23 de maio de 2008

Realidade

Pelo nosso País


É muito difícil e quase impossível saber o que realmente está acontecendo por este nosso País. Os problemas envolvendo dinheiro, desonestidade e brigas políticas são constantes. As punições são tão raras que jamais inibirão a ação dos protegidos pela lei. É bem verdade que as prisões só se enchem de pobres até que se prove o contrário.
O norcotráfico vai tomando conta de tudo e vai corrompendo muita gente. Por isso a dificuldade que existe para que se crie uma CPI. De repente, muita gente pode aparecer envolvida, aliada ao dinheiro fácil produzido pelas drogas.
Estamos acompanhando os desmandos do Congresso Nacional. Quem não sabe da postura arrogante e irônica de ACM ? Agora está ai o problema, exposto ao ridículo. Este é o preço que mais hoje ou mais amanhã pagam os arrogantes.
Os nossos políticos vivem sempre em função de suas vantagens pessoais. Vejamos, agora, as alianças, mudanças de partido, busca de favores, privilégios,etc. No fundo, tudo passa pela manutenção do prestígio onde homens e mulheres conseguem manter a própria arrogância, onde tudo gira em torno do próprio umbigo.
As questões antigas nunca serão resolvidas por quem tem a obrigação de resolvê-las. A velha seca do Nordeste com a falta da água e da comida é uma delas. É muito mais importante que ela exista, pois, através dela, alguém passa por bom com o dinheiro que vem de fora ( verbas federais ), nem sempre bem aplicadas. Estão ai, por exemplo, as denúncias sobre os desmandos da SUDENE onde os recursos foram desviados para outros fins.
As cestas básicas, as frentes de emergência servem simplesmente como batalha de campanha e fonte de discriminação: vai ser beneficiado quem é conivente com quem está administrando. Agora voltam as discussões sobre os saques nas feiras, armazéns, etc. Trata-se, realmente de um assunto polêmico. Uns vão defender a ordem, o patrimônio; outros, no entanto, vão defender o direito de viver que só é possivel se houver o pão que não foi objeto de preocupação antes que chegasse o grave momento da crise.
Na verdade vivemos um clime de muita irresponsabilidade de todos, cada um naquilo que lhe compete. Por exemplo, a famosa discussão sobre os apagões. Inventam-se palavras novas para tratar de situações tão graves e tão sérias. Por que esta questão não foi prevista antes ? Duvido que este racionamento aconteça para os grandes. Os pobres com certeza serão punidos pois em tudo já são. Muito antes de se falar neste problema, saia uma reportagem sobre os gastos de energia elétrica do planalto, algo exorbitante. De modo geral, referindo-se a água e luz todos dizem: “deixa gastar que eu pago.” Essa mentalidade gera um ato de indiferença e cria um agravante muito sério a nível de futuro.
Eis ai a questão e o desafio. Uma mudança será possível quando a cultura mudar e quando houver uma concepção diferente sobre a política e para o político.

Padre Bosco