25/05/2020
PE BOSCO
A eucaristia é um grande dom para a igreja. Jesus chamou e formou os
seus discípulos. Antes de sua morte, faz a celebração pascal, na qual,
tomou o pão, como se fazia costumeiramente. Porém, desta vez surpreendeu os
seus discípulos dizendo: “Isto é meu corpo”. Acrescentando: “Tomai e comei”.
Assim ele oferece seu corpo e sangue.
A eucaristia é o maior dom. Nenhum outro sacramento é tão precioso,
mesmo que todos sejam igualmente importantes. De todos os sacramentos, só na
eucaristia nós podemos nele nos alimentar, tomar parte na ceia, banquete da
vida divina.
Sem mérito de nossa parte, o Jesus nos presenteia todos os dias no mundo
inteiro, através do ministério ordenado que é também dádiva de Deus e não
merecimento do ministro.
Esse dom tão precioso é também um grande compromisso. Jesus também nos
disse: “Fazei isto em memória de mim”. Essa expressão pode ser compreendida
apenas como repetir o gesto na celebração, no entanto, se trata de algo muito
maior. O que ele fazia era a entrega de sua vida para redimir a humanidade
toda.
A eucaristia é feita de um grande compromisso. Podemos entender a
eucaristia como um ato estritamente individual, como devoção espiritual.
Pode-se ter comunhão diária sem ter uma vida eucarística, ou seja, voltada para
o verdadeiro sentido da comunhão. O Cristo vivo da hóstia não se distancia do
Cristo presente em cada pessoa, sobretudo naquela que não queremos enxergá-lo
de tão desfigurado, sem vida.
Faz sentido a comunhão na mesa eucarística quando essa mesma comunhão se
realiza com o todo, com os que sofrem. A comunhão deve nos levar a uma vida sem
ódio, sem violência, sem brigas, sem desavenças, sem egoísmos, sem interesses e
práticas desonestas.
Que adianta tanta devoção no domingo cheio e piedade para explorar o seu
irmão que também participou da mesma mesa eucarística? Como recebo o corpo do
Senhor partilhado, se a minha vida é tomada o tempo inteiro pela ganância?
Comunhão é vida plena para todos. Quem deseja a morte do seu semelhante,
a pena de morte, se encontra fora da comunhão como aqueles que mataram o
Senhor.