O valor da Vida.
A
violência sempre esteve presente, acompanhando a historia da humanidade. O livro
da Bíblia, que não é História nem Ciência, mas leitura teológica, narra a cena
de Caim, que por inveja, matou o seu irmão. O relato é um reflexo dos
acontecimentos de todos os tempos relacionados com a violência.
Tantas
mortes são apenas resposta à violência e consequência dela. Assim, como se
sabe, toda ação supõe uma reação, portanto, todo violência é geradora de mais violência.
Outras são simplesmente queimas de arquivo, como também, gestos de crueldade,
pois quem mata a outra pessoa mata a si próprio.
A
violência tem se alargado em grande escala. Os Meios de Comunicação quando
informam as novas modalidades da violência também ensinam as técnicas
utilizadas. Todos nós estamos expostos à violência. A segurança não é apenas uma
questão de policia, mas de cultura de paz em uma cultura de morte que nos
persegue.
As
vítimas da violência em todos os lugares do nosso país, mesmo que de certa
forma atinja a todos, são os pobres das periferias, as pessoas negras, mulheres
e homossexuais, em sua maioria, jovens. Nosso estado tem aparecido nas estatísticas
com o assassinato de pessoas negras, mulheres, entre outros. A droga tem sido a
vilã para justificar até a não abertura de inquérito policial e, se aberto é um
faz de conta. Não se chega a nada porque não interessa chegar e nem é
importante. Afinal saiu de circulação “uma alma sebosa”.
Somos
contra a violência desde que ela não nos atinja. Se ela vem ao encontro dos
outros não é problema nosso. Esta postura que parte de pessoas tidas como de bem, e de bens, normalmente cristãs, é um
comportamento inteiramente e totalmente pagão. A vida é sagrada desde o ventre
até a hora derradeira, como canta Pe. Zezinho, ou não é. Nessa lógica, a nossa
prática cristã consiste na defesa radical a favor da vida de toda natureza, mas
acima de tudo, da pessoa humana que é a obra suprema da criação.
Tratando
deste contexto, a Presidente Dilma vetou o Projeto de Lei sobre porte de arma, após
ouvir o Ministério da Justiça e a Secretaria de Direitos Humanos. Vejamos parte
da matéria: “A presidente Dilma Rousseff vetou” integralmente, “por
contrariedade do interesse público”, o Projeto de Lei 87/2011, que alterava o
Estatuto do Desarmamento autorizando porte de arma, mesmo fora de serviço, a
agentes e guardas prisionais, a integrantes das escoltas de presos e guardas
portuários. O veto foi publicado nessa quinta-feira no Diário Oficial da União.
A presidente justifica que a ampliação do porte de arma fora de serviço
“implica maior quantidade de armas de fogo em circulação, na contramão da política
nacional de combate à violência”. http://www.em.com.br/
A
medida foi altamente acertada e as entidades estão dirigindo os parabéns à
Presidente pela atitude exatamente porque a medida protege mais do que traz
segurança. Quanto menos armas mais segurança nós teremos. A arma é sempre para
matar e, inúmeras vezes, a pessoa é vitima da própria arma.
A
primeira condição para a Paz é o desarmamento. Se a outra pessoa está armada,
mais armada a outra vai ao seu encontro. Nessa dinâmica teremos um mundo cada
vez mais marcado pela violência. Os massacres de pessoas inocentes, a exemplo
dos Estados Unidos se dão exatamente por causa da facilidade da aquisição de
armas através das circulam enormes quantidades de dinheiro que promove o mundo
do crime.