18 de maio de 2020

PANDEMIA


18/05/2020
PE BOSCO

 De tudo o que se tem dito como conteúdo sério sobre a pandemia se refere ao chamado  isolamento  social. Nenhuma outra medida é capaz de conter a proliferação do vírus. Está comprovado que quanto mais aglomerações e mais pessoas infectadas. 
Assim estão as grandes cidades porque não obedecem às determinações anunciadas pelas autoridades. Existem pessoas que insistem em permanecerem nas ruas e sem usarem máscara. Entre essas pessoas estão as que agem por ignorar o que está sendo orientado e outras seguem a ideologia do sistema econômico assegurando não se pode deixar de trabalhar e querem impor a exposição de pessoas nas ruas. Os que fazem essa defesa são exatamente os que não trabalham ou aqueles pobres que também precisam trabalhar mas carregam a ideologia do sistema dominante.
O discurso da ocupação vertical não serve e não se sustenta. Hoje toda população independente da faixa etária está em risco. Não existe mais o grupo de risco. Crianças, jovens, meia idade, idosos, tanto se recuperam como morrem. A economia não pode ser preocupação de hoje. Ir trabalhar para salvar a economia é ir para um campo de batalha muito perigoso. Ter a vida ou ter o dinheiro? O que é mais importante?
A igreja, defensora da vida, perita em humanidade, não tem dúvidas. Pode até ter dívidas, mas se manterá totalmente do lado da vida, do correto, do isolamento físico e promovendo as orações e os serviços de caridade. Sem a pandemia muitos de nossos doentes já rezavam ouvindo a rádio e os canais que transmitem a missa diária. Não é uma novidade absoluta, mas uma prática que agora se intensifica nestes tempos de isolamento.
As pessoas contrárias ao isolamento chegaram a sentir na própria pele, que a questão não é para ser levada na falta de seriedade. É lamentável mas pagar com a própria vida não é nada interessante. Isso tem se repetido e não podemos concordar.
Fora os ambientes de grandes festas, o lugar de maior aglomeração em todos os tempos são as nossas igrejas. Quem defende uma cultura de morte, expondo as pessoas em nome da economia deve gritar no deserto. Devemos seguir as corretas orientações e a voz da nossa consciência. No momento oportuno, começaremos a viver na normalidade, mas certamente com os devidos cuidados.
 A Basílica de São Pedro começa a  abrir as portas certamente de forma gradual. Assim chegaremos também, na paciência e sem precipitações. Cada igreja particular com o seu bispo e seus presbíteros saberão o momento oportuno seguindo as orientações sensatas dos que governam os nossos estados.