8 de maio de 2020

ADORAR AO SENHOR




08/05/2020
PE BOSCO


Com as igrejas fechadas, não podemos ter mais as atividades comuns. Tanto as dioceses como os governos estaduais publicaram decretos para que sejam evitados encontros que geram aglomerações. As igrejas são ambientes que reúnem muitas pessoas o que não é permitido no momento. A única saída, no mundo todo, para evitar a rápida proliferação da doença é permanecer em casa.
O que muitas pessoas sentem mais falta é a adoração do santíssimo nas quintas feiras que todas as paróquias conseguem fazer como momento que mais agrega as pessoas. Muitas dentre elas nem participam da missa, mas gostam da adoração. Costumamos recordar que não existe adoração sem a celebração da missa. A adoração é ato segundo. O ato primeiro é participar da ceia.
O que devemos fazer está previsto no diálogo de Jesus com a mulher samaritana no evangelho de João, capítulo quarto.  Esse diálogo aconteceu na beira do poço de Jacó onde a mulher foi buscar água e Jesus lhe pediu que lhe desse de beber.
A questão que mais nos interessa aqui está mais ou menos no meio da conversa, no versículo 23, quando a mulher quer saber onde de deve adorar, se no monte Garizim ou em Jerusalém. O que mais surpreende é que Jesus responde que em nenhum dos lugares. Isso significa que essas adorações não estavam agradando a Deus. Jesus, como judeu, se a religião judaica do seu tempo tivesse afinada com a vontade do pai, teria sido defendida por Jesus.
A resposta de Jesus para a mulher traz uma revolução na forma de celebrar o culto que era inteiramente fechada. Era impossível encontrar a Deus fora do templo. Todos os anos havia a obrigação. Ao completar 12 anos, conforme o costume Jesus seguiu para a festa. Lucas 2, 42.
A grande novidade dessa relação com Deus para a adoração é de que “os verdadeiros adoradores, adorarão ao Pai em espírito e verdade”.  Nesse momento em que não podemos ir à igreja para aquele momento, somos chamados a colocar em prática essas palavras de Jesus. De fato, a adoração a Deus não pode se restringir a um momento passageiro, que pode até ser superficial. A adoração deve ser duradoura, sempre, em espírito e verdade, na sinceridade e na compreensão de que devemos estar sempre na presença de Deus. O fato é que limitamos a um momento restrito, curto, para se conceber diante de Deus, e, depois dali, vamos quer coisa que nos distancia daquele que deve ser adorado.
VINDE E ADOREMOS EM ESPIRITO E VERDADE.