1 de julho de 2012

Esperar contra toda esperança.

O povo brasileiro tem sido tentado a viver sem esperança. As nossas conjunturas são culpadas por isso. As nossas instituições, pelo comportamento adotado, tem trazido muitas decepções para a nação brasileira. Isso é um fato real e inegável.
No mundo da atividade politico partidária, a situação é lamentável. Em cada eleição renova-se a esperança de que novas administrações possam fazer a diferença, mas as decepções são constantes. Parece valer o principio de que todo politico calça quarenta. Ou como se tem divulgado: os mesmos são como fraldas. Devem ser trocados pelos mesmos motivos.
É lamentável que existam estas leituras e esta realidade, considerando a importância da politica para o exercício democrático da população brasileira. O grande problema é a falta de seriedade e de valores éticos e morais perdidos em nossa sociedade. Quando estão postas as possíveis provas que podem incriminar um de nossos políticos e ele ainda diz que vai provar a inocência (que não existe), é de se lamentar realmente. O que é ainda mais grave é que mesmo condenadas estas pessoas retornam para a atividade politica para alimentar os mesmos esquemas de desonestidade e de corrupção. O povo brasileiro ou não tem memória, ou é misericordioso ou vota sem responsabilidade. Escolher alguém que se tem clareza do mal que vai fazer como desonesto e perseguidor, é entregar-se ao sofrimento.
Não podemos seguir o caminho da ingenuidade, mas também não podemos perder a esperança. Tudo o que se propaga como mazela da sociedade e da vida politica não representa toda a sociedade e não significa que toda sociedade esteja agindo desta maneira. Felizmente temos inúmeras pessoas anônimas que lutam pelo bem e fazem tudo para que o bem aconteça.
No meio de uma grande crise missionaria, onde as pessoas começaram a dizer que suas palavras eram duras, o mestre Jesus anunciou as parábolas do reino, comparando-o com a semente, não plantada como hoje, mas espalhada no solo. Jesus nos faz perceber que a semente segue o seu ritmo. Ela vai germinar surgir as folhas, os frutos e chegar ao tempo da colheita. É um processo que não depende de alguém. É um caminho natural. O destino final está traçado.
Ainda está colocado o exemplo da semente de mostarda que é a menor de todas e se torna uma grande arvore que abriga os pássaros.
A lição que fica destas mensagens é que não podemos jamais desistir. A semente deve ser permanentemente semeada. Ela existe além de servir de alimento para ser jogada ao solo para que se possa reproduzir.
Nossa tarefa primordial é semear. O que vai acontecer e quem vai colher não deve ser a nossa preocupação. Alguém está semeando a erva daninha, vamos fazer o contraponto, fazendo a diferença ao semear a semente do reino.
Assim o reino vai acontecendo no mesmo processo da semente que misteriosamente se desenvolve no campo. Podemos ter a certeza de que não semeamos em vão. Colheremos os bons frutos daquilo que de bom plantamos. Só colhe tempestades quem planta ventos. Nada mais verdadeiro, pois toda ação conduz consigo as devidas consequências.