25 de julho de 2010

Formando para a Vida Comunitária



Hoje vivemos numa sociedade cada vez mais individualista. Cada pessoa vai se isolando e querendo buscar a paz, só para si, esquecendo-se que os muros e as cercas elétricas deixam mais frágeis e mais expostas suas famílias. Além do mais, a solidão egoísta, e não espiritual, tem levado a situações doentias como a depressão.
Esta mentalidade contemporânea tem levado os nossos grupos a perderem, se é que herdaram o espirito de pertença à sua igreja. A falta de participação na vidas das paroquias tem sido um desafio a ser trabalhado.
A igreja, que tem como programa de vida A CARIDADE, colocada em pratica pela vida fraterna e pela atenção ao outro, vem, através de seus pastores, chamar a atenção para a importância da vida em comunidade, que deve cada vez mais ser motivada e animada por seus pastores.
Assim se expressam os bispos, sobre as Cebs:
Por isso, “Como pastores, atentos à vida da Igreja em nossa sociedade, queremos olhá-las com carinho, estar à sua escuta e tentar descobrir através de sua vida, tão intimamente ligada à história do povo no qual elas estão inseridas, o caminho que se abre diante delas para o futuro”. (CNBB 25,5)
Alimentadas pela Palavra de Deus e pela vivência de comunhão, as CEBs promovem solidariedade e serviço. Reunindo pessoas humildes, as CEBs ajudam a Igreja a estar mais comprometida com a vida e o sofrimento dos pobres, como fez Jesus. Elas manifestam, mais claramente, que “o serviço dos pobres é medida privilegiada, embora não exclusiva, do seguimento de Cristo” (DP 1145). ( 48ª Assembleia Geral da CNBB em Brasília, 4 a 13 de maio de 2010).
Na verdade, a comunidade deve ser o lugar, da convivência, do encontro, da oração e da partilha da vida. A falta de referencias para idosos, jovens e crianças tem gerado uma difícil situação para a convivência humana e cristã.
Para nós, párocos e administradores paroquias, não poderemos, jamais, perder a oportunidade de trabalhar na formação de comunidades, no sentido amplo da palavra, pois é assim que se constitui a igreja e manifesta a sua verdadeira identidade.
Devemos estabelecer um calendário mensal para reunirmos todas as nossas lideranças para a oração, para o estudo, para o planejamento das atividades, festas, comemorações, dizimo, etc.
As nossas lideranças quando não acompanhadas se tornam lideranças para outras igrejas. Muitas já seguiram. Não só por culpa nossa, mas também pela nossa pouca assistência. Muitas vezes a atividade sacramental ocupa o tempo todo e isso não deve acontecer. Devemos oferecer as motivações para a fé e para o seguimento de Jesus. Jesus chama para enviar. A ida, no entanto, é posterior e ao mesmo tempo simultânea à convivência com Ele. “Vinde e Vede; Ide a anunciai”. Por traz destas palavras de Jesus podemos encontrar e apresentar a mensagem fundamental para a nossa vida cristã.



pebosco