Tempo de Eleições
Não temos dúvidas
sobre a necessidade e o papel da democracia no Brasil e no mundo. Temos que
avançar muito nas conquistas dos direitos e no compromisso com os deveres. Para
isso necessitamos da participação de toda sociedade na politica, não só partidária,
mas em vista da politica do bem comum.
O que não podemos
concordar nos tempos eleitoreiros é que a vida fique estagnada em vista do período
eleitoral. Há um tempo longo destinado para a campanha eleitoral que é desnecessário.
As pessoas que se apresentam como candidatas são quase sempre as mesmas que
procuram se perpetuar no poder como se estivéssemos fora dos rumos democráticos.
As pessoas que procuram entrar são também conhecidas ate porque a politica
parece ser uma atividade hereditária. Assim temos um tempo longo desnecessário.
O povo não precisa fazer discernimento sobre os candidatos a serem escolhidos,
até porque não existem propostas exequíveis como também falta um plano serio
que permaneça independentemente de quem governa.
É lamentável, mas
muitos candidatos são semianalfabetos. Não conseguem sequer expressar o que
realmente pensam, como vão executar uma plataforma politico administrativa?
Dá para rir bastante
acompanhar um guia eleitoral começando pelos nomes dos candidatos. Lembro-me de
uma propaganda cujo candidato tinha MELECA como nome. Nada contra aos nomes que
mais os identificam, mas nós nos identificamos em primeiro lugar com o nome oficial
que temos: ele é a nossa identidade. As promessas jamais deveriam ser feitas,
pois prometem o que jamais podem cumprir até porque muitas delas estão fora de
suas competências.
É lamentável! É
claro que em muitos lugares existe uma paixão pela politica; nesses lugares,
muitas vezes é a única festa que mobiliza a cidade e envolve as pessoas. É verdade
também que se o voto não fosse obrigatório muitas pessoas não votariam, mesmo
se tratando de um exercício democrático os nossos políticos não merecem a nossa
confiança, são sem vergonha, não diz para que vieram, não prestam serviço, não estão
a serviço do povo. Passam três anos falando mal do antecessor, que nada podem
fazer por causa dele. No ultimo ano tentam fazer qualquer coisa tentando a reeleição.
As ações que são lembradas
nos municípios são exatamente aquelas que não fizeram. Nas prefeituras os
serviços que são postos em destaque são provenientes de verbas federais. Até as
festas de padroeiros os gestores aproveitam a oportunidade para fazer desvio de
verbas federais.
Comprar o voto, como
também vendê-lo é crime eleitoral, mas como ninguém fiscaliza miguem tudo isso
continua acontecendo. Há um ditado popular sempre válido “que eleição se ganha
na véspera” comprando os eleitores. Troca-se o voto por qualquer coisa
material.
Não podemos nos esquecer
de que eleição não é brincadeira. Naquele momento do voto a população está
escolhendo alguém para administrar a vida publica da cidade por quatro anos. Costuma-se
também dizer que o povo tem o governo que merece, exatamente pela escolha que
faz. Depois não adianta se lamentar e se fazer de vitima, mas cobrar pra valer,
pois quem se elege com a maioria dos votos se torna o governo de toda população.
Portanto, é necessário olhar entre todos os candidatos, quem apresenta e reúne as
melhores condições para administrar a cidade como é o caso destas eleições.
Ninguém vota pela
amizade ou pelos favores recebidos, mas pela competência que a pessoa demostra
ter para governar com, seriedade e justiça os destinos de um município.
JOÃO BOSCO
FRANCISCO DA NASCIMENTO
COORDENADOR
ESTADUAL DA PCR
PRESIDENTE
DO CEDH PB