DOMINGO DE PÁSCOA
12/04/2020
PE BOSCO
Hoje é Domingo de Páscoa. A
festa dos cristãos. A vida que venceu a morte. Hoje seria dia de comemorar e
confraternizar com as comunidades e grupos cristãos. O que mais extraordinário
celebramos. Não me canso de recordar que a história da humanidade tem dois
momentos antes e depois de Cristo.
Hoje a festa precisa ser
restrita aos que estão em quarentena. Foi divulgada recentemente a história de
uma família que se confraternizou e três irmãos ali presentes faleceram logo
depois vítimas do coronavírus.
Apesar das recomendações
serem tão claras, sobre a importância de ficar em casa, existem pessoas que se
acham superprotegidas e desobedecem. É impressionante! Ser necessária a força
policial para que as pessoas entendam o que precisam se proteger.
Está consensuado no mundo
inteiro que hoje, pela falta de remédio e vacina eficazes, a única solução para
conter a propagação do vírus é evitar o convívio fora de casa, isto é, não
fazer aglomerações. Quando as pessoas são atacadas pelo vírus, não podem
sobreviver por causa da rapidez da doença e da falta de estrutura na rede
hospitalar.
Imaginar que os países ricos
não estão dando conta de demandas, o que pensar dos países pobres? Se os pobres
já estavam morrendo nas filas dos hospitais por doenças sem a gravidade da corona?
Neste momento em que
celebramos a festa da vida, temos que ser coerentes para fazer a defesa da
mesma. Nada justifica ir para a rua, a não em situações de reais necessidades.
Nenhuma autoridade civil ou religiosa pode nos impor essa condição.
Está comprovado que quanto
mais as pessoas se mantiverem em isolamento, menos chance existirá para que o
vírus se propague. Cada pessoa tem que fazer a sua parte. Não é seguro pensar
que, por não se ter casos confirmados em determinada cidade ou região, se estará
livre de possibilidades de contágio.
Temos que vê os exemplos
espalhados. São Paulo, uma das maiores populações entre os estados do Brasil é
exatamente onde o vírus tem se manifestado mais por causa mas aglomerações não
respeitadas. Vale salientar que a tentação de deixar a quarentena pode ser
fatal para o Brasil, sem estrutura para a saúde. Imaginemos o sofrimento da
Itália, França, Espanha, Estados Unidos. Os médicos escolhem que vai ser
cuidado e quem vai ser deixado para morrer. É uma calamidade publica que
estamos enfrentando.
Pensar que os jovens e os sem
sintomas possam sair e deixar as pessoas de risco em casa, não faz diferença
alguma. Poderão morrer os que vão para as aglomerações como os que permanecem
em casa. A situação é tão grave que os profissionais da saúde apesar dos
cuidados dispensados estão sendo vítimas da doença.
Não podemos deixar de fazer
uma seria e rigorosa opção pela vida de todos. Este o sentido da páscoa que
precisamos celebrar neste ano. Estar em comunhão com Cristo glorioso é cuidar
da própria vida cuidando também da vida de todas as pessoas.
Feliz Páscoa, Jesus está
vivo.