23 de abril de 2020

DOMINGO DE PASCOA


DOMINGO DE PÁSCOA
12/04/2020
PE BOSCO


Hoje é Domingo de Páscoa. A festa dos cristãos. A vida que venceu a morte. Hoje seria dia de comemorar e confraternizar com as comunidades e grupos cristãos. O que mais extraordinário celebramos. Não me canso de recordar que a história da humanidade tem dois momentos antes e depois de Cristo.
Hoje a festa precisa ser restrita aos que estão em quarentena. Foi divulgada recentemente a história de uma família que se confraternizou e três irmãos ali presentes faleceram logo depois vítimas do coronavírus.
Apesar das recomendações serem tão claras, sobre a importância de ficar em casa, existem pessoas que se acham superprotegidas e desobedecem. É impressionante! Ser necessária a força policial para que as pessoas entendam o que precisam se proteger.
Está consensuado no mundo inteiro que hoje, pela falta de remédio e vacina eficazes, a única solução para conter a propagação do vírus é evitar o convívio fora de casa, isto é, não fazer aglomerações. Quando as pessoas são atacadas pelo vírus, não podem sobreviver por causa da rapidez da doença e da falta de estrutura na rede hospitalar.
Imaginar que os países ricos não estão dando conta de demandas, o que pensar dos países pobres? Se os pobres já estavam morrendo nas filas dos hospitais por doenças sem a gravidade da corona?
Neste momento em que celebramos a festa da vida, temos que ser coerentes para fazer a defesa da mesma. Nada justifica ir para a rua, a não em situações de reais necessidades. Nenhuma autoridade civil ou religiosa pode nos impor essa condição.
Está comprovado que quanto mais as pessoas se mantiverem em isolamento, menos chance existirá para que o vírus se propague. Cada pessoa tem que fazer a sua parte. Não é seguro pensar que, por não se ter casos confirmados em determinada cidade ou região, se estará livre de possibilidades de contágio.
Temos que vê os exemplos espalhados. São Paulo, uma das maiores populações entre os estados do Brasil é exatamente onde o vírus tem se manifestado mais por causa mas aglomerações não respeitadas. Vale salientar que a tentação de deixar a quarentena pode ser fatal para o Brasil, sem estrutura para a saúde. Imaginemos o sofrimento da Itália, França, Espanha, Estados Unidos. Os médicos escolhem que vai ser cuidado e quem vai ser deixado para morrer.  É uma calamidade publica que estamos enfrentando.
Pensar que os jovens e os sem sintomas possam sair e deixar as pessoas de risco em casa, não faz diferença alguma. Poderão morrer os que vão para as aglomerações como os que permanecem em casa. A situação é tão grave que os profissionais da saúde apesar dos cuidados dispensados estão sendo vítimas da doença.
Não podemos deixar de fazer uma seria e rigorosa opção pela vida de todos. Este o sentido da páscoa que precisamos celebrar neste ano. Estar em comunhão com Cristo glorioso é cuidar da própria vida cuidando também da vida de todas as pessoas.

                                        Feliz Páscoa, Jesus está vivo.