26 de abril de 2020

CRISTO

O EVANGELHO E SEUS TESOUROS

26/04/2020
PE BOSCO




A VIDEIRA

No capítulo 15 de São João Jesus conta a parábola da videira e dos ramos. A imagem é tirada do campo. Fantástica. A videira é o Filho, o Pai é o agricultor e o povo de Deus compõe a videira sendo realmente os ramos.
A beleza da planta está nos ramos e, mais que a beleza, os frutos, em muitas delas, surgem nos ramos. É verdade, porém, que a videira depende daquele que cuida. Sem o cuidado, a colheita pode se perder.
Nesta imagem está contido o que a igreja precisa ser na sua existência e na missão. É a mesma imagem do corpo conforme a carta  de 1 coríntios 12.
Quando se escreve um texto, se tem a preocupação de não repetir as palavras. Jesus ao contrário, através do evangelho de João faz questão de repetir por vezes é o verbo permanecer. Condição para dar fruto é permanecer ou estar unido ao próprio Cristo. Quem não dá fruto o Pai o corta. A nossa condição é produzir frutos como a videira. Quem dá fruto o Pai o poda para que produza mais fruto ainda.
Não poderíamos ter uma imagem mais significativa do que está para bem compreender como deve ser a nossa união com Cristo, como algo inseparável em nenhum momento. O pecado nos separa e para o nosso retorno temos a reconciliação. Não permanecer significa secar e ser lançado fora, versículo 6.  Unidos a ele podemos pedir o que desejamos e será atendido, versículo 7.
Entre todas essas pérolas, uma de grande valor para a vida pessoal, familiar e pastoral é de que sem ele nada poderemos fazer, versículo 5. De fato, como igreja, quantas vezes cada pastoral quer fazer tudo sozinha, sem a igreja, sem as outras pastorais, perdendo, assim, a dimensão de corpo e de videira, e, mais graves, ainda, sem perfeita comunhão com Ele. Consideremos que cada serviço eclesial seja um galho dessa grande videira que jamais produzirá vida sem a comunhão com a própria videira.
A consciência de ser ramos muda totalmente a visão que podemos ter sobre os outros e sobre o nosso agir pastoral.