8 de setembro de 2011

PB 1

Recentemente setores da imprensa local trataram da situação do PB I e PB II presidio localizado em nossa capital como sendo a mais grave de todas as crises já existentes no sistema penitenciário.
Vamos compreender um pouco a situação.
Dia 02 de agosto, conforme denuncia também divulgada na imprensa através de familiares e conforme relato da pastoral carcerária católica, a polícia militar lá se fez presente para uma operação de segurança, chamada erroneamente de pente fino, e abusou da autoridade. Segundo as informações que devem ser investigadas, muitos presos foram torturados. Trata-se, sem duvida alguma, da covardia de quem comanda a PM na operação e também de agentes, quando os mesmos estão envolvidos.
Depois desse fato, a direção da casa começou a cumprir uma resolução sobre a entrada de alimentos no presidio. Uma resolução não recente, mas que nunca fomos de acordo com ela por ser iníqua. Parece ter sido inspirada no legalismo do tempo dos fariseus. Ela impede que familiares levem um pouco mais de comida, já pronta, para quem está na prisão e que lá divide com quem não recebe visitas. Qual é o mal? Em que isso está ferindo ou desrespeitando o estado?
Sobretudo por isso e outros comportamentos implantados pela direção, sem fundamento relevante, mas que interfere na vida de quente está recluso, veio à tona uma greve de fome que se prolongou por quase quatro dias. Dai toda uma polemica na imprensa. Como se sabe, a imprensa sobrevive de notícias bombásticas para dar ibope.
Uma inverdade publicada pela imprensa é que os presos queriam comer pizza e o que existe de melhor. Não se pode ser injusto e ocultar a verdade. Na verdade, não pretendiam nada mais além do que um pouco de comida no dia da visita.

A pastoral carcerária católica se fez presente ao local e por cerca de seis horas lá permaneceu passando de cela em cela e dialogando com os presos para ouvi-los em seus anseios e convencendo-os de que os mesmos voltassem a se alimentar. Na realidade ao serem ouvidos com calma eles voltaram a receber a alimentação. No dialogo, já havia uma convicção de que aquela resolução precisaria ser flexibilizada já que nada de grave havia no pleito.
No dia seguinte, o Conselho de Administração Penitenciaria, presidido pelo Secretário Harrison Targino assim procedeu e a unidade voltou a funcionar com tranquilidade.
É interessante perceber que a liberdade de expressão é um direito e uma vitória dos tempos em que vivemos. Ainda não temos uma democracia estabelecida, mas já temos um amplo direito de expressar os nossos sentimentos. O que temos porem que evitar é dizer o que não sabemos e emitir opinião sobre o que não sabemos. Essa pratica se torna deselegante e muitas vezes nos expõe ao ridículo.
Muitas pessoas que estão por ai dando opinião sobre o sistema penal precisa se informar melhor ter clareza sobre as declarações que andam fazendo. Dizer por exemplo, que o presidio é um hotel cinco estrelas. Peça uma autorização ao juiz e ao estado e vá passar uns dias. Basta uma semana e você verá mais que cinco estrelas.