12 de fevereiro de 2012

Segurança Publica.






É verdade que vivemos uma grande crise em nossas instituições. O problema é que muitas delas não se abrem para as mudanças de época que acontecem com muita rapidez. As instituições se arrastam e, por insegurança, procuram se manter com a doutrina hermética do passado. Além do mais, as instituições são feitas por pessoas  que lamentavelmente não são mais bem formadas dentro de valores humanos e cristãos (no sentido amplo da palavra). Por tudo isso, não se tem avançado, com nossas organizações sociais para um bom desenvolvimento em nossa sociedade.

Recentemente acompanhamos a caótica situação de Salvador, Bahia, com a greve da policia militar que se enquartelou fora do quartel. Quem está certo? O estado sempre culpa os que fazem greve. Uma instituição normalmente não faz greve sem necessidade. Se já não contamos com a devida atenção do estado em relação à segurança publica, imaginem com a polícia em greve. Vive-se um caos. Entre tantos deveres do estado, um deles, de fundamental importância é a segurança, que passa pelo correto desempenho do papel da policia.

Tenho escutado e até já fiz referencia a isso em outras oportunidades que para se ter um serviço de melhor qualidade da nossa instituição policial, não é suficiente apenas ter uma viatura que passa pela rua sem ter contato algum com a população. Quando se trabalhou a tese de uma policia comunitária em João Pessoa, com a colaboração da Universidade, que não se levou mais em conta a experiência, se tinha presente exatamente a proximidade e a convivência de policiais com a comunidade para impedir e inibir as práticas criminosas naquela comunidade.

Parece muito evidente que esse caminho precisa ser trilhado para que se possa desenvolver uma segurança publica cidadã. A população espera que por esse caminho se possa implantar uma face nova na ação policial. Só pela presença mais efetiva é que se pode fazer uma segurança preventiva e não apenas combativa e ostensiva.

O estado brasileiro, como instituição a serviço da proteção da vida de todos não poderá jamais se descuidar das três atividades mais urgentes e necessárias que são a saúde, a educação e a segurança. Para isso, a ação primeira a que o estado deve se dedicar com exclusividade é na formação de seus agentes. Eles precisam dos cuidados para que tendo uma vida digna possam bem servir à população. São eles que fazem as vezes do estado em suas repartições. A saúde depende não só do remédio e dos espaços, mas de um atendimento humanizador. O mesmo se diga sobre a educação e a segurança.

A sociedade está cansada de ser mal atendida na saúde, na educação e na segurança. Temos pessoa má formada ou se formada, amarga, errada no lugar errado. Com isso, não cresce a nossa sociedade e o atendimento é de péssima qualidade.

Quem disse que as ações policiais nas áreas marginalizadas servem para uma politica de segurança publica? Normalmente são ações tempestuosas, causam terror, pessoas não culpadas são presas para averiguações, a imprensa dá ampla cobertura e, fica a imagem de que temos uma segurança eficiente. Enquanto isso, o estado trata com indiferença os seus agentes, não lhes concede o salario justo e digno, por isso os mesmos agentes precisam assumir outros trabalhos fora do plantão e nada de novo e significativo acontece para os profissionais da segurança e para a sociedade que paga os seus impostos, elege seus representantes na esperança de serem atendidos por eles e quase nada chega a se concretizar.

O que se espera na ação policial: que ela nunca seja arbitrária; que não invada as residências pobres pela madrugada. Isso, infelizmente acontece em nosso estado, como pratica de alguns policiais.