29 de abril de 2014

SAUDE

O fato foi publicado nos meios de comunicação. Um médico do programa mais médicos foi denunciado. Qual o crime? Um atendimento de emergência onde o responsável para aquele serviço não estava presente ou não havia chegado.
Realmente é muito difícil de se compreender. Normalmente se vê casos de omissão, isto é, onde não se presta o socorro. Como entender que diante de alguma situação de doença, um médico não poder atender? Como é possível que alguém sofra punição por fazer o bem, socorrer uma vida?
Essa situação faz lembrar o grande conflito que aparece nos evangelhos entre Jesus e os fariseus e escribas. Para eles o absoluto era o cumprimento da Lei do sábado em detrimento da vida do ser humano. A pessoa humana podia morrer sem o socorro para salvaguardar o dia de sábado. Por incrível que pareça, é esta mesma situação que se repete: a lei passa a ser mais importante do que a saúde e a vida das pessoas. A lei nesse aspecto é realmente a desgraça da nossa vida quando a lei deveria existir para ser sempre a favor da vida.  Por isso que Jesus no seu tempo coloca a vida acima da lei e recomenda o seu descumprimento quando ela existe para prejudicar e destruir a vida do ser humano.
Também está na mídia a cada momento a violência que cresce de forma assustadora. Um rapaz foi amarrado a um poste, um negro, um adolescente. O SBT Brasil fez a apologia ao crime. Tratou o adolescente da forma mais desrespeitosa e depreciativa possível. Fez o seu julgamento, o tratou como marginal, Fez um ataque aos Movimentos de Direitos Humanos em nome da Democracia e da liberdade de expressão. Quanta hipocrisia!!! Que vergonha!!!  A Mídia prestando um desserviço à sociedade, ao Brasil e aos pobres e negros desse país. Ainda dizem que todos somos iguais e que não há discriminação e racismo no Brasil.
A realidade de dois mundos é alimentada a cada momento e em todas as situações em nossas relações. Quem tem nome, título, influencia, prestigio, tem um tipo de tratamento e de atendimento. Quem não tem passa por outro tratamento.  Quando não sou identificado como padre me dão um tratamento; na hora que me identificam muda o tratamento na mesma hora.
Quando se prende uma pessoa que tem nome, o seu nome não é anunciado. Se tem a notícia mas não se sabe de quem se trata. Algumas vezes o nome é revelado depois. Um pobre e negro, na hora em que é preso, não só o nome é anunciado mas a imagem é posta no ar de imediato e a pessoa é obrigada a expor o seu rosto.
Esses dois fatos carregam consigo o total desrespeito para com o ser humano doente e que vive na delinquência e marginalização, duas situações que o ser humano não escolhe. A doença chega e a marginalização é imposta pela nossa sociedade que segrega o ser humano impondo-lhe uma condição de marginalização.
Setores da imprensa a serviço dos que dominam e eliminam os outros, em nome da liberdade de expressão querem tiram a liberdade e até o direito de viver dos mais fracos e abatidos.
pebosco@yahoo.com.br