Vivemos tempos difíceis em todas
as dimensões da vida humana. A economia continua como sempre a serviço dos
grandes; na política a honestidade passou a ser algo que não se leva mais em
conta. Chega-se a admitir a roubalheira do político na certeza de que ao menos
ele faz alguma coisa. Na vida familiar houve uma passagem da ditadura para a
flexibilidade e a falta de corresponsabilidade, seguida da falta de diálogo,
algo sempre muito presente na estrutura familiar. As brigas são muito
frequentes frutos exatamente da falta de diálogo.
O tempo passa de forma muito
veloz; na realidade, não é ele que passa mas nós que estamos passando sem
percebermos e sem vivermos de forma intensa o tempo que Deus nos oferece.
Na religião, Deus é aquele que
procuro quando sinto necessidade; a igreja é desnecessária; a comunidade deixou
de ser importante; vivo minha vida como quero e minha fé da forma que mais me
agrada.
É claro que em meio a tudo isso o
Reino de Deus vai se tornando realidade com a colaboração de inúmeros homens e
mulheres; o trigo está semeado no meio do joio mas é certa a colheita do bem. Não
temos motivos para a desesperança.
O mais importante é continuarmos
lançando a semente que cai na terra e vai gerar novos grãos que se reproduzirão
em novos frutos.
A esperança é algo que se mantem
sempre; nunca podemos perdê-la. Não podemos dar espeço para as frustrações e
desanimo. Devemos ter os pés firmes na terra e o olhar voltado para o
horizonte; chamados sempre a seguir em frente.
PeBosco