23 de maio de 2008

Pastoral Carceraria (o que é)

PASTORAL CARCERÁRIA


A Pastoral Carcerária não é um grupo que apareceu por aqui sem orientação e sem rumo, onde cada um segue a sua própria ideologia. Pelo contrario, a Pastoral Carcerária é uma pastoral social, oficialmente ligada a CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

.A Igreja define a Pastoral Carcerária como um grupo chamado a ser a presença de Cristo e da Igreja no mundo dos encarcerados. Como Jesus reagiria e quais posições tomaria frente aos presos? Assim também um agente desta pastoral deverá reagir .

.A presença da Pastoral nos cárceres, não tem apenas uma legitimação religiosa, não se trata de executar uma tarefa por fanatismo. A atuação tem um fundamento e um ordenamento jurídico. A Lei da Execução Penal, entre todos os outros deveres e direitos dos presos, assegura como direito e necessidade, a assistência religiosa. Artigo 5.º, VII da Lei de Execução Penal. (Lei 7.210 de 11/08/84).

Assistir ao preso religiosamente, não significa, necessariamente converte-lo ou até impor uma prática religiosa. Significa ter os sentimentos de Cristo Jesus para realizar uma pastoral da escuta e da solidariedade, já que o preso vive uma experiência permanente de solidão. Por isso, a Pastoral Carcerária, de forma amiga, deve preencher um imenso vazio, possibilitando ao preso uma partilha fraterna, marcada pela absoluta confiança.

0 preso, ao ser visitado, deve fazer a experiência de sentir-se gente. 0 cristão precisa saber destinguir entre o pecado e o pecador. Entre a experiência do pecado está a pessoa que pode, ser ajudada, ser recuperada e ordenar a sua prática de vida. A simples presença do agente de pastoral pode significar esse momento, se o agente não for revestido de preconceitos, a exemplo de Jesus.

Como o seu trabalho é solidariedade, a Pastoral Carcerária não quer tirar ninguém antecipadamente da prisão. Não somos a favor da impunidade. Quem foi condenado de forma justa, tem a obrigação de cumprir a sua pena sob a responsabilidade do Estado. A Pastoral tentará ajudar, para que o apeando assuma a sua prisão e procure rever a sua vida. Se o preso já cumpriu a sua tarefa, a Justiça lhe concederá a liberdade, o que é direito do preso, e obrigação da Justiça. Infelizmente, muitos cumprem além da pena, por descuido do Estado e a morosidade da Justiça.
Pe Bosco