25 de agosto de 2011

Prisões e Crimes.

A polícia federal tem feito grandes operações, com ordem judicial, para prender pessoas que são acusadas de participarem de quadrilhas envolvidas em esquemas de corrupção. Normalmente há um longo trabalho de investigação para chegar aos envolvidos.
O primeiro resultado da ação é que logo depois todos vão para a rua com raras exceções por ordem da mesma justiça. Qual é a justiça que está certa: a que manda prender ou a que manda soltar na mesma hora? Fica uma interrogação: Prender para que? Para chamar a atenção da sociedade? Além do mais, depois de cada prisão dessa natureza, surge imediatamente uma discussão se houve ou não abuso de autoridade por parte da PF por usar algemas, por exemplo, isso por se tratar de pessoas importantes e influentes na sociedade. A estas, por serem influentes se discute e se defende a dignidade das mesmas, o que não se faz com as demais, com todas as pessoas.
Na recente prisão, algumas fotografias foram publicadas na internet no momento em as pessoas detidas estavam sendo identificadas na unidade prisional. O fato veio á tona como invasão de privacidade e de desrespeito à pessoa o que é sem duvida, uma grande verdade, mas que não é para todos.
As demais pessoas detidas pelo país a fora, são totalmente desrespeitadas e expostas sem que haja nenhum questionamento e nenhuma defesa. Na Paraíba o então secretario de Segurança e Defesa Social publicou uma portaria para ser levada ao conhecimento de todos os policiais e delegacias proibindo a exposição de presos. Trata-se de mais uma portaria que não se cumpre. Por ocasião das prisões “mo fi” irresponsavelmente chega expondo pessoas detidas tirando onda com as mesmas, mesmo que elas não falem e nada acontece. Na terra de “mulher macho” falta-nos autoridades capazes para fazerem acontecer o que determinam as leis brasileiras e paraibanas.
Mas voltando ao tema das prisões por conta da corrupção, os órgãos governamentais, como temos acompanhado dentro dos ministérios em Brasília, são os melhores espaços para as falcatruas e os desvios de dinheiro público, sem que nada aconteça. Acontece a corrupção com total tranquilidade exatamente porque faxina é sempre faxina, para usar a expressão da presidenta. Faxina não traz nenhuma mudança na estrutura que permanece a mesma.
Quando os desvios são identificados se faz uma imensa tempestade para dar a impressão que se leva a serio o crime praticado, mas é apenas uma tentativa de justificar para a sociedade que existe punição. Como se sabe, no senado e no congresso estão praticamente todos os que causaram escândalos pela má conduta das mais variadas. O retorno é tranquilo como se nada tivesse acontecido.
Punição, no nosso país, existe apenas para os pobres e fracos que pela condição são punidos injustamente, no lugar de terceiros. Sem voz, sem vez, sem nome, superlotam as prisões do país. Os que desviam bilhões que vão presos ficam por um tempo curto e não evolvem para o país o que tiraram do próprio país.
Brasília parece ser o melhor lugar do país para que meia dúzia de pessoas possam se dá bem usando as artimanhas do mal e sobrevivendo ainda melhor graças a uma “santa” e bondosa impunidade. Afinal, todos se arrumam e se entendem bem como está em jogo seus interesses e vantagens próprias.