizadas. Como proceder?
•A preparação é feita em comum;
•Com trato diferenciado.
•As batizadas já foram introduzidas na igreja e se tornaram filhas de Deus pelo batismo. Pode ser que não tenham recebido o anuncio.
•As não batizadas são inseridas em Cristo na catequese.
•As primeiras são catequizandas; as segundas são catecúmenas.

5.As três etapas.
5.1.Rito de instituição dos Catecúmenos, em grupo menor, no inicio da catequese.
5.2.Crianças já preparadas, ritos penitenciais e a unção dos catecúmenos. A primeira confissão antes da confissão sacramental.
5.3.A celebração do batismo.

6.Os tempos da catequese
6.1.O anuncio de Jesus;
Aos adultos
O anuncio é diferenciado para as crianças, como também para adolescentes e adultos.
O adulto, candidato ao batismo deve ter um introdutor (a) para acompanha-lo (a) e fazer para que aconteça o anuncio da pessoa de Jesus.
Anunciar um Deus único que enviou o Filho que foi Morto, mas que está vivo.
A catequese supõe sempre a fé e a mesma nos vem pelo anúncio.

Aos adolescentes e crianças.
•As crianças e adolescentes são trabalhadas no próprio grupo.
•Elas mais facilmente se abrem para a fé em grupo.
•Manifestam sinais de conversão
•Pedem perdão a Deus.
•Fazem a oração pessoal e depois rezam em comum.
Obs: NUNCA apressar a celebração dos sacramentos.


Perfil do introdutor (a):
•Vida cristã integra;
•Sem preconceito;
•Fé esclarecida;
•Discreto;
•Não ser da família;
•Bom ouvido;
•Anuncia Jesus e não uma devoção;
•Dialogo que não é interrogatório.
•Trata-se de um processo sem tempo marcado.
•Perceber a fé do candidato e em que ela se baseia.
•Quem tem muitas tarefas não pode ser introdutor (a).


6.2.A catequese
A catequese é composta de quatro blocos no Catecismo da Igreja.
•A Fé que é apresentada pelo credo que é o símbolo da fé. É o momento em que se contempla a presença de Deus no mundo.
•A Celebração da Fé através do Domingo, da Palavra, da ação do Espirito, do lugar da celebração. As celebrações da palavra que preparam as missas.
•Uma celebração a cada mês para preparar a turma e leva-la falar com Jesus. No encontro se fala sobre Jesus. Durante o ano organizar celebrações com a família e membros da comunidade para celebrar a entrega do símbolo, como também do Pai Nosso. A presença da família como apoio. A celebração não tem a finalidade de convencer a família. A resposta é dos catecúmenos e ou catequizandas.
•Viver a Fé em Cristo. Os mandamentos. Moral pessoal e social. Temas como justiça, cidadania e respeito ao outro, deveriam ser tratados.
•A oração ligada com a liturgia. As formas de oração e o papel do Espirito Santo na oração.
Obs: O CONTEUDO DEVE SER ORGANIZADO PELO ANO LITURGICO. A VIGILIA PASCAL QUE É A MAIS IMPORTANTE CELEBRAÇAO DEVE SER VIVENCIADA PELOS CATEQUIZANDOS E CATECUMENOS.
•NAS CELEBRAÇÕES E ENCONTROS A BENÇAO É MUITO IMPORTANTE. ELA PREPARA A CELEBRAÇAO DA CRISMA.
6.3.A preparação imediata
•Que não consiste em ensaiar e pensar na roupa, mas intensificar a preparação e revisão da mensagem comunicada.

6.4.Um prolongamento depois da celebração do sacramento.
•Nunca terminar o processo de iniciação com a celebração. Continuar por ao menos dois meses os encontros para aprofundar o mistério celebrado. Ouvir de cada participante como os mesmos estão se sentindo, participando, se comportando após a celebração do sacramento.

7.Nossas colaborações:

•Como reagimos diante destas observações?
•Como e quando deveremos programar estas iniciativas?
•Qual deve ser o nosso ponto de partida?
•Qual o papel da coordenação de catequese nesta tarefa?




peBosco
02 de maio de 2012