Nossa Realidade Brasileira.
Em
termos de legislação, inclusive como base a Constituição Federal, somos um país
que prima pelos direitos e pela igualdade entre todas/os. No entanto, como
sabemos, a realidade determina todo um comportamento diferente e contrário.
Vivemos
o país da desigualdade e do descaso. Os mais pobres são as vitimas da fome, da
seca, da violência, das catástrofes, etc.
No
momento, o Nordeste está sendo vítima da seca. Como as enchentes, a seca passa
a ser muito importante para desviar recursos. É algo que chega para os
governadores dos estados administrarem e, os mesmos, como sempre, acabam
tirando proveito da situação. Para o estado brasileiro é importante que haja
secas e enchentes.
É
sabido por todos nós que não se combate à seca. Ela é um fenômeno da nossa região,
como também de outras partes do Brasil e do mundo, sobretudo por causa do
aquecimento global. Ela sempre existiu e existirá. A transposição é uma farsa
para beneficiar mais uma vez os grandes, donos do poder, do dinheiro, das
propriedades, etc. Ela foi cavalo de batalha para as campanhas eleitorais e,
certamente voltará a ser.
A
respeito da seca, o que se deve fazer é criar condições para se conviver com
ela, a partir de pequenos núcleos e não grandes projetos que não atingem a base
das camadas esquecidas, afastadas e pobres. Essa medida não interessa, pois ela
traz certa autonomia dos pobres com seus poços, cisternas, etc. Aos que
governam, interessa a mendicância e a dependência para que diante delas eles
apareçam, mesmo que não cumpram com o dever de casa.
Outra
realidade que deixa a desejar é a atividade politica. Estamos com nova
legislatura nas prefeituras e nas câmaras municipais. Ser politico passou a ser
um emprego fácil com salario que toda pessoa do nosso país mereceria ter. Uma
pessoa que exerce cargo politico nunca deveria reclamar do seu salário. Basta comparar
o salario mínimo do Brasil onde a pessoa empregada é obrigada a cumprir uma
carga horaria com o salario do politico sem carga horaria. Muitas vezes os
mesmos faltam até as sessões de trabalho e permanecem todas as regalias e as
verbas extras. Onde o país mais gasta, entre outras demandas, é claro, é com
deputados, senadores, etc.
Ao
lado dos gastos tidos “legais ou naturais”, a corrupção tem cadeira cativa nos
ambientes políticos em todas as esperas. Um vereador de uma cidade pobre do
nosso estado pode custar 100 mil reais para deixar de ser oposição e se tornar situação.
Isso acontece com a maior tranquilidade. Todos ficam sabendo a se não acham
interessante todos silenciam.
A
corrupção e o desvio de verbas em todas as esferas do nosso país é um escândalo
sem precedentes. Ouviu-se noticiar que a CPI do Cachoeira foi arquivada para
que o mar de lama não inundasse os gabinetes dos parlamentares em Brasília.
A
compra de voto só é proibida na legislação, mas na pratica ela está presente em
todas as campanhas como sempre esteve. Parece-me ainda mais ousada. O que se
ouve é que nunca se gastou tanto dinheiro com compra de voto.
Em
tempos de eleição, todos os candidatos chegam com cara de ANJOS. São lobos vestidos
com peles de ovelhas, para usar uma expressão do evangelho. Na verdade, o
interesse é pessoal e não comunitário e social.
O
povo é enganado e vota para permanecer na miséria e na enrolação dos eleitos.