10 de outubro de 2015

NASCITURO

Dia do nascituro.

“Nascituro é aquele que irá nascer, que foi gerado e não nasceu ainda.
É considerado sinônimo de feto e existe uma grande controvérsia se, mesmo tendo vida, um feto pode ser considerado um ser humano e quais direitos que este ser possui.
Em outras palavras, nascituro é o ser já concebido e que está pronto para nascer, mas que ainda está no ventre materno.
Etimologicamente, este termo se originou a partir do latim nascitūrus, que significa "que deve nascer". http://www.significados.com.br/nascituro/
Na assembleia da CNBB em 2005, os bispos deliberaram que na primeira semana de outubro a igreja celebre a semana da vida culminando com o dia 8 para celebrar o dia do nascituro. A escolha se deu também por estar na semana de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
A proposta parece ter ficado esquecido em meio a tantas atividades presentes na vida da igreja, no entanto, a pastoral familiar como também os casais, não poderiam deixar de lado essa proposta.
O dia do Nascituro, é uma referência a todas as crianças que estão para nascer e, muitas vezes, por razões diversas, podem ser candidatas ao aborto, desde motivos fúteis aos mais sérios. Se nós hoje adultos, que já fomos nascituros, não tivéssemos nascidos, hoje estaríamos fora dessa história que estamos vivendo.
Vivenciar a semana da vida é oportunidade para pensar a realidade de nossas famílias, de nossas crianças e de como elas estão sendo atendidas e alimentadas; vivenciar uma semana da vida é repensar toda a missão da igreja na continuidade da missão de Jesus, o Bom Pastor que dá a sua vida pelas suas ovelhas.
Celebrar o dia do nascituro é relembrar que cada pessoa é criada por Deus e tem o direito de nascer. Não se pode alimentar aquela ideia que o feto ainda não é uma vida. Quando o feto está morto tem que ser retirado imediatamente. Se está vida, é claro que se trata de uma vida totalmente separada da vida de sua mãe. Trata-se de um outro corpo no corpo da mãe e, portanto, ela nem ninguém pode decidir sobre o direito ou não do outro nascer. É claro que cada caso é um caso que requer discernimento mas cabe sempre a mãe fazer a sua tomada de decisão.
 Foi amplamente divulgada a história de Santa Gianna Beretta Molla, com uma criança para nascer que colocava em risco a sua vida. Gianna tinha plena consciência da situação. Uma das opções era fazer o aborto para salvar a própria vida e sacrificar a filha. Outra uma cirurgia na tentativa de salvar a criança. Ela era uma medica cristã e não teve dúvidas para oferecer a sua vida.
 “Antes de ser operada, embora sabendo do risco de prosseguir com a gravidez, suplica ao cirurgião: “salvem a criança, pois tem o direito de viver e ser feliz”.
Submeteu-se a cirurgia, era o dia 06 de setembro de 1961, totalmente entregue a providência divina e a oração. Com o feliz sucesso da cirurgia, louva e agradece a Deus pela preservação da vida da criança.
Alguns dias antes do parto, sempre com grande confiança na providência Divina, demonstra-se pronta a sacrificar sua vida para salvar a do filho: “Se deveis decidir entre mim e a criança, nenhuma dúvida: escolhei-a, e isto eu exijo – A criança, salvai-a”.
http://marcioreiser.blogspot.com.br/2008/08/santa-gianna-beretta-molla.html
A igreja reconheceu esse gesto como um testemunho de uma mártir e a elevou à honra dos altares. Ela como Jesus foi capaz de dar a vida totalmente pela sua criança que assistiu à sua canonização. Nascimento: 14 de outubro de 1922, Magenta, Itália.
Falecimento: 28 de abril de 1962, Magenta, Itália; canonização no dia 16 de maio de 2004.
A vida cristã consiste em doar a própria vida.
pebosco@gmail.com