06/06/2020
PE BOSCO
Nos Estados Unidos manifestantes
estão nas ruas todos os dias e cada vez mais aumenta a participação do povo.
Esse povo até arrisca a própria vida se expondo à violência, mas a causa é
muito nobre.
Em via publica, diante
de câmeras, um policial branco matou um negro deixando-o sem respirar até à
morte com o joelho em seu pescoço. Esse fato reacendeu o sofrimento que os
negros sofrem por lá e pelo mundo a fora com a discriminação racial.
A manifestação é justa
e muito significativa. A união desse povo para chamar a atenção e manifestar
indignação. Que país desenvolvido é esse? Que mundo é esse que vivemos? Como
destruir, matar o outro, o próprio semelhante por causa da cor da pele?
Bom não esquecer de
que no Brasil, 46,5 por cento se declaram pardos e 9,3, por cento se declaram negros.
Essa população sofre com a discriminação. Nas unidades prisionais, grande
maioria é de jovens negros, como também são que mais morrem vítimas da
violência estatal.
Em lugar nenhum do
mundo se é melhor por causa da cor. A expressão: “negro de alma branca” é uma
aberração, pois não se defina a alma pela cor. O racismo mata, o racismo é
criminoso.
A pessoa humana não se
define pela cor, mas pelo comportamento e pelos valores que defende; pela sua
capacidade de amar e pela sensibilidade do seu coração.
No site bbc. com,
encontra-se um texto com o título: “Negros e negras brasileiros que deveriam
ser mais estudados nas escolas”. Texto que mostra a contribuição de
homens e mulheres na nossa história brasileira.
A questão é de que a
nossa história foi sempre contada a partir dos brancos portugueses que aqui
chegaram. A leitura oficial que aliena a nossa juventude. Como sabemos, o
processo de colonização do Brasil dizimou muitas vidas, a cultura indígena
ainda hoje sendo destruída e massacrada, como também a cultura negra
escravizada no Brasil, ainda hoje carregando as marcas de tempos remotos.
É impossível e
inadmissível que ainda hoje convivamos com essa barbárie praticada com a
população negra, sobretudo por ser pobre. Estamos muito distante ainda de uma
mentalidade humanitária por causa do preconceito que carregamos dentro de nós.
Porque o preto é valorizado até nas vestes, inclusive, a clerical e se torna
tão desprezível e humilhada na carne humana?
O próprio Jesus, sendo Galileu, poderia ter olhos de europeu?