20 de novembro de 2010

Introdução sobre a realidade social, Eclesial, Comunitária e Missionária.

Introdução sobre a realidade social, Eclesial, Comunitária e Missionária.


Nossa realidade

1. Vivemos uma realidade de profunda fragmentação social, familiar e eclesial. Há uma grande crise sobre o sentido da vida. A solidão, a falta de apoio e oportunidade e de acolhida, tem levado muitas pessoas para o suicídio e o mundo das drogas, em todas as camadas da sociedade.



2. Temos uma grande crise. Temos falta de referencias, de carismas, de profetismo, de ânimo, clareza etc. Vivemos o tempo das perguntas e dos questionamentos. Vamos buscando as respostas.

3. A globalização tem aproximado os povos como nunca, mas continua mantendo o interesse de cada pessoa. O individualismo tem sido um grande caminho para a vida egoísta em toda sociedade, nas instituições, família, por exemplo. A família que é o lugar e a escola para a vida social e comunitária não se reúne mais para nada. Nem para a refeição, assistir um filme educativo. Cada um assiste no seu quarto. Não existem mais deveres coletivos a serem cultivados e assumidos.

4. A fé quando existe, tem sido também egoísta e descompromissada, desligada da comunidade. A fé é pessoal, mas manifestada e vivida em comum. Só vou onde eu gosto. A subjetividade não pode está acima da realidade e da fé que é essencialmente comunitária. Temos que oferecer o melhor, mas é impossível atender ao gosto de cada pessoa.



5. A diversidade muito necessária na igreja tem se tornado tão diversa e dispersa que estamos perdendo o principio da unidade e da pertença a uma só igreja. O ser cristão não identifica mais as pessoas. A vocação cristã não aparece por primeiro. Temos pessoas tarefeiras que só aparecem naquele momento.

6. Os espaços de comunhão como lembra o DA já são quase que desconhecidos ou não levados em conta. Ex. as paróquias, as comunidades e grupos, as dioceses. Não vamos falar de culpa, mas devemos nos perguntar o porquê dessas realidades.



7. A falta de consciência sobre a vida cristã é o que tem levado cristãos batizados a estarem em qualquer igreja como se tudo fosse a mesma igreja, ate mesmo as pessoas que mais contamos no cumprimento de tarefas como casais e outros. Tudo fala sobre Deus. Tudo é religião. O batismo é feito sem anuncio e sem catequese. O batismo ainda é feito por causa da tradição. Fazer discípulo, batizar e ensinar a cumprir, isto é, viver, seguir.



Nosso Agir



1. Aprofundar o nosso batismo. O que significa ser batizado e ser cristão católico? Quais as implicações? Pergunta que deveria ser feita muitas vezes, na busca da resposta. O batismo não é um assunto de nossa pauta.

2. Por natureza, Somos uma comunidade de pessoas batizadas: formamos um só corpo. Mesmo estando em serviços diferentes, pertencemos a uma única igreja. Devemos expressar pela cor responsabilidade que somos membros de um único corpo, uma só comunidade.

3. A respeito das comunidades: Uns afirmam que existem e outros que não. Já passaram. Alguns vivem do saudosismo. Devemos chegar a um consenso. No sentido amplo a expressão COMUNIDADE, é adotada pela sociedade civil e pelos órgãos governamentais. Refere-se a uma cidade, um povoado, um território: fale-se de comunidade ribeirinha, comunidade internacional, comunidade afro, indígena, etc.

4. O DA fala claramente de CEBS, naturalmente no contexto de igreja que vivemos hoje: Queremos decididamente reafirmar e dar novo impulso à vida e missão profética e santificadora das Cebs. VER LIVRINHO.

5. A comunidade como Aquele espaço que agrega pessoas com a finalidade de rezar, celebrar, partilhar a própria vida e que tem a palavra como centro irradiador da vida comunitária. Isso é uma realidade inegável. O DA tem um conceito mais amplo de comunidade quando fala das novas comunidades. Pessoas que se encontram sempre, nas casas, nas ruas, nos retiros, nos setores, nos edifícios, nas escolas, etc, preocupadas com a vida e com a sua relação com Deus.

6. Cada paróquia é uma comunidade, pelo fato de ser lugar de celebração da vida sacramental, lugar do anuncio e da vivencia da palavra, lugar da pratica da caridade e da comunhão. A comunidade nunca acaba. Ela é uma realidade permanente. A igreja existe como assembléia, como comunidade convocada, reunida e enviada. Quando Jesus chamou os 12 ali ele constituiu o novo povo de Deus. O chamado tinha duas finalidades: Formar a comunidade e ser enviada em missão. Paulo, toda a sua vida consistiu em formar comunidades. Hoje é impossível atingir e agrupar pessoas se não organizamos cada vez mais esses espaços de vida comunitária.

7. Quando a igreja confia ao padre, ao diácono uma paróquia, quem assume a tarefa já sabe que vai lidar e coordenar uma comunidade, uma rede, com todos os grupos, comunidades, pastorais e movimentos. Sem o ministério da coordenação fica difícil desempenhar aquela função. Tudo o que existe vai ter o padre ou o diácono ou outra pessoa responsável como referência; as pessoas vão buscar nele orientações e respostas. Por isso o DA valoriza a paróquia como um espaço de vida comunitária e de missão. Vejam uma festa de padroeiro (a). Normalmente é um momento de integração, de comunhão é de participação de toda comunidade. Investir nesses momentos faz crescer a comunidade como um todo. Portanto, todo trabalho paroquial passa necessariamente por esta dimensão.

8. O DA diz que a paróquia deve ser uma rede de comunidades, com a presença e a participação de grupos, pastorais e movimentos. É o que já existe em cada paróquia, mas que deve ser muito mais valorizado, organizado e acompanhado. Quando as pessoas vão se integrando, participando das decisões e da execução, vão se sentindo felizes e úteis.

9. Nossa missão e nosso desafio é Trabalhar a importância da comunidade e da pertença àquele grupo, àquele setor, àquela comunidade, articuladas com a vida paroquial. Não dá pra ser cristão católico enxergando o próprio grupo ou só a paróquia e mais nada. Estamos numa região pastoral e numa diocese. Essa pratica é eminentemente protestante. Nenhum protestante que saber de outras pessoas que estejam fora de seu espaço, a não ser para fazer proselitismo.

10. Por fim, A comunidade paroquial não é uma prioridade a mais. Ela é a prioridade, a forma concreta do ser igreja, por ser o lugar da acolhida, da escuta, da organização e da vivencia das prioridades diocesanas destinadas a todas as paróquias, grupos, pastorais e movimentos.

Pebosco.

10/12/2010