7 de maio de 2020

REPENSAR AS HABILIDADES


07/05/2020
PE BOSCO

Existem muitas pessoas que se sentem inúteis e vivem reclamando da vida e que para nada servem, que não faz sentido algum viver, que já deveriam ter morrido que só dão trabalho, que Deus não as escuta. A ladainha é grande se nos prolongarmos aqui.
Essas pessoas precisam descobrir que não estamos no mundo por acaso e que fomos criados com as capacidades que Deus nos concedeu quando nos fez à sua imagem e semelhança. Pensar que no universo Deus nos colocou como seres capazes de cuidar da obra criada, é algo muito nobre. Isso já seria suficiente para cada pessoa revê a sua posição de pessimista. Visitar a bíblia e meditar o salmo 138 valem à pena. Recordo de um retiro no antigo seminário de Olinda quando o pregador iniciou a retiro meditando com os seminaristas presentes este salmo.
Cada pessoa precisa também fazer sua reflexão sobre a parábola dos talentos no evangelho de Mateus 25, 14 seguintes. Trata-se da conhecida parábola dos talentos. O patrão viaja, chama teres empregados e lhes entrega dinheiro a cada   um deles de acordo com a capacidade e cada um.  Um detalhe importante é de que cada pessoa tem a sua capacidade, pode ser mais ou menos, mas todos nós somos dotados de habilidades.
A questão está posta no reconhecimento de cada pessoa, do seu dom, e, fazer sempre um aprimoramento. Os três da parábola que representam a humanidade toda receberam talentos diferentes, uns mais e outros menos. A questão não está aí, mas na capacidade de desenvolver os dons recebidos. Acontece que alguém tem habilidades fantásticas, no entanto, não é capaz de colocar em prática, a serviço de si próprio e dos outras também os dons recebidos de forma natural.
Na parábola, como forma de incentivo, quem multiplicou o que recebeu, recebe mais. As contrario quem enterrou o talento, perde tudo e passa a ser tratado como preguiçoso. O ganhar aqui não se associa com uma lógica capitalista, mas como incentivo para o crescimento e o serviço para a expansão do Reino de Deus.
Portanto, nunca devemos nos sentir como desgraçados e inúteis. Se assim nos sentirmos, o problema nem é de Deus nem dos outros, mas de cada pessoa que assim se percebe, mas que pode se trabalhar para identificar dentro de si seus talentos. Eles existem, mas talvez estejam enterrados.