23 de abril de 2020

TEMPOS DE PANDEMIA

TEMPOS DE PANDEMIA
06/04/2020
PE BOSCO


Diante da situação de pandemia, devemos ter muito cuidados com o que ouvimos e lemos como também, com o que compartilhamos, uma vez, em situações anormais para a vida da humanidade, surgem pessoas que se sentem empoderadas e até iluminadas ou inspiradas para ate justificarem o que acontece e para colocarem Deus  em relação com tais situações nem sempre usando do  bom senso.
Ouvir mais para compreender melhor e compartilhar menos notícias. Em situações complexas como a que estamos vivendo, bom ter todas as cautelas, em todos os aspectos.
Não podemos tomar qualquer palavra ou orientação como caminho para seguirmos. É perceber qual é o consenso que existe, sobretudo na OMS e na orientação e determinação dos estados que gerenciam a política de saúde.
Hoje é consenso internacional que o isolamento social é a medida fundamental. Não sair para estar em aglomerações: nelas se pode contrair o vírus que pode estar presente em situações assintomáticas, isto é, ele pode estar presente de forma invisível  numa pessoa que não sofrerá ou não terá graves conseqüências, mas, uma vez transmitido para outras elas poderão ter graves conseqüências. Essa é a lógica a ser assimilada. Tem sido apresentada a situações das pessoas com baixa imunidade, em qualquer idade, como mais possibilidades de gravidade na doença.
Quem não tem conhecimento técnico e científico da situação não deveria ficar dizendo o que acha, pois em nada contribui. O que devemos fazer é seguir à risca o que dizem as autoridades da área de saúde.
A situação é de tamanha gravidade que o isolamento está sendo um caso de polícia para quem desobedece e promove possibilidades de aglomeração. Trata-se, portanto, de preservação da vida enquanto é tempo. Tem sido muito citado o comportamento dos italianos que não se cuidaram antes da expansão da doença. Já imaginaram o que significa 900 pessoas que morrem em dias seguidos. É algo a ser realmente encarado como numa guerra que quem não se protege não terá como sobreviver. No momento sem nenhum remédio que possa curar em qualquer lugar do mundo independente da riqueza que o país possa ter. “Fica em casa” é a palavra mais citada em todo o mundo como medida de proteção, por isso, é o que deve ser feito e aguardar na esperança e viver relações de bondade na própria família.
Faz-se necessária a desobediência a qualquer medida que possa incentivar a saída do isolamento. Sair é antecipar um genocídio sem precedentes pela falta de estrutura no nosso sistema de saúde. Como diz o nosso povo, “é melhor prevenir do que remediar”, neste caso, não teremos como remediar. 


Cada pessoa, nesse momento, é convidada a usar da sua consciência, pensar em si e pensar também na situação dos outros. Quanto mais pessoas sadias, menos pessoas estarão protegidas da doença. Precisamos virar a página com paciência, foco e muita fé.