5 de novembro de 2015

APARECIDA

A devoção em Aparecida.


Dia 12 de outubro a igreja católica celebra o dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição aparecida. Além do santuário nacional, são inúmeras paroquias, dioceses e pequenas comunidades que fazem as suas novenas e procissões para celebrar o dia.
Pelos relatos, a aparição aconteceu em 1717
A devoção surgiu em aproximadamente 1734 quando a primeira capela foi construída e aberta ao público. A partir de então, a devoção foi se espalhando pelo Brasil a fora, prestes a completar trezentos anos dessa devoção.
São milhares e milhares de pessoas que frequentemente se fazem presentes no santuário nacional. A grande maioria de pessoas que chegam ao santuário não vão por mera curiosidade mas chegam para agradecer as graças recebidas de Deus pela intercessão da Maria. Cada pessoa levando consigo no coração a sua gratidão.
Nos evangelhos encontramos Maria escolhida por Deus e convidada pelo anjo para ser a mãe de Jesus. Ela é saudada como cheia de graça, isto é, cheia de Deus: Deus a escolheu e ela disse sim, ensinando a todos nós a importância da disponibilidade para estar a serviço. A devoção e a gratidão a Deus, pela colaboração de Maria, deve nos levar ao compromisso missionário aos mais simples.
A aparição, daí o seu nome, Aparecida, acontece àqueles pescadores que lutavam pela sobrevivência sobre as aguas. Maria, como pobre, se manifesta aos pobres e simples: às crianças em Fatima e ao índio no México.
Ela está sempre atenta às nossas necessidades, percebe o que está nos faltando. Se recorreremos a ela certamente estaremos entregues aos seus cuidados. Nada melhor do que os cuidados da mãe, todos sabemos disso. E ela, não deixa de recorrer ao seu Filho como fez em Caná, quando o vinho acabou. Mesmo não tendo chega a hora de Jesus ele se manifesta: não poderia deixar de lado o apelo de sua mãe: “façam o que ele mandar”.
Todos nós sabemos que o seu Filho é a revelação de Deus; que ninguém chega ao Pai quando se torna distante dele. Mas também sabemos que quem mais conhece o filho é a própria mãe; exatamente por isso que quanto mais nos aproximamos de Maria, que além de ser a nossa mãe, mais vamos conhecer a pessoa do seu filho; além disso, certamente ela vai nos conduzir cada vez mais a ele. Deste modo fica muito claro o lugar da padroeira na vida da igreja e na vida dos cristãos. Ninguém está colocando-a no lugar do Deus mas no caminho que nos leva a Deus. Ela é exemplo e ao mesmo tempo intercessora. Se nós usamos tantos mediadores diante de nossas necessidades, como não vamos usar a mediação daquela que mais conhece o verdadeiro e o maior mediador?
No dia da padroeira celebramos o dia da criança. É uma feliz coincidência. Ela entende dessa realidade pelo fato de ter ciado Jesus. Nesse dia a igreja oferece a ela, como padroeira nossa, a vida de nossas crianças ainda tão sofridas e tão necessitadas. A fome e a doença ainda destroem a vida de nossas crianças; a falta de escolas adequadas para todas as crianças ainda é um sonho; a violência contra esses pequeninos ainda persiste dentro da própria casa que deve ser um lugar de abriga, de afeto, de aprendizado: aquele lugar que forma para uma vida profundamente humana e profundamente cristã.
Mesmo em meio a todas essas dificuldades, não podemos perder a esperança. Nosso Deus, a quem confiamos a nossa vida é o Deus da esperança em Maria depositamos também toda a nossa esperança na certeza de que as nossas crianças, com a nossa colaboração e esforço, possam ser conduzidas em suas famílias segundo o desejo de Deus. Confiemos na padroeira: ela é a mãe que nos atende.