23 de setembro de 2012

Eleiçoes


Tempo de Eleições


Não temos dúvidas sobre a necessidade e o papel da democracia no Brasil e no mundo. Temos que avançar muito nas conquistas dos direitos e no compromisso com os deveres. Para isso necessitamos da participação de toda sociedade na politica, não só partidária, mas em vista da politica do bem comum.

O que não podemos concordar nos tempos eleitoreiros é que a vida fique estagnada em vista do período eleitoral. Há um tempo longo destinado para a campanha eleitoral que é desnecessário. As pessoas que se apresentam como candidatas são quase sempre as mesmas que procuram se perpetuar no poder como se estivéssemos fora dos rumos democráticos. As pessoas que procuram entrar são também conhecidas ate porque a politica parece ser uma atividade hereditária. Assim temos um tempo longo desnecessário. O povo não precisa fazer discernimento sobre os candidatos a serem escolhidos, até porque não existem propostas exequíveis como também falta um plano serio que permaneça independentemente  de quem  governa.

É lamentável, mas muitos candidatos são semianalfabetos. Não conseguem sequer expressar o que realmente pensam, como vão executar uma plataforma politico administrativa?

Dá para rir bastante acompanhar um guia eleitoral começando pelos nomes dos candidatos. Lembro-me de uma propaganda cujo candidato tinha MELECA como nome. Nada contra aos nomes que mais os identificam, mas nós nos identificamos em primeiro lugar com o nome oficial que temos: ele é a nossa identidade. As promessas jamais deveriam ser feitas, pois prometem o que jamais podem cumprir até porque muitas delas estão fora de suas competências.

É lamentável! É claro que em muitos lugares existe uma paixão pela politica; nesses lugares, muitas vezes é a única festa que mobiliza a cidade e envolve as pessoas. É verdade também que se o voto não fosse obrigatório muitas pessoas não votariam, mesmo se tratando de um exercício democrático os nossos políticos não merecem a nossa confiança, são sem vergonha, não diz para que vieram, não prestam serviço, não estão a serviço do povo. Passam três anos falando mal do antecessor, que nada podem fazer por causa dele. No ultimo ano tentam fazer qualquer coisa tentando a reeleição.

As ações que são lembradas nos municípios são exatamente aquelas que não fizeram. Nas prefeituras os serviços que são postos em destaque são provenientes de verbas federais. Até as festas de padroeiros os gestores aproveitam a oportunidade para fazer desvio de verbas federais.

Comprar o voto, como também vendê-lo é crime eleitoral, mas como ninguém fiscaliza miguem tudo isso continua acontecendo. Há um ditado popular sempre válido “que eleição se ganha na véspera” comprando os eleitores. Troca-se o voto por qualquer coisa material.

Não podemos nos esquecer de que eleição não é brincadeira. Naquele momento do voto a população está escolhendo alguém para administrar a vida publica da cidade por quatro anos. Costuma-se também dizer que o povo tem o governo que merece, exatamente pela escolha que faz. Depois não adianta se lamentar e se fazer de vitima, mas cobrar pra valer, pois quem se elege com a maioria dos votos se torna o governo de toda população. Portanto, é necessário olhar entre todos os candidatos, quem apresenta e reúne as melhores condições para administrar a cidade como é o caso destas eleições.

Ninguém vota pela amizade ou pelos favores recebidos, mas pela competência que a pessoa demostra ter para governar com, seriedade e justiça os destinos de um município.

JOÃO BOSCO FRANCISCO DA NASCIMENTO

COORDENADOR ESTADUAL DA PCR

PRESIDENTE DO CEDH PB