10 de fevereiro de 2010

PROCISSAO

PROCISSÃO DO ENCONTRO

 

Estamos celebrando hoje o encontro de Jesus com sua mãe em um contexto de muito sofrimento: da mãe por ver o seu Filho em situação deplorável sem nada poder fazer; do Filho que percebe a aflição de sua mãe sem que Ele tenha condições de amenizar o seu sofrimento.
Apesar do sofrimento podemos perceber a firmeza, a fé e a confiança. Maria vai até ao pé da cruz para acompanhar todo o sofrimento do Filho. O Filho, por sua vez, certamente encorajado pela presença da mãe continua firme até o fim para ser crucificado.

 
O que podemos aprender como lição?
Muitas vezes evitamos os encontros só por mero capricho, algo que não nos custaria nenhum sacrifício: uma festa, uma confraternização, encontros de formação, só pelo fato de não irmos com esta ou aquela pessoa. Devemos refazer os nossos conceitos, os nossos julgamentos para evitarmos os nossos desencontros que são muitos, enquanto Jesus e sua mãe estão encontrados diante de uma situação totalmente desencontrada e desconcertante.
Se alimentarmos os nossos desencontros nada chegará a ser realizado em favor dos outros.
Os desencontros entre esposos e esposas, pais e filhos, vizinhos, familiares próximos ou distantes, professores e alunos, patrões e empregados, ricos e pobres, médicos e pacientes, atendentes e atendidos, entre outros, só trará males que destruirão a vida da família.
Em todos os momentos, temos que buscar o encontro como alternativa para a promoção da paz e da vida e da dignidade. A presença de Maria na vida de Jesus e a presença de Jesus na vida de Maria, mesmo sem alternativas viáveis amenizou o sofrimento de ambos.
Todo desencontro gera malefícios e causa destruição. O encontro salva, evita atropelos e protege a vida. Ir ao encontro é uma atitude evangélica recomendada por Jesus quando o irmão peca, como também antes de fazer a oferta às vezes é necessário primeiro fazer com o irmão ou irmã um encontro reconciliador.
Aprendamos irmãos e irmãs, a evitar as distancias criar atalhos, construir pontes para que possamos nos aproximar, nos encontrar. Somos a comunidade dos batizados pela qual Jesus deu a sua vida, comunidade que deverá ser congregada sempre para a comunhão fraterna.
A coragem e o exemplo de Jesus e de Maria nos inspirem e nos conduzam no caminho da proximidade, amem.

 
Pe Bosco