Dia do nascituro.
“Nascituro é aquele que irá nascer, que foi gerado
e não nasceu ainda.
É considerado sinônimo de feto e existe uma grande
controvérsia se, mesmo tendo vida, um feto pode ser considerado um ser humano e
quais direitos que este ser possui.
Em outras palavras, nascituro é o ser já concebido
e que está pronto para nascer, mas que ainda está no ventre materno.
Etimologicamente, este termo se originou a partir
do latim nascitūrus, que significa "que deve nascer". http://www.significados.com.br/nascituro/
Na assembleia da CNBB em 2005, os bispos
deliberaram que na primeira semana de outubro a igreja celebre a semana da vida
culminando com o dia 8 para celebrar o dia do nascituro. A escolha se deu
também por estar na semana de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
A proposta parece ter ficado esquecido em meio a
tantas atividades presentes na vida da igreja, no entanto, a pastoral familiar
como também os casais, não poderiam deixar de lado essa proposta.
O dia do Nascituro, é uma referência a todas as
crianças que estão para nascer e, muitas vezes, por razões diversas, podem ser
candidatas ao aborto, desde motivos fúteis aos mais sérios. Se nós hoje
adultos, que já fomos nascituros, não tivéssemos nascidos, hoje estaríamos fora
dessa história que estamos vivendo.
Vivenciar a semana da vida é oportunidade para
pensar a realidade de nossas famílias, de nossas crianças e de como elas estão
sendo atendidas e alimentadas; vivenciar uma semana da vida é repensar toda a
missão da igreja na continuidade da missão de Jesus, o Bom Pastor que dá a sua
vida pelas suas ovelhas.
Celebrar o dia do nascituro é relembrar que cada
pessoa é criada por Deus e tem o direito de nascer. Não se pode alimentar
aquela ideia que o feto ainda não é uma vida. Quando o feto está morto tem que
ser retirado imediatamente. Se está vida, é claro que se trata de uma vida
totalmente separada da vida de sua mãe. Trata-se de um outro corpo no corpo da
mãe e, portanto, ela nem ninguém pode decidir sobre o direito ou não do outro
nascer. É claro que cada caso é um caso que requer discernimento mas cabe
sempre a mãe fazer a sua tomada de decisão.
Foi
amplamente divulgada a história de Santa Gianna Beretta Molla, com uma criança para
nascer que colocava em risco a sua vida. Gianna tinha plena consciência da
situação. Uma das opções era fazer o aborto para salvar a própria vida e
sacrificar a filha. Outra uma cirurgia na tentativa de salvar a criança. Ela
era uma medica cristã e não teve dúvidas para oferecer a sua vida.
“Antes de
ser operada, embora sabendo do risco de prosseguir com a gravidez, suplica ao
cirurgião: “salvem a criança, pois tem o direito de viver e ser feliz”.
Submeteu-se a cirurgia, era o dia 06 de setembro de
1961, totalmente entregue a providência divina e a oração. Com o feliz sucesso
da cirurgia, louva e agradece a Deus pela preservação da vida da criança.
Alguns dias antes do parto, sempre com grande
confiança na providência Divina, demonstra-se pronta a sacrificar sua vida para
salvar a do filho: “Se deveis decidir entre mim e a criança, nenhuma dúvida:
escolhei-a, e isto eu exijo – A criança, salvai-a”.
http://marcioreiser.blogspot.com.br/2008/08/santa-gianna-beretta-molla.html
A igreja reconheceu esse gesto como um testemunho
de uma mártir e a elevou à honra dos altares. Ela como Jesus foi capaz de dar a
vida totalmente pela sua criança que assistiu à sua canonização. Nascimento: 14 de outubro de 1922, Magenta, Itália.
Falecimento: 28 de abril de 1962, Magenta, Itália;
canonização no dia 16 de maio de 2004.
A vida cristã consiste em doar a própria vida.
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