A devoção em Aparecida.
Dia 12 de outubro a igreja católica celebra o dia
da padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição aparecida. Além do santuário
nacional, são inúmeras paroquias, dioceses e pequenas comunidades que fazem as
suas novenas e procissões para celebrar o dia.
Pelos relatos, a aparição aconteceu em 1717
A devoção surgiu em aproximadamente 1734 quando a
primeira capela foi construída e aberta ao público. A partir de então, a
devoção foi se espalhando pelo Brasil a fora, prestes a completar trezentos
anos dessa devoção.
São milhares e milhares de pessoas que
frequentemente se fazem presentes no santuário nacional. A grande maioria de
pessoas que chegam ao santuário não vão por mera curiosidade mas chegam para
agradecer as graças recebidas de Deus pela intercessão da Maria. Cada pessoa
levando consigo no coração a sua gratidão.
Nos evangelhos encontramos Maria escolhida por Deus
e convidada pelo anjo para ser a mãe de Jesus. Ela é saudada como cheia de
graça, isto é, cheia de Deus: Deus a escolheu e ela disse sim, ensinando a
todos nós a importância da disponibilidade para estar a serviço. A devoção e a
gratidão a Deus, pela colaboração de Maria, deve nos levar ao compromisso
missionário aos mais simples.
A aparição, daí o seu nome, Aparecida, acontece
àqueles pescadores que lutavam pela sobrevivência sobre as aguas. Maria, como
pobre, se manifesta aos pobres e simples: às crianças em Fatima e ao índio no
México.
Ela está sempre atenta às nossas necessidades,
percebe o que está nos faltando. Se recorreremos a ela certamente estaremos
entregues aos seus cuidados. Nada melhor do que os cuidados da mãe, todos
sabemos disso. E ela, não deixa de recorrer ao seu Filho como fez em Caná,
quando o vinho acabou. Mesmo não tendo chega a hora de Jesus ele se manifesta:
não poderia deixar de lado o apelo de sua mãe: “façam o que ele mandar”.
Todos nós sabemos que o seu Filho é a revelação de
Deus; que ninguém chega ao Pai quando se torna distante dele. Mas também
sabemos que quem mais conhece o filho é a própria mãe; exatamente por isso que
quanto mais nos aproximamos de Maria, que além de ser a nossa mãe, mais vamos
conhecer a pessoa do seu filho; além disso, certamente ela vai nos conduzir
cada vez mais a ele. Deste modo fica muito claro o lugar da padroeira na vida
da igreja e na vida dos cristãos. Ninguém está colocando-a no lugar do Deus mas
no caminho que nos leva a Deus. Ela é exemplo e ao mesmo tempo intercessora. Se
nós usamos tantos mediadores diante de nossas necessidades, como não vamos usar
a mediação daquela que mais conhece o verdadeiro e o maior mediador?
No dia da padroeira celebramos o dia da criança. É
uma feliz coincidência. Ela entende dessa realidade pelo fato de ter ciado
Jesus. Nesse dia a igreja oferece a ela, como padroeira nossa, a vida de nossas
crianças ainda tão sofridas e tão necessitadas. A fome e a doença ainda
destroem a vida de nossas crianças; a falta de escolas adequadas para todas as
crianças ainda é um sonho; a violência contra esses pequeninos ainda persiste
dentro da própria casa que deve ser um lugar de abriga, de afeto, de
aprendizado: aquele lugar que forma para uma vida profundamente humana e
profundamente cristã.
Mesmo em meio a todas essas dificuldades, não
podemos perder a esperança. Nosso Deus, a quem confiamos a nossa vida é o Deus
da esperança em Maria depositamos também toda a nossa esperança na certeza de
que as nossas crianças, com a nossa colaboração e esforço, possam ser
conduzidas em suas famílias segundo o desejo de Deus. Confiemos na padroeira:
ela é a mãe que nos atende.