16/06/2020
PE BOSCO
O mundo continua
perplexo diante da pandemia. Quem conviveu com a doença antes do Brasil,
como China, se imaginava ter superado a situação, no entanto, agora se
fala em nova ou segunda onda, sinal de que não temos soluções ainda para
Covid 19.
O Brasil continua numa
crescente onda sem se ter clareza para onde vamos. Todos os dias os números são
maiores, tanto de mortos como de pessoas infectadas.
O ministério da Saúde
está em silêncio, como o presidente estava pretendendo desde o início do
problema. Por haver uma comunicação freqüente com a população do país, no
final de cada dia, a equipe do Ministério foi substituída. Hoje a tendência
é de que não se saiba exatamente quem morre e quem fica doente. Parece
não termos no momento uma política de enfrentamento da pandemia. Tudo acontece
de forma muito silenciosa.
O presidente
incentivou aliados a invadirem hospitais para fotografarem leitos para sondar
taxas de ocupação para avaliar aplicação de recursos. Esse tipo de ação já
começou a acontecer: atitude gravíssima uma vez que familiares e até médicos
estão impedidos de acesso à informação, como é possível ações dessa natureza?
As mesmas começam a serem investigadas pelo Ministério Público.
No momento a
preocupação é abrir o comércio em todos os lugares. O assunto é cheio de
controvérsias. No início o grande apelo era o isolamento social como condição
para evitar a contaminação, o que na verdade não aconteceu uma vez que as
pessoas se mantiveram expostas em muitos lugares, ou seja, não é possível fazer
com que aconteça o isolamento social e, muito, menos as medidas de proteção, o
que seria mais fácil.
O que se pode imaginar
a partir de agora? Aquelas pessoas mais conscientes e condições de se manterem
em casa, certamente ficarão cuidadosas; aquelas que se aventuram demais e com
imunidade baixa correrão riscos de enfrentarem problemas maiores de saúde; por
fim é necessário que chegue a hora de uma vacina como sempre aconteceu com
outras doenças que o Brasil já enfrentou.
O fato é que neste
momento estamos numa situação muito obscura. O Brasil, pela sua grandeza
populacional e sem a consciência coletiva sobre a gravidade da situação poderá
sofrer muito mais do que outros países, sobretudo pela falta de uma política
equilibrada e séria.