6 de maio de 2012



 
Passado para muitas pessoas o feriadão, agora estamos no tempo da pascoa que tem a duração de 50 dias. Neste período, a presença do senhor Ressuscitado é muito intensa e forte. Como dizia Dom Helder Câmara, depois que Jesus ressuscitou ninguém pode viver sem esperança. A vida, por mais difícil que se nos apresente, devemos confiar em dias melhores e que o diferencial é possível.
No sistema penitenciário brasileiro não podemos perder a confiança mas a realidade é das mais perversas. Em relação ao estado brasileiro, vive-se um total descaso com a situação. Enquanto o déficit de vagas é alarmante, existem países que alugam as prisões para outras pelo fato de não ter pessoas detidas.
Temos nos esquecido que há mais de meio milhão de pessoas reclusas que não recuperadas retornam para o seio da sociedade. É consenso de que o Brasil prende muito e prende em péssimas condições.
A prisão que tem por finalidade fazer a pessoa rever a sua culpa a torna muito mais criminosa e revoltada pelo sofrimento que o próprio estado lhe causa.
Quando será que teremos melhores prisões, sobretudo no Brasil. Quando o sistema de justiça foi coerente e mais ágil. Uma grande novidade da situação prisional brasileira é a superlotação das unidade com quase metade populacional composta da metade de presos provisórios sem condenação e sem absolvição. Além de gravidade da injustiça que é cometida com os provisórios mais ainda com os já condenados sem os direitos atendidos.
A pastoral carcerária de São Paulo divulgou de uma melhor que ficou 8 meses detida e foi posta em liberdade atreves de um habeas corpus. Causa da prisão é que ela tentou roubar de um supermercado alguns objetos para criança na linha de mamadeiras e outros produtos que impostaria em 70,00. O fato não aconteceu pois a mesma foi identificada pelo segurança. Mesmo assim teve que ficar na prisão por quase um ano.
As situações de injustiça pelo Brasil a fora são inúmeros e a injustiça é galopante. Os pobres, sem duvida, são as vitimas da situação.
Somos um País em desenvolvimento mas em total atraso no tratamento com os excluídos, sobretudo aqueles que estão na pratica do crime.
No sistema penal temos um grave desrespeito à dignidade da pessoa humana. O Brasil está sempre chamado a atenção por este desrespeito praticado em larga escala.
A postura da sociedade civil organizada, dos grupos religiosos, das pastorais e movimentos é fazer um trabalho de conscientização justo aos agentes do estado para que não usem da violência, pois eles também se tornarão vitimas da violência. Além disso, a função da sociedade é fazer um trabalho de monitoramento da situação para que tenhamos uma sociedade melhor, com menos prisões, mais escola, mais saúde, mais educação, mais dignidade e mais vida para todos. Que ao menos as pessoas reclusas sejam tratadas como pessoas dignas do respeito e do direito de seres humanos.
Que a justiça seja justo não só para alguns mas para todos. Assim, a pascoa seja a nossa esperança de transformação e nossa força para dias melhores.