14 de março de 2011

As Tentações

 Na liturgia do primeiro domingo da quaresma nos deparamos com as tentações. Na narrativa do genesis, depois da criação, o homem e a mulher gozam da liberdade no jardim do Edem, com uma única condição: que não se utilizem dos frutos da árvore do conhecimento do bem e do mal, o que acaba não acontecendo. A serpente, simbolo da maldade, diz o texto, convence a mulher. Ela come e oferece tambem ao seu marido. Na realidade, trata-se do pecado da desobediencia a Deus. É a curiosidade que muitas vezes nos faz cair na tentação. O texto reflete a real fragilidade do ser humano que se percebe nú depois que desobedece, isto é, desprotegido, sem a graça de Deus.
No texto do evangelho de Mateus 4, vamos encontrar o novo Adão que após ser tentado no deserto para se desviar de sua missão sai vitorioso. Jesus quer nos mostrar que é possivel não cair em tentação como pedimos no Pai nosso. Cada pessoa, que faz a sua caminhada para a páscoa deve ser perguntar qual é a sua tentação, como condição para não se deixar levar por falsas propostas que desviam do caminho.
A Cf deste ano nos faz pensar também que por trás do desmatamento e da exploração da natureza está uma grande tentação: a riqueza e o poder. Tudo isso faz com que a natureza sofra como em dores de parto. São as grandes fazendas que crescem, as grandes plantações e a instalação das grandes fábricas, tudo em vista do lucro e da exploração.